CEO do Grupo Vidam anuncia saída da presidência da ABIH-SE
Em Carta Aberta aos associados e à sociedade sergipana, o CEO do Grupo Vidam, José Wilson dos Santos, expôs decisão de renunciar à presidência da ABIH/SE – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Sergipe, após apenas oito meses de gestão. A incompatibilidade de visões sobre como atuar em defesa da hotelaria sergipana foram os motivos que o fizeram optar pelo desligamento. Ele continuará como gestor até o dia 30 de novembro, quando o novo presidente deverá assumir o comando da instituição.
Segundo o empresário, escrever a Carta Aberta dando ciência sobre a renúncia e os motivos para a decisão foi extremamente necessário, pois esta foi a maneira encontrada para retribuir a confiança e o respeito demonstrados pela sociedade sergipana, autoridades, trade turístico e associados da ABIH, que acreditaram no otimismo dele com o futuro do turismo em Sergipe. “Assumi a presidência da ABIH-SE com o propósito de contribuir para o fortalecimento do conceito e do mercado da hotelaria, principalmente com o desenvolvimento do Turismo no estado, por entender que os hotéis são apenas meios facilitadores para fins específicos, entre eles, o Turismo de Negócios, Entretenimento, Natureza, Histórico e Religioso, entre outras modalidades”, afirma Santos.
Visão precisa ser modificada
Defensor do conceito de turismo de luxo, que não significa ser caro, mas primar pela absoluta excelência no atendimento ao turista, o empresário acredita que esta visão ainda é pouco compreendida em Sergipe. Segundo ele, o turismo no estado ainda é predominantemente popular. Em decorrência disso, mesmo que um grande volume de pessoas venha para o destino, o resultado financeiro para os investidores sempre será baixo, compatíveis com negócios com baixo investimento. “Será preciso que a iniciativa privada possa unir forças com o poder público para alavancar um novo conceito para o turismo de Sergipe. Do contrário, teremos sempre grandes volumes de pessoas e baixo resultado para os negócios, refletindo na saúde financeira das empresas e na arrecadação do poder público”, enfatiza Santos destacando que: “Dentre os reflexos dessa popularidade está a dificuldade em conseguir melhorar a malha aérea para o estado, no que se refere à disponibilidade de voos e equipamentos atrativos para o segmento do turismo com elevado poder aquisitivo”.
Outro ponto que ele enumera que o fez abdicar do cumprimento integral dos dois anos de gestão, diz respeito à maneira cordial como o empresário conduz os relacionamentos. “Sempre deixei claro para a hotelaria que valorizo o diálogo, com todos, principalmente com autoridades, e que não tenho perfil de combate e confronto, peculiar das instituições representativas. Por isso, me sinto ‘incompetente’ para representação da categoria”, escreveu na Carta Aberta.