Ponta Grossa registra queda na taxa de ocupação
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O destino Ponta Grossa registrou o maior índice de queda na sua Taxa de Ocupação dos últimos anos
O ano de 2020 foi marcado por dados negativos em diversos setores da economia e com a hotelaria não foi diferente. Com o a pandemia de COVID-19 no Brasil, hotéis viram reservas serem canceladas e taxas de ocupação despencarem. Em Ponta Grossa, segundo dados dos hotéis associados ao Ponta Grossa Campos Gerais Convention & Visitors Bureau, março registrou 41% de taxa de ocupação contra 56% em fevereiro e despencou para 13% em abril, menor valor do período. No acumulado do ano, a taxa de ocupação registrou 36%, uma queda de 19% em comparação a 2019 que mostrava aumento significado ano a ano.
Para o Diretor do Convention, Henrique Plattek, os dados negativos já eram esperados, inclusive com expectativa de números mais assustadores. Porém, para ele, o prejuízo maior vem com a soma de outros fatores relacionados ao dia a dia de um hotel e também da economia, como a inflação. “Essas altas pegaram todos de surpresa, pois foi um momento de desaceleração econômica, momento de segurar preços ao consumidor, mas os insumos continuaram subindo”.
Na hotelaria, o preço repassado ao consumidor é chamado de diária média, um indicador para ilustrar o preço médio calculado para cada diária vendida no período, com aumento médio de R$2, cerca de 1% em comparação a 2019, contra 4,52% de inflação. Plattek complementa afirmando que os valores praticados pelos hotéis diminuíram, porém os gastos aumentaram. “O bom momento de investimentos e crescimento em que estávamos antes da pandemia ainda irá demorar bastante para voltar”, finaliza.
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Os hotéis sentiram isso no dia a dia, como comenta a Gerente geral do Premium Vila Velha Hotel, Alecsandra Hypólito. “Nossa taxa de ocupação caiu em relação aos outros anos, nossa diária média também está menor e mesmo sofrendo com valores inflacionados de insumos, estamos tentando nos recuperar de meses com taxas de ocupação e diárias médias baixíssimas”.
Custos fixos e pandemia
O hoteleiro Daniel Wagner, Presidente do Sindicato Empresarial de Hotelaria e Gastronomia dos Campos Gerais, também demonstra preocupação: “O setor tem custos fixos muito altos, e por isso sofreu bastante em 2020 com a pandemia, uma vez que ao mesmo tempo em que teve essa queda brusca no faturamento, teve aumento de diversos custos ligados ao IGPM que subiu mais de 20%, e os custos extras com os protocolos de prevenção à COVID-19”, enfatiza.
Entre os protocolos de prevenção ao COVID-19 nos hotéis estão o uso de Gerador de Ozônio, timers programados, termômetro, luvas, álcool 70% entre outros. A fim de dar um panorama do impacto da pandemia de COVID-19 no turismo, hotelaria e eventos da região dos Campos Gerais, o Ponta Grossa Campos Gerais Convention & Visitors Bureau disponibilizou em seu site uma página com dados do setor: www.pontagrossacvb.com.br/covid19.