InvestimentosÚltimas Notícias

Maricá (RJ) poderá perder mega projeto hoteleiro por questões jurídicas

O investimento privado previsto para o empreendimento é na ordem de R$ 11 bilhões e geração de 36 mil empregos

A cidade de Maricá, distante 45 km da cidade do Rio de Janeiro e localizada na Costa do Sol fluminense, pode perde um complexo hoteleiro padrão internacional se não for solucionada questões jurídicas ligadas ao meio ambiente. O projeto Maraey está sendo desenvolvido por uma empresa espanhola e prevê a construção de um campo de golf e quatro hotéis cinco estrelas e isso compreende: um luxuoso eco-boutique resort, um resort temático de ponta, um hotel desenhado para ser o mais icônico resort de convenções à beira-mar do País e o Maraey Golf Resort, ao redor de um campo de golfe sustentável de padrão internacional de 18 buracos. Uma vez concluído esse complexo ele poderá receber cerca de 300 mil turistas por ano.

Publicidade
APP da Revista Hoteis

O investimento privado previsto para o empreendimento é na ordem de R$ 11 bilhões, com arrecadação de impostos de R$ 7,2 bilhões durante os primeiros 14 anos (construção e consolidação de vendas) e mais R$ 1 bilhão anual na operação. A previsão é de um aquecimento na economia da região, com a geração de 36 mil empregos quando Maraey estiver em pleno funcionamento.

Maricá (RJ) poderá perder mega projeto hoteleiro por questões jurídicas
A área onde será implantado o empreendimento é de reserva natural da Mata Atlantica – Imagem – Reprodução
Publicidade
Clima ao Vivo

O empreendimento, que terá a filosofia de uma Smart City, oferecerá ainda novas moradias de diferentes tipologias (multifamiliar, duplex e vilas) com serviços integrados como escola, hospital, shopping e negócios, além de inúmeras atividades de lazer e esportivas. Maraey inclui, também, uma universidade de hotelaria de padrão internacional, para posicionar Maricá como um polo de formação especializada na América Latina.

Maricá (RJ) poderá perder mega projeto hoteleiro por questões jurídicas
A vasta extensão da faixa de areia será preservada, assim como a área que será implantado o empreendimento – Imagem – Perspectiva
Publicidade
Fispal
Preocupação ambiental

A preservação ambiental é um dos grandes alicerces desse empreendimento que adotará diversas estratégias relacionadas à conservação das águas. O projeto prevê o tratamento de todo o esgoto gerado no complexo com tecnologia terciária, que transforma o efluente em água de reuso em jardins, limpeza de áreas comuns, entre outros. Esse projeto deverá ser o primeiro destino turístico de iniciativa privada do mundo a assinar com o selo Biosphere na categoria de “Destino Turístico Sustentável”, concedido pelo RTI – Responsible Tourism Institute (RTI), uma organização que nasceu com um memorando de entendimento com a UNESCO. Somado a isso, será o primeiro complexo na categoria de uso misto a receber a pré-certificação Sustainable Sites Initiative na categoria Gold em toda a América do Sul. Administrado pelo Green Business Certification Inc., o Sites é o mais reconhecido selo do mundo sobre desenvolvimento de comunidades sustentáveis e, entre os critérios avaliados pela chancela, Maraey recebeu créditos pelo uso de fontes renováveis de energia, sistema de reaproveitamento de água, mobilidade sustentável, preservação da fauna e flora nativas, plano de manejo de material orgânico e criação da RPPN, entre outros. Além disso haverá ainda outros projetos sustentáveis, como o uso de veículos elétricos ou híbridos, sistema de bicicleta compartilhada, entre outros.

Publicidade
Desbravador
Impasse jurídico

Mas mesmo com todos esses projetos de sustentabilidade o STJ – Superior Tribunal de Justiça está barrando a construção pois atende uma ação movida pelo NUDEDH – Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos. Essa ação ressalta que o terreno onde o empreendimento seria construído é Área de Preservação Ambiental e abriga comunidade de pescadores. Defende que, por estar sob proteção jurídica, segundo a Convenção nº 169 da OIT – Organização Internacional do Trabalho que trata de povos indígenas, tribais e comunidades tradicionais, o território não pode ser alvo de especulação imobiliária. O município de Maricá e a IDB Brasil já recorreram desta decisão e estão trabalhando para retomar o quanto antes o licenciamento.

Publicidade
Tramontina

Clique na imagem abaixo e confira no vídeo abaixo como será esse empreendimento.

Publicidade
Anuncie conosco

Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

2 Comentários

  1. Só esqueceu de citar que o complexo turístico está previsto pra ser construído sobre o biótopo de um peixe de água doce que habita os brejos temporários da restinga e que só existe ali. Se destruir, ele estará extinto. Leptopanchax citrinipinnis.

    1. E voce esqueceu de dizer que a área, se não for ocupada de forma sustentável, deverá num futuro próximo, ser ocupada por favelas, que aí sim não restará fauna nem flora nenhuma… até mesmo porque os empregos que o empreendimento geraria não estarão disponíveis pra melhora de vida da população…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
CLICK AQUI PARA ESCOLHER O IDIOMA DA LEITURA
error: ARQUIVO NÃO AUTORIZADO PARA IMPRESSÃO E CÓPIA