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Live na Equipotel Conexões abordou reinvenção do setor moteleiro na COVID-19

Nesta live realizada pela Equipotel Conexões, especialistas do setor debatarem medidas para a retomada do setor após a COVID-19

Aconteceu agora pouco uma live realizada pela Equipotel Conexões, plataforma digital da feira Equipotel. Com moderação de Rodolfo Elsas, Fundador do Guia de Motéis, o evento abordou o tema “Como o setor moteleiro está navegando em tempos de pandemia e suas relações para o futuro” com os seguintes profissionais do setor: Felipe Martinez, Diretor da Lush Motel e da LHG e Presidente da ABMotéis – Associação Brasileira de Motéis e da APAM – Associação Paulista de Motéis, Leonardo Dib, que também ocupa cargos de direção no Lush Motel, na LHG, ABMotéis e APAM, Vinicius Roveda, Diretor e co-fundador da Zeax Motéis e Larissa Deus, também da ABMotéis

Live na Equipotel Conexões abordou reinvenção do setor moteleiro na COVID-19
Felipe Martinez: “O preconceito no setor de motéis se dá pela falta de informação, então nosso papel é esse”
O setor

Felipe Martinez, Diretor da Lush Motel e da LHG e Presidente da ABMotéis – Associação Brasileira de Motéis e da APAM, abriu o bate-papo falando sobre o setor. “O preconceito no setor de motéis se dá pela falta de informação, então nosso papel é esse. Agradeço muito o projeto da Equipotel Conexões. É bacana aproveitar o espaço para os empresários do ramo, é legal explica. Hoje quando falamos de motéis, existem cerca de cinco mil motéis no Brasil. Ele com um todo movimentou quatro bilhões, são 100 milhões de pessoas se hospedando. São 250 mil empregos diretos, e 80% dos colaboradores são mulheres”.

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Felipe Martinez também comentou sobre o público que frequenta os motéis. “Ainda existe dúvidas e folclores sobre quem são os públicos dos motéis. Em pesquisa trouxe com a ABMotéis, a gente ajudou a interpretar os gráficos. Ninguém ficou com prancheta na porta do motel, ela aconteceu on-line e de forma anônima. Ela nos trouxe um dado interessante, quando falamos os que frequentem de 3 a 4 vezes no mês, 71% estão em relacionamento. O maior público hoje dos motéis são casais, casados, saindo de sua casa para o entretenimento. Os 18% são os que acontecem, como por exemplo Tinder. E 10% os que estão no relacionamento extraconjugais. A pesquisa foi realizada em 10 capitais, então tivemos um retrato bacana”, finaliza Martinez na live da Equipotel Conexões.

Live na Equipotel Conexões abordou reinvenção do setor moteleiro na COVID-19
O setor moteleiro se reinventou na quarentena e está cada vez mais atento com as mudanças que vão pautar o futuro dos negócios (Foto: Free-Photos/ Pixabay)

Já Leonardo Dib, Diretor da Lush Motel, na LHG, ABMotéis e APAM comentou sobre a vivência no local. “A gente que estão dentro da operação, antes da pesquisa, sempre tivemos essa ideia, então podemos falar. Quem está dentro sabe, os principais picos são sextas de noite, sábados de noite. Nos dias dos namorados. Sabemos que as demandas maiores são nos casais, seja chegando após um jantar, ou para dormir e ir embora. Só queria deixar o lado da vivência também”, diz Dib.

Hospedagem

Vinicius Roveda, respondendo os comentários de quem acompanhava a Equipotel Conexões, comentou sobre quem usa os motéis para apenas hospedagem. “Com isso nós quebramos um paradigma de que motel é para amantes. Temos pesquisas internas que o próprio cliente preenche, então temos as vezes 80% de motel em alto padrão e o índice de casais com relacionamentos instáveis quase chega 90%. O motel é um meio de hospedagem. Atuamos no interior também, e realmente a oferta é menor dentro dos motéis, principalmente os localizados nas rodovias. Mas mesmo assim funciona muito bem, as vezes com 20% dos movimentos deste público de hospedagem”, alerta Roveda.

Coronavírus

Larissa Deus, também da ABMotéis, comentou sobre a fase da pandemia. “Começamos a notar, como em todos setores, seria muitas dúvidas. No início ninguém sabia ao certo se poderia ficar aberto, então foi esse o nosso trabalho. Nós conseguimos tirar alguns números com quem responde nossas pesquisas, em março em abril, após primeira pesquisa na pandemia, chegamos em números interessantes. 42% dos motéis não fecharam desde que tudo começou. 21% fecharam por uma semana e apenas 4,6% fecharam durante todo tempo. Existem municípios que fecharam quando estavam em índice alto e as pessoas precisavam fechar. No início o público estava com medo de sair de casa, saiam pouco, e impactaram muito os números dos motéis”, comenta Larissa.

Limpeza e higienização serão fatores decisivos na escolha dos hotéis pós COVID-19
A ABMotéis criou um manual e boas práticas durante a pandemia (Foto: Freepik)
Protocolos

Leonardo Dib comentou sobre os procedimentos de higienização nos motéis. “Num primeiro momento todos pararam para se planejar, isso lá no início. Obviamente a partir do momento que entendemos que podia ficar aberta e trabalhar normalmente. O motel sempre foi uma experiência privativa, então desde que ele chega no carro dele, ali ele não tem contato humano somente com seu parceiro, usa a suíte que sempre estão bem preparadas para higiene e limpeza, e vai embora com segurança sem contato com ninguém, então viemos que podíamos ser uma opção de lazer para o casal. Basicamente o que fizemos foi adaptar alguns processos, mas foram mínimas porque nosso procedimento sempre foi muito rígido”, lembra.

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Felipe Martinez também opinou sobre o assunto. “Fizemos um manual e boas práticas durante isso e como o Leo disse, o setor como um todo, e sempre fomos cobrados por higiene, então sempre precisamos fazer muita coisa para quebrar preconceito e medo de frequentar motel. Por exemplo a máquina de ozônio, na motelaria, é uma prática comum tem 10 anos”, completa.

Dia dos namorados

Larissa Deus fez uma análise em relação ao principal dia do ano dos motéis. “O movimento em relação ao ano passado, no dia dos namorados que é a data mais importante, tivemos uma surpresa porque no dia 12 de junho não havia flexibilização, e o casal que é o principal público dos motéis, no caso o relacionamento fixo, eles não podiam fazer outra comemoração. Não poderiam viajar, teatro, cinema… Então pensamos em oferecer uma segurança”, aponta.

Segundo Leonardo Dib, os clientes atuais dos motéis buscam um Menu completo (Foto: Pexels/ Pixabay)
Gastronomia

Leonardo Dib foi questionado por Rodolfo Elsas sobre a parte de alimentação nos motéis. “Então, primeiro com o replanejamento, realmente mudamos bastante coisas do cardápio. Ao logo do tempo fomos percebendo uma mudança de dinâmica. Vimos quem chega mais cedo, passando o dia, então naturalmente procuram comida, então retomamos cardápios. Temos pilares que envolve hospedagem e gastronomia. Então o que oferecemos num motel não perde em nada para um restaurante, então quando começaram a perceber isso, fazem o programa completo no motel com alimentação. Então ficam mais, isso aumenta, aumenta porque tem qualidade. Eles pensam assim, já que estão saindo menos, quando querem sair, querem fazer um programa bacana, querem uma experiência mais personalizada. Muitas vezes querem um Menu completo, não só um prato. Depois vão ver um filme. Eles querem uma experiência completa. Os motéis precisam oferecer algo diferente da casa da pessoa”, finaliza Leonardo Dib.

Leonardo Dib: “A gastronomia que os motéis oferecem não perde em nada para um restaurante”
Negócios

Felipe Martinez respondeu um questionamento do anfitrião Daniel Pereira, Gerente da Equipotel, na questão do lado comercial dos motéis. “Depende dos negócios. O motel tem uma usabilidade mais intensa do que a hotelaria, por exemplo. Quando a hospedagem fecha uma diária, ele usa mais pra tomar banho e dormir, depois sai para visitar, passear. Mas no motel ele fica durante o período inteiro, ele vai consumir mais. O uso da suíte é maior, e os ciclos de reforma são maiores, e envolve tudo, mobiliária, colchão, amenities, tudo”, aponta.

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