Hôtel Lancaster, em Paris, celebra 100 anos de história
O hotel parisiense era o destino preferido de grandes estrelas de Hollywood do século XX

Ícone da hotelaria de luxo parisiense, o Hôtel Lancaster acaba de completar 100 anos. Construído em 1889 e transformado em um hotel de luxo em 1925, o edifício de oito andares ocupa uma residência no coração dos Champs-Élysées, a poucos passos do Arco do Triunfo, um dos principais pontos turísticos de Paris.
Desde então, tornou-se refúgio de estrelas do cinema, da realeza e de grandes personalidades. Marlene Dietrich chegou a viver no hotel por três anos na década de 1930. A lista de hóspedes ilustres inclui ainda a Rainha Elizabeth, Ella Fitzgerald, Clark Gable, Lauren Bacall, Elizabeth Taylor e Richard Burton, Pedro Almodóvar, entre muitos outros.
Sem perder a atmosfera de mansão familiar, o Lancaster dispõe de 54 suítes divididas em sete categorias diferentes. A decoração combina mobiliário do século XVII e obras de arte com toques contemporâneos, criando um ambiente sofisticado e acolhedor. A suíte mais emblemática recebeu o nome Marlene Dietrich, em homenagem à atriz e cantora alemã. Com 85 metros quadrados, preserva como parte central de sua sala de estar o piano original da estrela.

Um século de histórias
Em 2025, o Hôtel Lancaster convida seus hóspedes a reviverem memórias e momentos especiais que fazem parte da trajetória do hotel. A celebração inclui a instalação interativa “100 Murmúrios”, uma obra poética e sensorial que ocupa o lobby do hotel como um verdadeiro mural de grandes lembranças. Um novo menu de coquetéis no bar CopperBay Lancaster e uma coleção exclusiva de livros que reúnem histórias e curiosidades da casa completam a programação comemorativa.
A nova carta de drinks presta homenagem às personalidades que marcaram a história do Lancaster e propõe uma jornada que atravessa décadas, desde 1925 até os dias de hoje, explorando técnicas clássicas e sabores contemporâneos.
Como forma de eternizar sua memória, o Hôtel Lancaster lança também uma coleção inédita de três cadernos que registram histórias marcantes e os universos que moldaram a essência da propriedade: cinema, arte e gastronomia.
Além de receber as estrelas do cinema, o edifício também serviu de set de filmagem de produções francesas marcantes. Durante a pandemia, o Diretor Emmanuel Mouret gravou no Lancaster o filme Chronique d’une liaison passagère. Já nos anos 1970, foi cenário de La Mandarine, com os atores Annie Girardot e Philippe Noiret, que interpretavam os proprietários do hotel.