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Equipotel Conexões analisa o papel da liderança na retomada da hotelaria

Na tarde desta terça-feira, dia 17 de agosto, foi ao ar mais uma edição do Equipotel Conexões, iniciativa da Reed Exhibitions Alcântara Machado e Equipotel, com o tema “Retomar é preciso, liderar também: a visão, resiliência e coragem dos líderes hoteleiros”, com mediação de Gabriela Otto, embaixadora de conteúdo da Equipotel, CEO da GO Consultoria e Presidente da HSMAI Brasil, e os convidados: Antônio Dias, Diretor executivo do Royal Palm Hotels & Resorts; Cincinato Lui Cordeiro, CMO da Slaviero Hotéis; e Ulisses Marreiros, Gerente geral do Copacabana Palace, a Belmond Hotel.

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Segundo Antônio Dias, o mês de julho em lazer foi recorde em vendas. “Imaginamos que é uma tendência que permanecerá. O dólar não caiu abaixo de cinco, e para o nosso mercado é um índice importante. O mercado de lazer então, permanece aquecido, já o de eventos ainda espera por uma reação. Para o ano de 2022 temos muitos orçamentos. Antes da crise, eram cerca de 150 orçamentos por semana. Esse número caiu para cerca de 20 durante a pandemia e agora já gira em torno de cem. O mercado anseia por este retorno. Estão todos como ‘gatos escaldados’. Uma coisa que eu acho importante é que as pessoas veem os eventos de uma forma mais tranquila, as pessoas estão confiando mais nos protocolos que os hotéis adotaram”.

Eventos sociais

Ulisses Marreiros, do Copacabana Palace, afirmou que os eventos sociais podem ser feitos seguindo determinadas regras. “Em nível corporativo tivemos eventos na última semana, que foi um B2B para cerca de 120 pessoas, e foi bem relevante para a retomada. Estamos observando esse interesse das pessoas em realizar novamente seus projetos. Graças a resiliência do mercado nacional, antes 35% dos nossos clientes eram brasileiros e hoje este número gira em torno de 85%. Esperamos ver a retomada do mercado internacional em nosso cenário ainda este ano”.

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Vacinação como principal aliada

Para Cincinato, no corporativo para a Slaviero Hotéis, o cenário ainda não é o que se espera. “Hoje ainda estamos com 40%, 45% de corporativo. As grandes corporações ainda estão com protocolos mais rígidos. Esse viajante está fazendo falta para nós, assim como os hóspedes que participam dos eventos. Na falta desse segmento, estamos sentindo bastante a falta desse share. Nossa expectativa é que continuemos nessa margem até dezembro e com o avanço da vacina e o afrouxamento, entre aspas, dos protocolos, aconteça a normalização dessa receita”.

Dificuldades superadas

Antônio Dias explicou que as maiores dificuldades encontradas no auge da pandemia se basearam na gestão humana. “Acabamos ficando com um time não pequeno, cerca de 480 pessoas, e usando o formato de redução de jornada. Então, esse volume de 480 foi a nossa estratégia, redução de jornada. Planejamos o retorno do aumento da equipe mais para o final do ano, quando tudo estiver mais claro e os eventos mais alinhados. Queremos entrar janeiro e fevereiro com uma equipe treinada e entregando o que nossos hóspedes e clientes de eventos esperam”.

Equipotel Conexões analisa o papel da liderança na retomada da hotelaria
Sob a mediação de Gabriela Otto, os convidados do Equipotel Conexões falaram sobre temas relevantes para a retomada do setor

Para Cincinato, o limite de mudanças na experiência do hóspede não pode comprometer o nível de excelência. “Tiramos valor da marca para preservar a existência da empresa. Não foi fácil, mas tratou-se de um ato de coragem pensando em algo maior. Isso nos permitiu um plano de retomada e reposicionamento mais claros para a retomada”.

Papel do líder

Dias também opinou que o papel das lideranças foi determinante para o enfrentamento da pandemia. “Muita transparência e comunicação com a equipe. Estar junto com as pessoas, juntando grupos pequenos em rodadas de conversas e acreditamos que conseguimos passar a nossa mensagem. Só superamos a crise pelo esforço de todos. O momento que vivemos foi de pensar o agora, com prazos muito mais curtos. Fomos atropelados pelos acontecimentos mas conseguimos manter o conhecimento, o know-how e isso nos deixou preparados para a retomada”.

Para Ulisses, o grande papel do líder na gestão de uma crise é inspirar pessoas, subir ao mastro e ver como aproveitar o vento, pois mesmo com o vento contrário é preciso saber para onde ir. O líder tem que ter, em determinado momento, contato com toda a equipe, uma por uma, e fiz esse trabalho durante uma semana inteira, seja para transmitir conforto, seja para elucidar os fatos”.

Saúde e bem-estar como tendências promissoras

O Gerente do Copacabana Palace também afirmou que a tendência do bem-estar, saúde e sustentabilidade já eram pautas do empreendimento antes da pandemia. “Nós temos alguns clientes em nível de saúde que vem ao Rio de Janeiro para exames, e pensamos que, dentro do hotel, é uma área que necessita de foco, e é algo que as pessoas buscam muito. A oferta de bem-estar e atividade física e mental”.

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Tecnologia e o impacto na experiência

Segundo Cincinato, “o ser humano gosta da zona de conforto, então todos querem que a ruptura dos hábitos se desfaça e se retorne o ‘normal’. Na tecnologia, essa tendência contact less veio para ficar. Esse tipo de tecnologia agregada ao serviço dentro de um hotel, como uma solicitação de toalha, de alimentos e bebidas ou check-in, check-out, definitivamente já são consolidadas dentro da jornada do cliente. A tecnologia para o hóspede tem que ser fácil, imperceptível e perfeita. Cada vez mais nós, enquanto distribuidores do produto hoteleiro, vamos assistir o equilíbrio das vendas diretas, consequência dessa tecnologia também”.

Solicitação de comprovante de vacinação nos resorts

Dias explicou que a exigência por um comprovante de vacinação nos resorts é uma pauta que não deve avançar. “O que acontece no Brasil é que ainda estamos com pouca vacina. A vacina pode conter a doença mas não a disseminação. Tivemos caso de um cruzeiro da Norwegian com mais de 20 casos, e todos estavam com comprovantes de todas as doses. Eram passageiros assintomáticos. Só souberam porque o exame era protocolo. Não vejo esse assunto prosperar no Brasil”.

Gabriela Otto finalizou opinando que, um dos fatores pelo qual a exigência não deve ‘emplacar’ é a diferença do tratamento de destino para destino.

O Equipotel Conexões é uma iniciativa da Reed Exhibitions Alcântara Machado e Equipotel com apoio da Colortel, Grosfillex, Mendoá Chocolates e Revista Hotéis como mídia oficial.

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