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É hora de se preparar para a retomada do Turismo

Com o grande período de confinamento, as pessoas foram obrigadas a adiar viagens e passeios. Certamente após a normalização da pandemia, haverá uma retomada com senso de urgência. É preciso que a hotelaria vá se preparando

Artigo de Mariana Cecchini*

O ser humano não existe para viver em confinamento. Faz parte da natureza socializar e buscar novos ares e explorar.

Com a crise do COVID-19, muitas pessoas foram obrigadas a adiar viagens, férias e outras atividades que envolvem o turismo, e assim, a rede hoteleira se vê frente a novos desafios.

Mas com a “normalização” – e, esperamos que seja breve – certamente haverá uma corrida para retomar o tempo “perdido”. Na verdade, tempo investido para segurança de todos. Sairemos desta crise como novas pessoas e novos hóspedes.

As pessoas vão desejar avidamente a sair de suas casas e passear. E as viagens de negócios voltaram a aquecer.

É tempo de se preparar para esta retomada com senso de urgência, que certamente haverá.

O que este novo hospede procurará?

Difícil prever aonde o crescimento mais forte vai acontecer e, em quais categorias de hotéis, mas podemos nos basear em nós mesmos e se nos sentirmos seguros com os procedimentos dos locais começaremos pouco a pouco retomando a confiança e agendando nossa viagem postergada e tão desejada.

Por isso, elencamos seis macro tendências possíveis de serem implantadas nos hotéis, durante os próximos meses, levando-se em conta os reflexos da pandemia que ficarão arraigados ainda por tempo indeterminado:

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Ameris

1. AR
Buscaremos por espaços mais arejados, com ventilação natural ou ar livre: gazebos para café da manhã, rooftops para jantar… Ou atividades esportivas, nosso clima na maioria das cidades permite isso. Espaços mais individualizados para se ler um livro num deck, numa casa de árvore, num bangalô vão fazer a diferença.

2. LIMPEZA E PROCEDIMENTO
Iremos reparar mais nas superfícies mais fáceis de limpar, que transmitam higienização plena. Mais provável vermos menos incidência de tecidos naturais e carpetes e com uso correto e contínuo dos EPIs, vamos querer ver um bom e eficiente treinamento do staff.

3. CONCIERGE DIGITAL
Buscaremos por totens de informação ou meios digitais de se conhecer a região. Tendo menor contato possível com o staff, maior informatização possível em aplicativos, segurança e praticidade de check-in e check-out. Agilidade e segurança nos procedimentos de entrada e saída, vamos gostar muito de não perder tempo e ficar 15 minutos preenchendo fichas numa recepção em pé.

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Fispal

4. F & B
Nos restaurantes, um maior distanciamento das mesas, uso de espaços mais reservados, quem sabe com divisórias ou biombos elegantes e modernos entre mesas com novo sistema de serviço: o self-service vai cair em desuso nesta etapa, mais serviços à francesa são esperados ou take away. Vamos adorar ter experiencias exclusivas com chefs vindo nos atender em nossas mesas, ou aqueles réchauds onde o garçon finaliza nossa comida na nossa frente. Atendimento PERSON TO PERSON.

5. RELAX
Estaremos ávidos para nos cuidar! Da nossa mente e do nosso corpo. Vamos ver mais espaços de bem-estar, meditação, saúde e tratamento estético individualizado, evitando aglomerações das piscinas lotadas, podemos ver a reinvenção de spas e micro spas para os que não tem tanto espaço físico.

6. UHs
Se tivermos quartos maiores ou conjugados podemos estar mais confortáveis e seguros com nossa família, ou simplesmente termos mais espaço porque devemos passar um pouco mais de tempo no quarto, os quartos podem ser equipados com jogos e termos maior cobertura de serviços de quarto. Nada disso tudo funciona se não tivermos uma ótima internet se estivermos a trabalho com bom espaço de trabalhar com poltrona confortável.

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Clima ao Vivo

Precisamos nos reinventar. É ordem natural. O consumidor está transformando seu comportamento, voltando-se ao digital, mas também ao natural.

Todos os setores sentirão os reflexos desta crise que apareceu sem avisar. Mas essa pode ser uma ótima oportunidade de rever conceitos e aproveitamento dos espaços. Pense nisso.

Pois teremos uma volta gradual, e quem ganha é quem se reinventar agora se adequando para esta nova pessoa.

* Mariana Cecchini é Arquiteta da Kaleidoscope Arquitetura para hospitality e foodservice. Contato: www.kaleidoscope.net.br.

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Claudio Schapochnik

Cláudio Schapochnik - Repórter

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