Diogo Canteras apresenta as perspectivas da hotelaria na HSMAI Conference
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Sócio Diretor da HotelInvest, especializada em consultoria em Investimento Hoteleiro, Diogo Canteras acaba de ministrar mais uma palestra na 2ª edição da HSMAI Strategy Conference, em São Paulo. O executivo falou sobre as perspectivas da hotelaria nacional e de que forma os empresários podem se preparar para o que ainda está por vir.
Canteras explica que a indústria hoteleira é cíclica. Desde operação do hotel, a queda de ocupação do mercado, da tarifa média, percepção de um mau investimento, recuperação do mercado, aumento de ocupação e tarifa média, percepção de bom investimento, e desenvolvimento de novos hotéis. “Para cada momento e segmento, nós temos uma oportunidade de investimento. Em São Paulo, a recessão foi sentida antes de todos os estados, mas foi também o que menos sentiu, com queda de 2,7% na ocupação comparando o primeiro semestre de 2014 com 2015”, conta.
Belo Horizonte foi a capital que mais sofreu no mesmo período, com queda de 20,9% na ocupação e de 41,1% no Revpar – o pior desempenho devido a superoferta. “A maior preocupação é em relação aos custos internos que subiram, como insumos, eletricidades, etc, enquanto as diárias não têm subido”, afirma Canteras. O histórico recente das cidades também surpreendeu negativamente em 2015. Segundo dados do FOHB, a ocupação caiu 6,9% no período com previsão de crescer apenas 2%. A expectativa para a diária média, de acordo com a entidade, é de 4% e +6,6% no Revpar no próximo ano”, pontuou.
Canteras apontou também os drivers da indústria hoteleira, separados por demanda – crescimento do PIB, petróleo e dólar -, e oferta – desaquecimento do mercado imobiliário e CVM. “Existe uma correlação entre PIB e demanda hoteleira. Tem um determinado patamar de crescimento do PIB, entre 4 e 5%, que faz a demanda hoteleira crescer de maneira saudável. Se por exemplo, o PIB cair em 2016, mas a expectativa para os próximos dois anos for positiva, a demanda irá aumentar”, explica o consultor.
O executivo menciona ainda que o dólar alto promoveu o aumento em 33% da ocupação dos resorts brasileiros de 2013 a 2015, e em contrapartida, diminuiu a ocupação dos cruzeiros no Brasil. Em relação à diária média, Revpar e Ocupação nos principais mercados do setor econômico, as perspectivas até 2020 são de estabilidade em São Paulo, ficando na casa dos 60% em cinco anos. Santos já é mais atingido pelo petróleo e registrará queda no mesmo período.
As sugestões de Canteras para os hoteleiros neste momento é cortar custos, preparando-se para uma crise prolongada; alertar os investidores para uma perspectiva de um período longo de baixa rentabilidade; trabalhar em estratégias de desenvolvimento focadas na criação de valor.
Confira alguns flashes do evento na galeria abaixo: