Cenário Nacional da Economia é o primeiro tema abordado na 2ª HSMAI Conference
Ministrada por André Perfeito, Economista Chefe da Gradual Investimentos, a palestra “Cenário Nacional, oportunidades e desafios para 2016” abriu o dia de painéis da 2ª HSMAI Strategy Conference, realizada no hotel Pullman Ibirapuera, em São Paulo.
Perfeito iniciou o tema falando sobre o cenário internacional da economia, e denominou o momento como Guerra Monetária, regida pelas taxas de juros. Os dados apresentados são da Gradual Investimentos, e compara os períodos de 2004 a 2015. Segundo ele, “lá fora, as pessoas podem achar que está tudo bem na economia dos principais bancos do mundo – Alemanha, EUA, Japão, Espanha -, mas eu não vejo desta forma. Nestes, o comércio mudou radicalmente, sendo possível registrar juros negativos na Alemanha por exemplo. No Brasil, o principal problema são os juros altos, e a situação pode ficar ainda pior, como dólar a R$ 7”, alerta o economista.
No mundo, Perfeito falou sobre a balança comercial japonesa, que manteve-se em alta entre os anos 1986 e 2007, e sofreu um déficit em 2012. Ele menciona também o déficit sofrido nos EUA em exportação, e afirma que apesar dos problemas brasileiros, o País ainda está em vantagem sobre outros. “Uma forma de ver se o país é ‘solvente’ ou não, é só descobrir se ele consegue sobreviver sem exportar nada, apenas com a sua reserva. Enquanto Colombia sobreviveria por 7 meses; o México, 5 e a Argentina, 3, o Brasil teria 13 meses sem exportar nada. Isso é uma ótima notícia”, comenta.
No Brasil, Perfeito diz que na sua opinião, o governo petista não é o principal problema que levou a economia a entrar em crise, mas sim, o desenvolvimento do plano real. Em 2005, a taxa de juros era de 12%. Em 2012, chegou a 1,41% e este ano atingiu 4,72%. “Quando a taxa de juros cai, significa que está mais difícil ganhar dinheiro no próprio país, e isso é bom. Com isso, é necessário melhorar os serviços para conseguir se manter competitivo. O Brasil não vive uma crise econômica, mas sim política. Tenham fé, mas não deixem o estrangeiro pagar barato no País”, pontuou.