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ADIT Invest debate nova onda de flats e condohoteis

A nova onda de flats e condohotéis e se existe o risco de oferta, foi o tema de uma palestra que terminou agora na programação da 8ª edição do ADIT Invest – Encontro para Investimentos Imobiliários e Turísticos do Brasil – promovido pela ADIT Brasil — Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil. O evento que se encerra hoje no hotel Vitoria Concept, em Campinas (SP) e que conta com o apoio da Revista Hotéis, reúne vários líderes e profissionais de diversos setores, entre eles estão: da hotelaria, especialistas financeiros e de fundo de investimentos, consultores, incorporadores e experientes executivos dos setores imobiliário e turístico brasileiros. Este fórum privilegiado é palco de discussão de temas importantes do setor, assim como encontrarão um clima propício para realização de negócios e atualização profissional.

 

Esta palestra foi moderada por Carlos Alberto Campilongo, Diretor do SECOVI-SP e teve a participação do Consultor Caio Calfat, do Presidente da Allia Hotéis, André Monegáglia e de Alexandre Gehlen, Presidente da rede InterCity de hotéis.

 

O Consultor Calfat começou o debate explicando como nasceu o Manual de Boas Práticas Hoteleiras que foi lançado em janeiro do ano passado para evitar novas especulações imobiliários em torno da hotelaria.  “O Manual não é um instrumento de regulação, mas sim de orientação para tentar educar o mercado e ensinar os caminhos mais seguros para se investir no segmento hoteleiro. Um bom exemplo, é que o Manual recomenda que todo empreendimento deve ter um estudo de viabilidade e ter um asset management para orientar os investidores após a abertura deste hotel. O sucesso deste Manual já levou a mais de 18 mil downloads no site do SECOVI-SP e já estamos trabalhando para fazer uma segunda edição deste Manual”, destacou Calfat.

 

E a informação é consenso entre os hoteleiros presentes no debate para evitar erros do passo. “Aprender no erro do passado em que houve uma super oferta hoteleira na década de 90 é de extrema importância. Na época não havia informações adequadas e pelo feeling de cada um se desenvolvia produtos. O nascimento do FOHB nesta década foi trazer informações números fidedigno para espelhar melhor a realidade e da suporte ao construtor e operador”, ressaltou Gehlen. Monegáglia também lembrou a importância que tem os dados estatísticos que são desenvolvidos pelo FOHB para mostrar a realidade do mercado, mas lamenta que ainda exista carência de dados confiáveis e seguros no setor, assim como regulamentação como já acontece nos Estados Unidos.

 

O valor de venda e a rapidez como são comercializados alguns condohotéis preocupa o Consultor Calfat. “Muitos foram vendidos em grandes capitais em poucas horas, mas muitos investidores não tomaram conhecimento se houve estudo de viabilidade de mercado ou se alguém quando vendeu explicou que era um investimento de risco”, questionou Calfat. Gehlen destacou que cabe a administradora analisar de forma criteriosa cada um destes empreendimentos antes de assinar contrato, pois isto pode macular a imagem da empresa. “Se existem excessos ou má fé na hora de comercializar este empreendimentos, cabe ao Ministério Público investir e punir”, mencionou Monegáglia.

 

Em relação às linhas de financiamento, Calfat criticou o programa Procopa que não cumpre seu papel de fomentar o setor hoteleiro, pois existe muita burocracia e poucas empresas conseguiram o empréstimo. “No meu ponto de vista o grande entrave para se conseguir estes empréstimos são as garantias, mas isto faz parte de uma cultura brasileira e isto atrapalha bastante o setor”, mencionou Gehler. “O BNDES exige garantias reais absurdas e só concede empréstimos para grandes empresários como o Eike Batista para reformar o hotel Glória. Outro agravante é o período de amortização que também é muito pouco”, emendou Monegáglia.

 

Norma para regulamentação do setor hoteleiro também foi alvo de críticas dos debatedores, como Monegáglia. “A indústria da construção, automobilística e demais setores da economia possuem regulamentação, menos a hotelaria.  O Governo não interessa em discutir regulamentação para o nosso setor e por desconhecer, quer impor normas, como a que pretende monitorar as diárias hoteleiras para a Copa do Mundo. Se adotarmos um sistema, como o que existe nos Estados Unidos, em menos de cinco anos vamos regular o setor hoteleiro no Brasil sem necessitar da ajuda de nenhum órgão governamental, garantiu Monegáglia, encerrando o debate.

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