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32º Encatho aborda a importância da segurança da informação na hotelaria

Direto de Florianópolis (SC) – O 32º Encatho & Exprotel teve, no seu primeiro dia de palestras técnicas, a palestra denominada “Segurança da informação – Adequação e monitoramento as potenciais ameaças no ambiente hoteleiro”, ministrada por Jonas Tasca, graduado em sistemas de informação.

A apresentação de Tasca começou com o palestrante lembrando que muitas empresas de renome têm sofrido ataques virtuais. “Quando falamos de segurança da informação as pessoas tendem a achar que se trata somente de âmbito virtual. Não. Qualquer lugar onde haja informação deve ser garantida a segurança. Imagina acordar no aplicativo do seu banco e encontrar a sua conta zerada. Imaginem os donos de hotéis, que recebeu casal em Lua de Mel e não encontrou a reserva por conta de um ataque virtual. Não é nada bom”, iniciou o especialista.

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Jonas separou a sua apresentação em duas vertentes – da segurança da informação física e virtual. “Existe alguma chance de alguém entrar na sua empresa ou hotel e furtar o equipamento servidor no qual estão inseridas as principais informações da empresa? Por isso, falamos de forma mais abrangente, de ataques virtuais e reais”, explicou.

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Tasca colocou como alternativa para tais riscos, a virtualização dos sistemas da empresa com custo apenas de manutenção. “Uma única máquina nesse caso, pode garantir toda a operação da empresa. Caso seja necessária a divisão de redes em um hotel, recomenda-se a compra de duas placas de rede. É uma solução simples e que garante a segurança da informação do hotel. Sistemas de nuvem também são populares mas seus custos na maioria das vezes não são viáveis”, disse.

Marco civil da internet

De acordo com o marco civil da internet, todo aquele responsável por um CNPJ, também é responsável pelo tráfego que se realiza dentro de seus equipamentos. Na questão dos hotéis, existem hóspedes, ou terceiros, que estão trafegando dados os quais o empreendedor não têm controle, mas que podem ser rastreados e seus usuários, identificados. “Existem bloqueios a sites que são feitos por firewalls. Um dos mitos que circulam nesse meio é o de que se demanda muitos gastos para se criar um ambiente virtual seguro. Na verdade, não existem ambientes totalmente seguros. Mas existem formas sim, de antecipar riscos e se precaver de forma assertiva e segura”, ensinou o especialista.

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Tasca também ressaltou a importância de se implementar em hotéis, o sistema de acesso com login pela rede social. “Vocês já estiveram em um local no qual, para se ter acesso a rede, solicitava-se check-in pelo Facebook? Esta é uma boa maneira de manter o ambiente seguro e nele, o empreendedor vai gastar somente com a hora do especialista que irá instalar o sistema”, revelou.

Internet e eventos

O contrato com uma empresa parceira pode ser fundamental para o hotel no sentido de se oferecer um serviço de internet eficiente. “No caso de eventos muito grandes, pode-se comercializar pacotes de acesso para todos os dias do evento”, recomendou. “Quando falamos de hotéis hoje não tem como não falar de sinal Wi-Fi. Existem equipamentos que custam pouco e dão conta de um pequeno empreendimento. São valores que vão de cem a dez mil reais. Mas a dica é ouvir mais de um fornecedor. Esse processo é didático, faz com que o empreendedor aprenda mais sobre o produto que oferece”, complementou.

Jonas explicou que o Wi-Fi é nada mais que uma falha de segurança da informação. “É curioso afirma isso, mas não conseguimos dizer ao aparelho de sinal Wi-Fi que se limite somente a calçada ou a recepção dos empreendimentos. Por essa razão é que muitos vizinhos descobrem a sua senha e usam a sua rede indiscriminadamente. Para isso, existem equipamentos que funcionam no horário estipulado pelos administradores. É uma opção”, ressaltou.

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Outra dica do especialista é a implementação de mais de uma rede. “Isso garante que o usuário, no caso de queda de uma, pode fazer uso de outra. É importante que as redes estejam separadas fisicamente, até por uma questão de segurança”, disse.

Sequestro de dados

Hoje em dia, segundo Tasca, um vírus que sequestra dados é fácil de fazer. “Existem sites que ensinam como esses vírus são criados. Claro que na maior parte das vezes, as pessoas são pegas e respondem criminalmente. Mas é mais comum do que nunca a prática de roubo de dados e a extorsão em troca da sua devolução”, afirmou.

Esses vírus são recebidos por e-mails, correntes de WhatsApp, entre outros. “O principal ataque é feito por meio de engenharia social, quando um indivíduo incita ou convence o outro a fornecer informações sobre senhas e acesso. Todos os dias os administradores devem lembrar a sua equipe sobre os cuidados com a sua informação”, ressaltou Jonas.

Taska encerrou a sua apresentação lembrando que, ataques podem comprometer os sistemas de tal forma que, seis meses após o ataque, o IP pessoal da máquina continua disponível para qualquer um acessar pela Deep Web, a internet obscura, ambiente virtual criado para a prática de crimes.

O 32º Encatho & Exprotel é uma realização da ABIH-SC, com a Revista Hotéis como mídia oficial. A reportagem viajou a Florianópolis a convite da ABIH-SC e hospedou-se no Hotel Faial Prime Suites, um dos empreendimentos parceiros da entidade no evento.

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