Pesquisa aponta alta de quase 500% na procura de aluguel de veículos
Para engrenar uma total recuperação econômica, as empresas de aluguel de veículos aguardam a completa imunização dos brasileiros contra a Covid-19 e, mesmo com a escalada de preços da gasolina e do diesel nos postos, a expectativa do setor é de confiança e otimismo para o segundo semestre de 2021.
Prova disso são as representantes da área na Bolsa de Valores – Localiza Hertz, Movida e Unidas, que, desde julho de 2020 até o momento atual, tiveram suas ações valorizadas em 47,9%; 34,8% e 57,4%, respectivamente.
Um dos fatores que contribuiu para o crescimento das rent a cars em meio a pandemia são as passagens aéreas, que, apesar da desaceleração do turismo, estão mais caras por causa da desvalorização do real e do elevado custo operacional das companhias. “Isso sem contar a alta dos preços dos carros novos, o reflexo do fechamento das fábricas e montadoras e a consequente diminuição na produção de peças e materiais. Sem dúvida, essas são condições que contribuem muito para o mercado de aluguel de veículos”, comenta o CEO da Onfly, Marcelo Linhares.
Nesse sentido, Linhares chama atenção para uma nova modalidade dentro do segmento: o aluguel de carros por assinatura. A tendência, para ele, é que a categoria amadureça e se multiplique. Primeiro, porque as pessoas estão evitando o transporte coletivo; segundo, um carro de aluguel por assinatura representa menos dores de cabeça e gastos com seguro, impostos e manutenção; terceiro, os viajantes brasileiros estão optando por alternativas sustentáveis e destinos mais perto de casa, além de locais que combinem trabalho, entretenimento e lazer; e, por fim, locomover-se de ônibus, avião ou táxi pode sair muito caro, dependendo do destino.
Um estudo recente da Similarweb, consultoria de inteligência de mercado, mostra que em 2021, entre os meses de janeiro e maio, as visitas em sites a partir da busca pelo termo “carro por assinatura” foram 91.500 no total. O crescimento, em comparação ao mesmo período do ano passado, foi de 457,9%, algo extremamente representativo para uma categoria pouco explorada no País.