Estudo revela resorts acelerando o ritmo de recuperação no Brasil
A previsão é de chegar a dezembro com ocupação de 20% a 35% abaixo do mesmo mês de 2019
A HotelInvest em parceria com a plataforma de gestão hoteleira Omnibees e com a STR Consultoria Imobiliária, acaba de apresentar ao mercado o estudo Recuperação dos resorts no Brasil. Essa é mais uma iniciativa para sinalizar ao mercado o potencial de ocupação e de diária média no setor ao longo dos próximos anos. Assim como no estudo anterior que abordou a recuperação da hotelaria urbana no Brasil, objetiva-se com a publicação fornecer aos hoteleiros informações que auxiliem as suas tomadas de decisões estratégicas, dessa vez para o mercado de resorts. “Em um ambiente sem precedentes na histórica recente do mundo, acreditamos que o estudo seja uma das iniciativas que nos ajudem a enxergar com um pouco menos de incerteza o potencial de recuperação dos resorts no Brasil, que é um dos pilares da atividade turística do País”, revela Pedro Cypriano, Managing Partner da HotelInvest.
Dados sólidos
Além de dados sólidos das três empresas envolvidas diretamente na presente iniciativa, também foram consultados inúmeros estudos nacionais e internacionais para trazer o máximo de parâmetros disponíveis ao mercado. Em especial, executivos de mais de 30 grandes resorts do País foram consultados e contribuíram com informação para fundamentar as análises da publicação.
Estudo extenso
Ele possui 191 páginas mas de forma bem resumida ele procurou identificar que: Após quatro meses de análises e uma relação muito próxima com grandes resorts, os resultados obtidos são alentadores e sinalizam um horizonte em médio prazo positivo para a hotelaria de lazer no Brasil. “Na média de 2022, o índice de RevPAR dos resorts será no mínimo 13% acima dos valores de 2019, no cenário moderado analisado. Em comparação com o mês pré-pandemia (fevereiro de 2020), a recuperação total das receitas de hospedagem pode ocorrer em apenas dois anos para a média do setor”, acredita Cypriano.
Em curto prazo, já há sinais claros de demanda reprimida e a procura por resorts em todo o País se intensificou nas últimas semanas. “O volume de reservas registradas pela Omnibees atualmente já supera 60% do período de pico pré-pandemia, e os meses mais procurados ganham destaque a partir do quarto trimestre de 2020. A recuperação já começou, destaca Luis Ferrinho, CEO da Omnibees.
Ocupações crescentes
O movimento de ocupações crescentes em destinos de lazer já foi antecipado pela STR durante as temporadas de verão nos Estados Unidos e na China. “Destinos internacionais de lazer em estágio mais avançado da pandemia chegaram a ocupações diárias acima de 80% nos finais de semana e feriados, e de no mínimo 40% nos dias úteis”, revela Patricia Boo, Diretora da STR.
Cypriano menciona que alguns dos resultados adiantados devem ser comemorados. No entanto, também é preciso cautela. Para a efetivação das reservas em pernoites, o ambiente sanitário precisa sinalizar com mais clareza tendência de queda nas curvas de contágio e de óbito da doença. E o “período de travessia” por meses de prejuízo operacional ainda não terminou. Contenção de custos e atenção ao caixa ao menos até o primeiro semestre de 2021 são cruciais.
Destaques adiantados
1) Até outubro, 100% dos resorts estarão em operação – ainda em capacidade reduzida, mas com expectativa de chegar a dezembro com um limite próximo a 70% de ocupação por dia para respeitar os novos protocolos de distanciamento social.
2) Viés de queda de tarifa em curto prazo pode ser revertido nos próximos meses – Após promoções iniciais, executivos do setor já indicam retomada de preços, ao menos nos períodos de alta procura. O risco de guerras tarifárias hoje é menor.
3) Enquanto eventos não se recuperam, lazer doméstico estará em destaque – caso apenas 5% dos mais de 10 milhões de brasileiros que viajam anualmente ao exterior redirecionem as suas viagens a resorts no Brasil, a demanda adicional ao setor pode chegar a 10 p.p. de ocupação.
4) Até dezembro, ocupação mensal pode ficar entre 20% e 35% abaixo do mesmo mês de 2019 – sinalização de reservas e de voos já é mais favorável e tem crescido semana a semana, em todo o País.
5) 2022 em diante tende a ser melhor que 2019 – além da base modesta de desempenho na média do ano passado, a desvalorização do real deve estimular novas viagens domésticas pelo Brasil. Entre 2015 e 2016, em período de recessão econômica, movimento similar já aconteceu no País.
Sinais de melhoria
Em setembro, iniciaram os sinais de melhoria do ambiente sanitário no Brasil. A média móvel de novos casos e de óbitos pela COVID-19 finalmente começou a cair. Pouco a pouco, a confiança nas viagens está retomando e, mantida a tendência de controle gradual da pandemia, a recuperação do turismo ganhará força, liderada pelo turismo de lazer no país.
Acesse o estudo completo para mais dados e análises sobre a recuperação dos resorts no Brasil: