Cenário da aviação é debatido em painel do Expo Forum Visit São Paulo
Seguindo a grade de programação do Expo Forum Visit SP, evento realizado de forma digital que visa promover o turismo e divulgar os produtos turísticos em São Paulo, foi tratado pelos convidados Eduardo Sanovicz, Presidente da ABEAR, Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Dany Oliveira, Diretor da IATA – Associação Internacional de Transportes Aéreos e João Marcio Jordão, Superintendente do Aeroporto de Congonhas. O tema foi os cenários para 2021 e o futuro da aviação. Durante o painel, foi apresentado vídeos explicativos de algumas companhias aéreas como Azul, Gol, Latam, VoePass sobre as ações realizadas e as expectativas para o futuro.
João Marcio Jordão, Superintendente do Aeroporto de Congonhas, fez sua análise do futuro da aviação. “Nós temos visto tudo com bastante otimismo. Estamos preparando os aeroportos, estamos acompanhando o movimento do mercado. Temos visto esse crescimento. Nós acreditamos que 2021 estamos no patamar, chegando em agosto ou setembro com o mesmo movimento de 2019. Como foi dito, há uma mudança e crescimento. Inclusive estamos preparando, trazendo segurança. Temos reuniões constantes com a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária e mostrar ao passageiro que é seguro voar”, aponta.
Dany Oliveira, Diretor Iata foi questionado por Eduardo Sanovicz sobre as mudanças que o mercado, principalmente internacional, estão enfrentando. “Abril foi o pior mês, 2020 nos últimos 75 foi o pior, mas alguns mercados emergentes, como o Brasil, mostrou um crescimento consecutivo. Em setembro deste mês comparado com o abril, cresceu 7 vezes, enquanto o internacional 3 vezes. Essa parte está travada porque os governos estão fechando as fronteiras. A Iata está sendo vocal para que as barreiras sejam rompidas. Para terem uma ideia, em todos os casos registrados, em janeiro até agosto deste ano, um bilhão de passageiros e apenas 44 contaminados, ou seja, um caso em cada 27 milhões. Domesticamente, estão confiantes para 2021 comparados com os 2019, serão alcançados. Na questão do internacional, existe a barreira do fechamento das fronteiras”, aponta. “Aviação traz impactos sociais e econômicos para toda população. Mas existe exemplos contrários, com países como na Europa com severas movimentações de tráfico e pessoas, e da forma que vem sendo feito de forma unilateral, isso tem dificultado muito o reinicio da aviação. Na América do Sul, o Brasil assumiu essa liderança, principalmente na aviação doméstica, mas mesmo assim a região (América do Sul) precisa avançar muito”, completa.
João Marcio Jordão esclarece que a baixa movimentação durante a pandemia serviu ajudou a melhorar a infraestrutura dos aeroportos. “Estamos investindo cada vez mais na infraestrutura dos aeroportos, e esse lado voltado para segurança. Recentemente fizemos uma reforma na pista com uma tecnologia em que traz maior aderência na hora do pouso, ou seja, não deixa criar uma água de poça numa chuva mais forte. Nós sabíamos da dificuldade nos últimos movimentos, então aproveitamos essa baixa de movimento para melhorar infraestrutura além da parte da saúde, mas para trazer mais mobilidade”, comenta.
Aproveitando o comentário de Jordão, Eduardo Sanovicz, Presidente da ABEAR, comentou que: “É importante ninguém se iludir e virar o ano e tudo fica cor de rosa. Não é, o trabalho é longo, é um programa forte que devemos fazer para o turismo doméstico e de lazer. A área de evento ainda não reage como gostaríamos”, finaliza.
Questionado, João Marcio Jordão esclareceu sobre a baixada santista, no qual o antigo aeroporto se tornou Civil Militar. “Assumimos o aeroporto do Guarujá, antes somente miliar, então fizemos uma agenda para até o final de dezembro tornemos civil militar, podendo até dezembro tem uma aviação geral. Em paralelo, trabalhamos para certificação do aeroporto, para que até meados do ano que vem para aviação comercial, e um ano mais para Boeing. Nós pretendemos para um ano e meio com uma aviação comercial operando lá”, explica.