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Viagens de curta duração, ecoturísticas e de isolamento estão evidentes

Turistas devem fazer deslocamentos em um raio de até 500 quilômetros a parir de sua casa, preferencialmente de carro – próprio ou alugado

O isolamento social causado pela pandemia do novo Coronavírus, que ocorre desde março, tem passado por uma fase de flexibilização em muitos estados nas cinco regiões do País, e a cadeia do turismo recebe, cada vez mais, viajantes ávidos para deixarem suas residências e cidades. Após ficarem em quarentena nos últimos meses, as pessoas querem curtir espaços ao ar livre e valorizar novas experiências – ainda que para isso eles tenham de respeitar os novos protocolos estabelecidos por entidades como a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária e OMS – Organização Mundial da Saúde enquanto a vacina não chega ao mercado. Viagens de cunho ecológico, de aventura e de isolamento para destinos regionais em um raio de até 500 quilômetros do município do turista estão em alta. Pesquisas realizadas por conceituadas empresas assim como análises de gabaritados profissionais da hotelaria e do trade turístico sustentam essa tendência – e o otimismo dos meses vindouros.

Lazer regional

Na análise da consultoria especializada em empresas de hospitalidade, turismo e serviços Mapie, o cenário no País é semelhante ao apurado nas pesquisas internacionais da Phocuswright com as apurações brasileiras da Mapie e do TRVL Lab – Laboratório de Inteligência de Negócios em Viagens. “E isso está bem alinhado com o que está acontecendo na prática em destinos brasileiros que já estão abertos. O primeiro segmento a retomar é o de lazer regional, priorizando opções em um raio de até 400 quilômetros da cidade de origem dos viajantes. São viagens curtas, normalmente de final de semana, apenas para uma relaxada rápida em meio ao período que estamos vivendo”, explica a Fundadora e Sócia-Diretora da Mapie, Carolina Sass de Haro. Com escritórios em Curitiba e São Paulo, a consultoria é parceira estratégica da Phocuswright na América Latina.

Viagens de curta duração, ecoturísticas e de isolamento estão evidentes
Carolina Haro: “Haverá uma valorização por destinos naturais, com bastante possibilidade de atividades ao ar livre e integração com a natureza”

Num outro momento, continua ela, “assim que a pandemia estiver mais controlada e houver mais confiança dos consumidores, veremos uma busca maior pelos destinos que estamos chamando de afetivos. Aqueles que já fazem parte da tradição e da história da família, que geram boas memórias e lembranças. Além disso, haverá uma valorização por destinos naturais, com bastante possibilidade de atividades ao ar livre e integração com a natureza”. Outro tipo de nicho “nascido” na pandemia, que combina viagem e trabalho, ganha ênfase no quadro do CEO da Mobility, com sede na capital paulista, Oskar Kedor. “Além do turismo rodoviário, com carro próprio ou alugado, e wellness/fitness e natureza (espaços abertos, cachoeiras, mar, trilhas etc), a modalidade staycation, trabalhar remotamente a partir de locais ainda não vividos, passando duas semanas na praia, por exemplo, ganha destaque”, garante ele. Fundada há 20 anos, a Mobility é uma empresa brasileira especializada no segmento de locação de veículos no Brasil e Exterior, mantendo contratos com as principais locadoras do mundo.

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Turismo staycation

Ainda em relação à modalidade de turismo staycation, um destaque é Gonçalves, cidade localizada no Sul de Minas Gerais. As pousadas e os pequenos hotéis do município têm a maioria dos hóspedes vinda da capital paulista. Eles trabalham de dia, graças sobretudo ao acesso à internet, de forma relaxante por causa da beleza ímpar do lugar e tão somente por estarem fora da metrópole.

Viagens de curta duração, ecoturísticas e de isolamento estão evidentes
Oskar Kedor: “Trabalhar remotamente a partir de locais ainda não vividos, passando duas semanas na praia, por exemplo, ganha destaque”

Para o Sócio-Diretor da Freeway Adventures, uma das empresas pioneiras no segmento de Ecoturismo em todo o Brasil, Edgar Werblowsky, a tendência que ele vislumbra apanha um pouco do que foi dito acima por Carolina e Kedor, com alguns acréscimos importantes. “As tendências para o turismo neste cenário inicial pós-pandemia, ainda em 2020, acenam para uma busca por roteiros mais próximos, no Brasil, privilegiando natureza, campo e cidades pequenas. Hotéis mais personalizados, que abrigam poucas pessoas, terão preferência”, opina Werblowsky, que fundou a Freeway em 1983 em São Paulo. “Todas as propostas de viagens onde a descoberta do recontato com a natureza, das experiências em sítios e fazendas orgânicas terão um interesse crescente. Viagens temáticas, envolvendo autoconhecimento, espiritualidade, arte, gastronomia, música e outros temas também ganharão espaço no cenário imediato pós pandemia. As viagens aéreas cederão sua prioridade para viagens rodoviárias, com os próprios carros dos turistas”, emenda.

Melhor momento para viajar

Os turistas preferem viajar este semestre ainda ou vão deixar a flexibilização ganhar mais força, deixando para realizar o tão sonhado desejo de viajar no próximo ano? Neste quesito, do melhor momento para pegar a estrada, as opiniões são diversas. O mesmo não ocorre com o macro destino. É unanimidade a busca pelo Brasil – mesmo porque alguns países fecharam a fronteira, temporariamente, para os brasileiros. Maior rede hoteleira do País, a francesa Accor fez uma pesquisa em maio para entender os desejos em relação às viagens com 2.253 respondentes da cidade de São Paulo da base de clientes do programa de fidelidade da empresa, o ALL. Para 42% destes, a intenção já é viajar até setembro. Outros 18% querem voltar à estrada entre outubro e novembro e 17% entre dezembro e janeiro de 2021. O restante não soube informar. Quando questionados sobre com quem seria a próxima viagem, 39% responderam que em casal, 29% sozinhos e 22% com a família.

Viagens de curta duração, ecoturísticas e de isolamento estão evidentes
Fábio Godinho: “O turismo doméstico de lazer deve ser o primeiro a voltar, pois temos uma demanda reprimida”

Para o CEO da GJP Hotels & Resorts, Fábio Godinho, “o turismo doméstico de lazer deve ser o primeiro a voltar, pois temos uma demanda reprimida. Após esses meses em casa as pessoas querem sair e viajar, mas ainda não é possível fazer viagens mais longas”. Ele coloca outra componente de suma importância na análise da viagem – a biossegurança. “Também acreditamos que os hóspedes estarão em busca de segurança, em primeiro lugar. E por essa razão fizemos uma parceria inédita e exclusiva com a consultoria do Hospital Sírio-Libanês, para implementação, certificação e auditoria de novos protocolos de biossegurança para hóspedes, funcionários e também para os fornecedores e toda a comunidade do entorno onde nossos hotéis estão inseridos”, justifica Godinho.

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E ele complementa dizendo que: “Já devemos ver uma retomada do turismo ainda em 2020, e o doméstico será protagonista no setor este ano. Temos sentido uma demanda crescente para este segundo semestre e algumas regiões, como é o caso de Gramado (RS), vêm mostrando bastante resiliência durante o período. Foi um dos destinos mais procurados nos últimos dois meses e estamos projetando uma ocupação em torno de 30% a 40% nesse primeiro momento. Em uma segunda etapa, em 2021, será a vez das viagens de negócios e, por último, as internacionais, quando as fronteiras voltarem a reabrir”, concluiu Godinho.

Viagem segura

A consultora Carolina, da Mapie, enfatiza também a questão da biossegurança como grande peso na decisão de viajar. “Uma parte dos viajantes está ansiosa por voltar a viajar, desde que seja com cuidado e que as medidas higiênico-sanitárias existam de forma consistente sem, no entanto, prejudicar a experiência de férias e lazer em família. Entretanto, por questões relacionadas ao medo do contágio ou por questões econômicas, veremos uma retomada mais expressiva no verão e ainda mais importante em 2021”, prevê a consultora. A Travel Consul, uma aliança internacional de marketing de viagens, divulgou os resultados de uma pesquisa feitas apontando que os clientes ainda estão esperando para decidir para onde viajar. Mais de 40% dos clientes que estão remarcando ou mostrando algum interesse em viajar disseram que planejavam ir para o destino onde haviam reservado originalmente. Porém, a maior porcentagem, de 46%, está parada, aguardando para ver como a situação evolui antes de tomar sua decisão. Quando perguntados sobre como os responsáveis pelos destinos turísticos podem ajudar as agências de viagens e os operadores turísticos na recuperação, a resposta número um foi claramente “a introdução de certificados de saúde e segurança para que os agentes tenham certeza de que os destinos são seguros para enviar seus clientes”, com dois de cada três participantes solicitando ajuda dos destinos. As outras três principais respostas incluíram campanhas de marketing, apresentação de dados úteis e oportunos e atualizações do setor e da mídia.

Retomando às atividades

Em um levantamento feito pela plataforma Melhores Destinos mostra que 65,3% das cinco mil pessoas entrevistadas pretendem retomar as viagens a partir deste semestre. Mas e a biossegurança? A proprietária do hotel Villa do Vale, em Blumenau (SC), Juliana Tulio, cita uma pesquisa da Euromonitor International, empresa de pesquisa de mercado global de Londres. “Segundo a instituição, é normal que as pessoas agora tenham receio de saírem de casa, mas, assim que as medidas de segurança afrouxarem um pouco mais, a tendência é que as pessoas façam curtas viagens, de um dia, para aproveitarem a natureza. A tendência é que cada vez mais pessoas apostem num formato de viagem doméstica, com caras de ´escapadas´, em locais que sejam perto de suas casas”, explica Juliana.

Viagens de curta duração, ecoturísticas e de isolamento estão evidentes
Charles Franken: “Uma boa parte dos consumidores ainda deverá levar algum tempo para viajar”
Viagens curtas

O Diretor da Casa do Agente, localizada em São Paulo, Charles Franken, acredita que as viagens curtas, para destinos próximos de casa, de preferência em hotéis com grande estrutura de lazer e que já tenham protocolos claros, eficientes, que demonstrem segurança ao passageiro. “Essa é a tendência. Também deve haver mais procura pelos destinos de natureza sejam viáveis para pequenos grupos, lugares que possibilitem atividades ao ar livre sem aglomerações”, assegura Franken, mas ele alerta que: A realização de viagens ainda este ano será determinada pelo orçamento familiar. “As viagens ainda serão restritas a públicos com maior poder aquisitivo ou que não tenham risco em relação à renda, como aposentados ou funcionários públicos”, pondera Franken. “Uma boa parte dos consumidores ainda deverá levar algum tempo para viajar, considerando que muitos precisarão se reestruturar financeiramente e outros ainda poderão correr o risco de ficar sem trabalho, o que vai comprometer sua renda e, por consequência, a possibilidade de viajar”, emenda ele. Uma pesquisa feita pelo site de buscas Viajala, que encontra ressonância na análise de Franken, mostra que “no Brasil 37% das pessoas que pretendem viajar estão preocupados com a condição financeira em meio à crise”.

Demanda reprimida

O Diretor Geral do Casa Grande Hotel, Resort & Spa, Lourival de Pieri, acredita que haverá uma grande demanda neste semestre. “Todos estão por muito tempo em casa e não vão esperar 2021”, afirma De Pieri, que planeja reabrir o empreendimento situado na praia da Enseada, no Guarujá (SP), neste mês. “Os turistas irão procurar os destinos até 250 quilômetros, principalmente a praia, a partir de outubro em viagens com o próprio carro, principalmente em famílias”, estima De Pieri, que está há vários anos à frente do hotel de luxo praiano membro da Resorts Brasil – Associação Brasileira de Resorts. Segundo ele, ao sair para a viagem o cliente estará preocupado se o meio de hospedagem escolhido trabalha com rigorosos protocolos de segurança sanitária para acolhê-lo. “O novo hóspede vai observar o acolhimento, valorizando o respeito deste momento e os bons serviços dos hotéis. Nós já nos adaptamos aos protocolos e estamos prontos para receber nossos hóspedes”, conclui De Pieri.

Viagens de curta duração, ecoturísticas e de isolamento estão evidentes
Lourival de Pieri: “Todos estão por muito tempo em casa e não vão esperar 2021 para viajarem”
Cenário deve melhorar

Já a Gerente geral de vendas e marketing do Pratagy Beach All Inclusive Resort – Wyndham, Mariana Mello, acredita que “as viagens curtas (regionais) serão a grande tendência deste semestre. Caso o controle da COVID-19 se mantiver e as companhias aéreas restabelecerem as rotas em dezembro, devemos sentir uma retomada do turismo nacional, mas será a partir de 2021 que o cenário deve melhorar de fato”. Primeiro resort all inclusive de Maceió (AL), o estabelecimento é associado à Resorts Brasil. “Acreditamos que as viagens de lazer em família/grupos devam ser uma tendência. Por quê? Principalmente pelo tempo de confinamento, falta de espaço para as crianças e pouca interação entre familiares que não vivem na mesma casa”, completa Mariana. “Áreas amplas e atividades ao ar livre serão mais valorizadas pelo cliente, acredito também que muitos terão outra relação com a natureza”. Ela lembra que o resort Pratagy prepara uma grande atração – o Pratagy Acqua Park – para ser inaugurado em breve. “Acreditamos ser nosso grande diferencial de retomada, e estamos investindo nas atividades ao ar livre. Do ponto de vista comercial criamos inúmeros pacotes para atrair o cliente da região, seja o público de Alagoas ou dos Estados vizinhos”, elenca Mariana.

Viagens de curta duração, ecoturísticas e de isolamento estão evidentes
Mariana Mello: “Áreas amplas e atividades ao ar livre serão mais valorizadas pelo cliente, acredito também que muitos terão outra relação com a natureza”
Destinos mais desejados

Quando os destinos brasileiros mais desejados são nomeados, a maioria pode ser agrupada no Ecoturismo. Os meios de hospedagem, de vários tipos, ganham destaque. “A pandemia e o isolamento social estão mudando os hábitos das pessoas. Após esta fase, muita gente deve voltar a atenção para o seu entorno, reconectando-se com áreas próximas e com a natureza, com paisagens naturais das quais tanto se distanciaram nos últimos meses”, explica o Coordenador de Projetos Ambientais da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Emerson Antonio de Oliveira. “Além disso, o turismo regional tem custo mais acessível e este fator também deverá influenciar na escolha dos destinos”, completa Oliveira.

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Franken, da Casa do Agente, diz que “começaremos com destinos nacionais alinhados com essa questão de protocolos e ambientes abertos. Com isso entendo que os destinos mais procurados devem ser Serras Gaúchas, Foz do Iguaçu, Pantanal, Amazônia, litoral do Nordeste e hotéis e resorts próximos a grandes centros”. Carolina, da Mapie, cita pesquisa do TRVL Lab. “Temos o Nordeste como destino mais desejado para 31,85% dos entrevistados, seguido por vários destinos regionais próximos aos centros emissores (14,65%), depois aparecem as praias regionais (14%), a Serra Gaúcha (7,64%) e o Rio de Janeiro (6,69%).”

A Gruta Lagoa Azul, em Bonito (MS): destinos de ecoturismo serão valorizados
Turismo de Isolamento

Serra da Mantiqueira (SP/MG), litoral paulista, Serra Fluminense e Sul de Minas Gerais são as apostas de Kedor, da Mobility, para os paulistanos que pretendem viajar de carro. “Parques nacionais, cidades de montanha e municípios do interior que propiciem experiências na natureza”, indica Werblowsky, da Freeway. Os destinos apontados acima também podem se encaixar no nicho chamado de Turismo de Isolamento. “O perfil será muito de viagem entre os grupos familiares que estão isolados juntos, como uma forma de mudar de ares para aliviar a tensão da quarentena. Para isso, uma das opções, por exemplo, será a locação de chalés afastados em que não há contato com ninguém. É o que estamos chamando de Turismo de Isolamento. Esses locais oferecem uma estrutura completa, em que os visitantes podem fazer a própria comida e realizar as arrumações”, explica Juliana, do hotel Villa do Vale. “As pessoas vão priorizar privacidade, segurança e exclusividade. Além de ter mais conexão com natureza”, resume ela. Ainda de acordo com a hoteleira Juliana Tulio, “vamos ver um regionalismo tomando conta, até pela dificuldade e pelos custos de viajar de avião. As pessoas começarão a perceber que há beleza nas redondezas. O destino também deve mudar um pouco, dando espaço para hotéis pequenos, de charme ou até chalés e aluguéis de casas particulares onde o contato com o outro é mínimo”. Com foco nos destinos, a Booking.com fez uma pesquisa onde analisou milhões de listas de viagem (“wish lists”, em inglês) criadas pelos viajantes brasileiros cadastrados na plataforma nos meses de maio e junho. A agência de viagem online contabilizou os cinco destinos mais presentes nas listas: Gramado (RS), Rio de Janeiro (RJ), Campos do Jordão (SP), Monte Verde, distrito de Camanducaia (MG) e Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE).

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Listas de desejos

Segundo esse estudo da Booking.com, os brasileiros estão entre as 15 nacionalidades que mais criaram listas de desejos de viagem nos últimos dois meses na plataforma. Na América Latina, os viajantes brasileiros têm feito oito vezes mais ´wish lists´ do que os argentinos nos últimos dois meses e cinco vezes mais do que os mexicanos. Os destinos nacionais estiveram presentes, no período de maio a junho, em 83% das listas de desejos de viagem feitas por brasileiros, enquanto no mesmo período de 2019, eles estavam em 68% das “wish lists”. Isso constata que os brasileiros estão mais ansiosos para visitar e conhecer melhor seu próprio País.

Viagens de curta duração, ecoturísticas e de isolamento estão evidentes
Pela proximidade com o eixo Rio/São Paulo/BH, Tiradentes (MG) é um destino muito competitivo no pós-COVID-19

Em relação aos tipos de acomodação, as listas apontaram, nesta ordem, os hotéis (36%), as pousadas (24%), os apartamentos, as casas de temporada e os hostels. Segundo a Booking.com, “três entre as propriedades mais inclusas em ´wish lists´ no Brasil foram o Wyndham Gramado Termas Resort & Spa (RS), a Pousada Xalés de Maracaípe (PE) e o Hotel Golden Park Campos (SP). Para o Vice-Presidente Sênior e Diretor Geral de Marketing da Booking.com, Arjan Dijk, fazer listas também faz bem à saúde. “Sabemos que, em tempos como estes, sonhar quando se poderá vivenciar o mundo de novo tem um poder imenso de instigar nossa imaginação e nos manter fortalecidos”, enaltece o executivo. Em um outro levantamento, desta vez com a empresa de distribuição e marketing hoteleiro Omnibees, três destinos se repetem com a apuração da plataforma de reservas citada acima. Os cinco lugares mais procurado por turistas que pretendem viajar na pós-pandemia são, nesta ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Gramado, Brasília e Porto de Galinhas. Ainda de acordo com a Omnibees, “a maioria das vendas são para a partir do mês de novembro”.

Vista aérea de Porto de Galinhas, em Ipojuca: destino pernambucano está bem posicionado nos rankings

O Presidente da AHPG – Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas, Massimo Pellitteri, vê essa citação com alegria e destaca a preocupação dos membros com a biossegurança. “Logo no início da pandemia, Porto de Galinhas começou a se preparar para o retorno das atividades, mesmo ainda não sabendo quando seria. Demos início a criação do Manual de Boas Práticas de Atendimento, Higiene e Segurança, já pensando na futura retomada dos negócios. Agora, com a publicação pronta, já realizamos treinamentos com os funcionários dos hotéis, como também realizamos as devidas adequações físicas das áreas dos restaurantes e áreas comuns dos hotéis”, explica Pellitteri. O manual é uma iniciativa da AHPG, em parceria com o Real Hospital Português e a Universidade Federal de Pernambuco, por meio do Departamento de Hotelaria e Turismo.

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