Último dia de Equipotel traz workshop sobre a governança na hotelaria

*Por Illyana Amarante em colaboração para a Equipotel 2019

A 57ª Equipotel chega ao fim nesta sexta (12), após quatro dias intensos de negociações, troca de experiências e diversas atividades. Entre as ações do último dia de feira, está o workshop de governança hoteleira com a ABG – Associação Brasileira de Governantas e Profissionais de Hotelaria, guiado pela presidente da Associação, Maria José Dantas.

A oficina, dividida em três partes, buscou tratar dos temas: “Os princípios da hospitalidade para um atendimento de excelência”, “A profissionalização da governança hoteleira – a formação das equipes operacionais e seus resultados” e “Gestão de processos, qualidade e padrão de serviços”. O objetivo principal é levar à mente dos participantes a importância fundamental da governança dentro do setor hoteleiro e a percepção que uma boa experiência ao hóspede está diretamente ligada ao resultado efetivo da governança.

Inicialmente, Maria José lembra de como entrou para o cargo de governanta e como isso foi um impacto direto em sua carreira, visualizando principalmente as carências do setor, bem como a falta de olhar que os hoteleiros tinham para os cuidados com a área, fazendo assim com que práticas diárias consideradas comuns no meio se tornassem desperdício na rotina de um hotel. Ela cita como exemplo a limpeza dos quartos. “Se gasta em média 40 litros para a limpeza de um quarto de hotel, de modo que além do gasto de água também se gaste o produto utilizado, uma perda diária naturalizada por falta de observação e análise”, conta.

Com esse mote, a presidente explana a importância e os custos que a governança tem para a manutenção de um hotel. “As contas desse setor são invisíveis, não se faz uma análise real desses gastos. Olhando para os números que giram em torno desse setor, é possível entender quais são desnecessários e podem ser redirecionados para outro fim, como o investimento na capacitação de funcionários para que estes façam um serviço com excelência, qualidade e segurança”, diz Maria José.

A palestrante, seguindo com os pontos discorridos durante o workshop, falou também sobre os pilares de sobrevivência de uma empresa hoteleira, são eles:

• Criar uma ótima experiência para os hóspedes;
• Criar uma cultura de excelência no clima;
• Garantir qualidade nos serviços e produtos;
• Garantir a rentabilidade do empreendimento;
• Garantir a estratégia de crescimento da empresa.

Para Dantas, os três primeiros pontos são primordiais para que os dois últimos possam acontecer e, assim, obter o sucesso no ramo agradando seus clientes. Ela destaca ainda que a gentileza, a hospitalidade, a simpatia e a percepção são pontos cruciais para que esse sucesso seja não só obtido, como mantido. “O cliente precisa se sentir único, imaginar que cada detalhe foi pensado exclusivamente para ele e se sentir querido, cuidado e respeitado para retornar àquele ambiente”, afirma.

Otimização de funções

 No novo formato de mercado, funções como recepção e governança têm se unido e, segundo a presidente da ABG, a prática pode ser efetiva, desde que os profissionais sejam preparados para tal processo, de modo que não percam sua produtividade em suas funções já exercidas. “A integração entre os dois setores será um sucesso se os profissionais tiverem suporte e apoio para a realizá-la”, explica.

Início ABG

 A ABG – Associação Brasileira de Governantas e Profissionais de Hotelaria foi fundada em 2003, no Rio de Janeiro, com objetivo de valorizar os profissionais da área em todo o país. Visando proporcionar integração, comunicação, cuidado e representatividade para os profissionais de todo Brasil, a ABG atua hoje de diversas formas, como realizando cursos online, organizando e participando de eventos, e sendo um canal de aproximação entre seus associação.