Turismo Regenerativo é tema de painel na Arena ESG
Antonietta Varlese da Accor e Raquel Pazos do Ibiti Projeto abordaram ações transformadoras que são essenciais para o futuro da hospitalidade
Nesta quarta-feira (18), a Arena ESG, que faz parte da programação da 61ª Equipotel, que acontece até dia 20 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo, apresenta diversos painéis que trazem temas que englobam todo o espectro ESG. Carlos Jacobina, Gerente geral do Novotel Itu Resort e Vice-presidente financeiro da Resorts Brasil, apresentou as ações que a Resorts Brasil tem implementado na área.
A grade de programação começou com o painel Turismo Regenerativo: A Realidade Transformadora da Hotelaria Moderna. A apresentação tem a participação Antonietta Varlesse, Vice-Presidente Sênior de Sustentabilidade, Comunicações, Relações Institucionais na Accor Américas e de Raquel Pazos, Diretora administrativa do Ibiti Projeto que é um case de sucesso em Minas Gerais. O projeto socioambiental experimental tem foco no homem e na sua casa, o planeta. Aberto ao turismo desde 2009, para gerar renda aos moradores locais, busca proporcionar a experiência de se hospedar em um lugar com propósito. E o propósito é a regeneração do planeta. Há forte empenho no processo de rewilding, na economia circular, na valorização das comunidades e na boa relação com os vizinhos.
Antonietta deu início ao painel contando um pouco do trabalho desenvolvido pela Accor com foco na hospitalidade sustentável. “Não é mais possível fazer turismo como se fazia antigamente, a transição ambiental e social é essencial”. Para isso ela explica que a Accor baseia seu trabalho em três pilares: Construção e operação dos hotéis, cuidado com a alimentação e interação com a sociedade. A executiva deu como exemplos práticos aplicados pelo grupo como o uso de energia limpa, ampliação dos cardápios a base de plantas e o trabalho com a comunidade local, oferecendo oportunidades de emprego, inclusão e diversidade. “A ESG para a Accor é uma jornada, não estamos no começo, mas estamos longe do fim”, concluiu.
Raquel apresentou o Ibiti Projeto em que 98% das áreas são preservadas ou em processo de regeneração. As ações abarcam da proteção de nascentes à reintrodução de animais e, principalmente, o cultivo de uma relação de respeito e colaboração entre todos os seres vivos. Ela explica que o projeto é um portal de possibilidades, aprendendo com o passado, celebrando o presente e reimaginado o futuro. “Temos um poder enorme de fazer as pessoas refletirem. O turismo regenerativo tem o propósito de reconstruir os locais onde estamos inseridos. Seja na questão ambiental, seja na comunidade, valorizando a comunidade local e a cultura, seja repensando sobre o consumo de proteína animal. Essa mudança é necessária, é possível. Isso é futuro, quem ainda não começou já está atrasado”, finalizou Raquel.