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Turismo no México é debatido na 18ª Conferência de Investimento de Propriedade Compartilhada da Interval

Direto de Miami (Estados Unidos) – Terminou agora há pouco um importante painel sobre o potencial turístico do México na 18ª edição da Shared Ownership Investment Conference — Conferência de Investimento de Propriedade Compartilhada. O evento promovido pela Interval International  acontece até amanhã no Eden Roc Resort Miami Beach e a Revista Hotéis é o único veículo de comunicação do Brasil presente para cobrir este importante evento. Este painel foi moderado por Marcos Agostini, Sênior vice-presidente de vendas e desenvolvimento mundial da Interval International e teve como participantes Gibran Chapur, Vice-presidente executive do Palace Resorts, Danil Chavez, Vice-presidente do Grupo Vidanta, Jeff Healy, Diretor do Club Tesoro Resorts e Michael Buchalter, Vice-presidente do The Villa Group.

Agostini começou o debate apresentando alguns dados do México que hoje está na nona posição de pais que mais recebe turistas no mundo, segundo dados da OMT – Organização Mundial do Turismo com 32,1 milhões de turistas ao ano. “Este número deverá aumentar ainda mais, pois existe um número grande de novos empreendimentos para entrarem em operação nos próximos anos. Com isto, o México deve se posicionar entre a sexta ou sétima posição mundial na recepção de turistas estrangeiros. Outro fator é o crescente número de norte-americanos que decidiram mudar para o México e hoje somam mais de 1 milhão de pessoas”, destacou Agostini.

A palestra foi assistida por um bom púbico
A palestra foi assistida por um bom púbico

Desvalorização do peso mexicano

E ao passar a palavra aos painelistas, Agostini levantou a questão sobre a desvalorização do peso mexicano e o que isto impactou no turismo. Para Gibran Chapur a desvalorização do peso teve dois efeitos, tornou cara a venda de diária para americanos e canadenses e houve uma queda grande nas diárias.  “Mas a vantagem é que nosso plano de investimentos de mais 1000 quartos era em dólar, com isto o custo baixou 25%. O mercado mexicano está se ajustando, mesmo diante da forte concorrência mundial que enfrentamos em busca de turistas. Se o Donald Trump não ganhar a presidência dos Estados Unidos,  o mercado hoteleiro vaia manter este crescimento”, avaliou Chapur.

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Algumas medidas para enfrentar a forte concorrência, principalmente em Cancun, foram apontadas por Chapur. “Passamos a não cobrar mais pelo spa, alguns passeios e quando um cliente nosso adquire um crédito de US$ 1,5 mil, ele recebe US$ 500 de crédito de volta para adquirir produtos vendidos em nossas propriedades. Se o cliente não gastar todo este crédito, ele recebe o valor de volta num cartão de férias e poderá doar para algum amigo. Isto nos diferencia dos 168 hotéis e resorts all inclusives existentes em Cancun”, assegurou hapur.

Para Daniel Chavez a desvalorização do peso mexicano foi positiva para sua empresa, pois todas as propriedades do Grupo Vidanta estão no México. “Vemos tendências de longo prazo no mercado e com isto estamos aumentando o nosso estoque de unidades habitacionais. A meta não é somente ser o maior, mas gerar empregos e receitas. A desvalorização é benéfica, pois 80% das receitas são em dólar e as despesas são em peso”, disse Chavez.

Os painelistas mostraram muito conhecimento sobre o mercado mexicano
Os painelistas mostraram muito conhecimento sobre o mercado mexicano

Conhecer para sobressair bem

Jeff Healy começou seu debate dizendo que o Club Tesoro Resorts já está em atividades no mercado mexicano há mais de 20 anos e com isto, conhecem bem o mercado e sabem sobressair em relação aos problemas, inclusive antecipar. “Em 2004 a hotelaria mexicana estava em franca expansão e muitos empreendimentos não quiseram adotar o modelo de férias. Esta euforia só durou até 2008 e o impacto foi grande. Somente em Los Cabos, houve uma queda de 15% na taxa de ocupação e com isto, os hotéis tiveram que baixar as tarifas para se posicionarem competitivos no mercado. Mas os hotéis que adotam o modelo de propriedade de férias estavam lotados e com isto houve uma combinação grande dos ativos de negócios com os de férias”, revelou Jeff Healy.

Michael Buchalter destacou que o The Villa Group é uma companhia tradicionalmente voltada ao timeshare e por isto investe forte neste mercado. “Investimos 35% de nossas receitas em marketing. Temos nossa própria companhia de construção, recursos próprios e US$ 6 milhões em títulos. Fazemos uma combinação de hotel e timeshare e nossa preocupação é deixar nossos clientes bem satisfeitos, independente do uso”, avaliou Buchalter.

Muitos brasileiros assistiram a este painel, como a equipe de Vacation da rede Plaza de Hotéis
Muitos brasileiros assistiram a este painel, como a equipe de Vacation da rede Plaza de Hotéis

Encerramento o painel, Jeff Healy disse que o modelo de negócios do Club Tesoro Resorts tem como objetivo investir 90% de lucro no modelo básico e os 10% investimentos e outros negócios. “Temos empréstimos bancários que não ultrapassam 25% de nossas vendas. Estamos sempre atentos as necessidades de nossos clientes e em breve vamos colocar mais equipamentos de entretenimento, assim como acrescentar novas marcas e lançar uma nova categoria”, concluiu Healy.

Da esquerda a direita da foto, Sidney Machado, Diretor da Live Better Brasi ao ado de Fernando Martinelli, Diretor executivo da Interval International
Da esquerda a direita da foto, Sidney Machado, Diretor da Live Better Brasi ao ado de Fernando Martinelli, Diretor executivo da Interval International

A reportagem da Revista Hotéis viaja a Miami a convite da Interval e se hospeda no Eden Roc Miami Beach para cobrir esta conferência.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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