Turismo latino-americano voltará a crescer nos próximos anos, segundo especialista
A Phocuswright Conference, evento do turismo online e novas tecnologias, aconteceu na semana passada em Los Angeles, nos Estados Unidos. O tema do ano foi Power Paradox e abordou o poder dos gigantes, os desafios para crescer e permanecer no topo, ao mesmo tempo em que pequenas iniciativas podem ser os novos disruptores da indústria.
Durante a conferência, o tradicional almoço dedicado aos participantes da América Latina reuniu os mais relevantes líderes do setor da região. Na ocasião, foram apresentados os dados da última atualização do estudo Latin America Online Travel Overview, que pode ser acessado na versão completa para os assinantes da plataforma Open Access da Phocuswright.
Segundo Carolina Sass de Haro, Sócia-Diretora da Mapie e Analista de Mercado Latino-Americano para a Phocuswright, o setor tem motivos para ficar otimista após alguns anos de retração. “Apesar da instabilidade política e econômica em muitos países da região, o turismo total deverá crescer em média 6% nos próximos anos, considerando as moedas locais. O turismo online continuará em sua trajetória de forte crescimento, com média prevista de 11% até 2022”, diz.
Quando se consideram os valores em dólares, os países latinos americanos sofreram desvalorização de moeda e os números não são tão animadores. Em 2017, a América Latina teve um crescimento de 7% em relação ao ano anterior, totalizando cerca de 55 bilhões de dólares em vendas totais. O México é o principal mercado regional, seguido do Brasil, que representa 34% do total. A penetração online é de 35% e o Brasil ocupa o primeiro lugar, com 39% das vendas sendo feitas de forma digital. Nas reservas online, as OTAs são mais fortes que as reservas diretas, especialmente por conta da oferta hoteleira capilarizada.
Analisando apenas o Brasil, o volume total de vendas totais alcançou 19 bilhões de dólares em 2017. Para 2018, a projeção é de um crescimento de 7% quando o número é analisado em reais. A penetração online segue crescendo vigorosamente alcançando 42%, sendo que apenas 16% destes são de reservas diretas.
A expectativa é que o crescimento médio para os próximos anos será por volta de 6% no volume total e 10% no online. Em 2022, uma a cada duas reservas deverá ser feita por canais digitais. “As companhias aéreas brasileiras são responsáveis pelos principais números do turismo online e das reservas diretas. Já os hotéis, observam um forte crescimento da penetração digital, que acontece principalmente via OTAs e metabuscadores”, comenta ela.
Quando se tratam das três tendências principais para o setor em 2019, Carolina destaca que iremos observar uma gestão mais atenta e dedica à jornada digital do cliente, criando oportunidades de conversão mesmo antes de uma busca direta por um fornecedor ou destino. Além disso, para clientes das novas gerações, programas de fidelidade não são ferramentas de lealdade a uma marca e sim acesso a tarifas especiais e principalmente, acesso exclusivo a experiências únicas. E finalmente, hospedagens alternativas farão cada vez mais parte da cesta competitiva tradicional e o cliente utilizará distintos meios de hospedagem de acordo com o perfil e necessidade de cada viagem específica.
A Mapie representa a Phocuswright na América Latina.
Sobre a Mapie
A Mapie é uma consultoria especializada em hotelaria, gastronomia, turismo, serviços e em soluções inteligentes na indústria da hospitalidade, monitorando e estudando os mercados em profundidade, identificando tendências de comportamento e consumo que impactarão os negócios.
Sobre a Phocuswright
Do comportamento do viajante ao dimensionamento de mercado, a Phocuswright estimula o pensamento estratégico para a melhor tomada de decisões. Com pesquisas qualitativas e quantitativas, palestras e conferências, a empresa traz expertise dos grandes líderes mundiais para o dia a dia.
Mais informações em www.mapie.com.br e www.phocuswright.com
