O o conforto é um quesito que todo viajante deseja ter durante sua viagem - Crédito da foto - freepik
Quando você ouve a palavra “turismo”, provavelmente pensa que ela se refere à ideia de viajar para outro lugar, um destino novo ou um velho conhecido, não é mesmo? Porém, o turismo envolve múltiplas facetas, já que não existe um único tipo de turismo. Por exemplo, há o ecoturismo, voltado para locais e experiências focadas na interação entre o turista e a natureza. Outro exemplo é o slow travel, modalidade que deixa de lado o “ver o máximo possível” e foca no “viver o máximo possível”, proporcionando uma viagem mais lenta, mas ainda inesquecível.
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E uma dessas modalidades é o turismo de alto padrão, ou turismo de luxo. A princípio, você já deve imaginar que se trate de uma viagem luxuosa, de alto custo, com acomodação e refeições do mais alto nível em algum resort tranquilo em um lugar paradisíaco. De fato, o conforto é um quesito que todo viajante deseja ter durante sua viagem, mas esse tipo de turismo não se resume ao número de estrelas do local de hospedagem ou ao quanto você gasta.
Na verdade, o conceito de turismo de luxo mudou nos últimos anos. Hoje, ele está mais associado aos lugares, experiências e pessoas que você tem contato no seu destino dos sonhos. A ideia principal é que o viajante tenha uma experiência autêntica do seu destino, tendo uma compreensão melhor e mais vasta da cultura local. O importante, nesse caso, é construir boas memórias a partir das vivências, experiências e oportunidades existentes naquele local.
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O perfil dos viajantes mudou muito nos últimos anos – Divulgação
Novo perfil dos viajantes de alto padrão
Essa modalidade ganhou força após o período da pandemia da covid-19, sendo que o perfil de quem faz viagens dessa natureza está se transformando. Muitos podem pensar que apenas pessoas mais velhas viajam assim, por poderem pagar mais e estarem com melhor estabilidade na vida profissional e financeira.
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Porém, os tempos mudaram. Hoje, a maioria desses turistas possuem entre 25 e 49 anos. Muitos são herdeiros, que desfrutam desse luxo pelos negócios da família. Mas também há os novos endinheirados da chamada economia 4.0, que inclui fundadores de startups, inovadores dos ecossistemas digitais e jovens executivos C-level.
Dados da pesquisa feita pela International Luxury Travel Market (ILTM), em parceria com o TRVL Lab, explicam melhor o novo quadro. Cerca de 48,2% dos turistas de viagens de alto padrão são millenials, geração de pessoas nascidas entre 1981-1995. Em segundo lugar, vem a geração Z (nascidos entre 1996-2010), com 28%.
E o que esses novos turistas desejam? Ficar em hotéis estrelados e requintados? Desfrutar de travesseiros de plumas e lençóis de centenas de fios? Serviços de alto padrão? Isso tudo é bem-vindo, mas não é o foco. O que eles querem é fazer parte de experiências e, quanto mais exclusivas, genuínas e autênticas elas forem, melhor.
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A maioria desses turistas de luxo possuem entre 25 e 49 anos- Crédito da foto Pexels – Gustavo Fring
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A ideia é desfrutar de uma experiência personalizada e privada, dando aquela sensação de ser única. Um exemplo dessa nova faceta é o Luxury Private Jet Vacations, da rede Four Seasons. O viajante embarca em um jato privado para conhecer os lugares mais deslumbrantes do mundo. O passeio, com três semanas de duração, sai de Seattle, nos Estados Unidos, e passa por locais como Kioto (Japão), Kuda Huraa (Maldivas), Marrakech (Marrocos), Florença (Itália), até desembarcar em Paris, na França. O preço dessa volta ao mundo? Cerca de US$ 198 mil por passageiro.
Outro lado do novo perfil do turismo de luxo é o chamado blended travels. Aqui, esqueça qualquer descanso durante as férias. A ideia é fazer parte de um itinerário de viagem que inclua eventos esportivos, feiras de arte, shows, atividades religiosas, cursos e até mesmo trabalho. O foco é proporcionar ao viajante uma experiência de aprendizado e enriquecimento interior, indo além de conhecer novos lugares ou pontos turísticos mais famosos.
Diretor editorial - Possui 34 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.
