Três redes não aderem campanha de banir ovos de gaiolas
Selina, Blue Tree Hotels e Bourbon Hotéis e Resorts não assinaram a campanha de adesão de banir ovos de gaiolas de suas operações
As redes hoteleiras Selina, Blue Tree Hotels e Bourbon Hotéis e Resorts não assinaram a campanha de adesão de banir ovos de gaiolas de suas operações. Essa é a posição da organização internacional de proteção animal Animal Equality que havia feito o convite as essas três redes e essa informação se encontra no site da Animal Equality. “Mesmo sem sucesso nas negociações com essas redes, decidimos que não poderíamos ignorar o sofrimento de mais de meio milhão de galinhas que Selina, Blue Tree e Bourbon juntos têm o poder de impactar. Por elas, vamos seguir tentando dialogar e mostrar a eles a relevância desse compromisso”, disse Julia Almeida, Gerente de Relações Corporativas da organização.
Segundo ela, apesar da produção em gaiolas ser um problema amplamente reconhecido pela comunidade científica, mais de 95% das galinhas são submetidas a este sofrimento no Brasil. A tendência de mudança já acontece na indústria hoteleira, onde grandes redes como Accor, Club Med, Choice Hotels, Radisson, Meliá, Intercity, Hyatt, Palladium, Wyndham, Atlantica, Accor e Hilton já se comprometeram a banir ovos de gaiolas de seus restaurantes, entendendo o sofrimento animal e a demanda dos consumidores.
O problema das gaiolas
Nas gaiolas, cada ave tem uma área menor do que o tamanho de uma folha de caderno. Essa limitação impede movimentos básicos, como esticar as asas e dar alguns passos, além de impossibilitar comportamentos naturais e essenciais da espécie – tomar banho de poeira, empoleirar, ciscar e ter acesso a ninhos. Essa intensa restrição resulta em danos físicos e psicológicos. O estresse causado pelo confinamento também afeta negativamente o sistema imunológico das aves. Um dos estudos mais completos sobre salmonella e ovos é da EFSA – European Food Safety Authority, concluindo que galinhas criadas em gaiolas têm maior probabilidade de estarem contaminadas pela doença, a principal responsável por surtos transmitidos em alimentos no Brasil.