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“Tecnologia para encantar o hóspede” encerrou Fórum em SP

Finalizando os trabalhos do 1º Fórum Revista Hotéis de Tecnologia na Hotelaria, Raffaele Cecere, Presidente do Grupo R1; Gabriela Alves, Diretora de vendas e marketing do hotel InterContinental São Paulo; Carlos Jacobina, Gerente geral do Novotel Itu Golf & Resort; e Fernando Bacalá, Diretor de vendas do Hilton São Paulo Morumbi, debateram sobre “como a tecnologia pode encantar os clientes num evento em um hotel”.

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Raffaele Cecere tomou a palavra para o início deste painel e explicou: “Sempre digo que a tecnologia acaba sendo um acesso e não a única coisa que encanta e faz do evento um sucesso. A criatividade também leva o cliente aos seus objetivos. Temos uma visão de usar sempre o que há de mais moderno e as vezes não, tudo passa pelo entendimento do que o cliente quer fazer. Recentemente temos sido provocados pela projeção mapeada, que faz um mapeamento da superfície e a partir daí, a projeção do evento. Fundamentalmente o que tem de ser trabalhado é o conteúdo e muitas vezes falta isso. O que fazemos é captar o briefing do cliente e em cima disso, oferecemos as melhores soluções. Uma boa cenografia, um bom atendimento de fato, e o recurso tecnológico, com os melhores equipamentos. É relativo no entanto: eventos dão certo e dão errado independente do arsenal tecnológico que está sendo utilizado. Aparatos gigantescos para conteúdos pobres não funcionam”, explicou Cecere.

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Gabriela falou sobre um dos cases de sucesso na realização de eventos no InterContinental São Paulo: “A grande missão é a qualificação. Precisamos entender o que o cliente quer, quem ele é e quem é o seu cliente. Congressos têm objetivos diferentes e nem sempre eles sabem o que querem. Uma vez recebemos um evento que segundo a equipe organizadora, tinha de ser melhor que a edição do México. No entanto, nem eles sabiam como tinha sido, porque não estiveram lá. Precisamos entender o objetivo, se é lançamento de produtos, se é motivação de equipe. A partir disso, vamos traçando a sala mais adequada, a cenografia, entre outros. A R1 é nossa parceira nesse trabalho. Trata-se de uma grande responsabilidade e o agradecimento e a sensação de realização do cliente é o nosso incentivo maior”, revelou.

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Gabriela Alves (Foto: Guilherme Lesnok)

Jacobina complementou que a equação preço/qualidade nem sempre é a mesma. “A relação está cada dia mais complicada, pois existem muitos players e no final, você nem conhece o principal dono do evento. Costumo dizer que somos o elo mais fraco dessa equação e que somos o último item na lista de orçamento. As pessoas sempre querem gastar menos com o espaço”, opinou.

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Cecere reiterou que a preocupação com preço está atrelada ao potencial fracasso de um evento. “Já vi casos de pessoas que investem a maior parte do recurso em alimentos e bebidas e no recurso tecnológico enxuga demais. O que termina sendo frustrante para o evento, que é aguardado por mais de um ano na maior parte das vezes. Acho que a relação custo-benefício é assim: se todos tiverem a consciência do objetivo do evento, o valor passa a ser irrisório. É preciso entender que não existem milagres”, afirmou o executivo.

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Fernando Bacalá disse que no Hilton, a demanda é grande por eventos corporativos: “O que destacamos muito para os clientes é que independente da tecnologia, não podemos esquecer que eventos são interações pessoais. Se não agregarmos a tecnologia para o relacionamento humano, isso não funciona. Precisamos identificar o que o cliente precisa para alcançar o seu objetivo nessa experiência. Tivemos um cliente com evento fechado com bloqueio das principais salas e no último minuto, mais cem pessoas foram confirmadas para o seu evento. Toda a estrutura foi por água abaixo e como não quisemos perder o negócio, montamos uma apresentação com uso da tecnologia. O feedback foi de zero de dispersão e o cliente saiu satisfeito”, disse o Diretor.

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Fernando Bacalá (Foto: Guilherme Lesnok)
Novos players

Cecere revelou que a chegada de novos players é benéfica para o mercado. “Recebemos cerca de oito mil leads por mês. A R1 faz em média, dois mil eventos por mês. As vezes lidamos com empresas que nunca ouvimos falar mas que são players de peso na cidade em que estão inseridas. Isso é ótimo para o negócio”, observou o Presidente da R1.

A R1 possui iniciativas com o intuito de quebra de paradigmas. “Hoje você vê hotéis com inventário de salas de eventos totalmente vazios, com dificuldades. A tecnologia não é feita propriamente para aquele determinado fim. Quando o homem foi a lua, o tecido do seu uniforme foi uma inovação que é utilizada até hoje. Os eventos gamers, por exemplo, são oportunidades para os hotéis. Fazendo algo disruptivo, lançamos no Novotel Itu, o primeiro quarto gamer do Brasil. Esse é um mercado em ascensão, consumidor e que, de acordo com pesquisas, tem um público de 53% de mulheres, desmistificando a ideia de ser um nicho masculino. Os pais gostam de jogar também. Isso é pensar adiante. Chego em hotéis que não possuem nem fechadura eletrônica. A maior parte da hotelaria ainda está muito atrás. Perderam demanda e não fizeram por onde para recuperar. O que tem de reuniões corporativas e sociais sendo feitas em unidades Starbucks e outros tipos de restaurantes é inacreditável”, revelou Cecere.

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Quartos temáticos

O assunto gamer despertou uma lembrança em Carlos Jacobina, que contou o seguinte case: “Fazemos quartos temáticos como o Angry Birds e essa já é uma prática que se tornou tradição no empreendimento. Mas eu queria encontrar uma forma de colocar mais tecnologia para o entretenimento dos jovens. Quando as crianças viram o Game Room, ficaram enlouquecidas. Estamos até impondo regras ou as crianças não saem mais deste quarto. Isso é algo que a hotelaria sozinha não consegue fazer”, relembrou.

Fernando Bacalá opinou que: “temos de encontrar como usar a tecnologia de forma inteligente. O wi-fi se tornou a água quente nos hotéis. Investimentos e desejo de novidade são essenciais para o bom desempenho dessas ideias”.

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Jacobina enumerou os atrativos do Novotel Itu Golf & Resort: “São espaços incríveis mas que estão sendo descobertos ainda pelos clientes. Essa facilidade de estar a menos de uma hora de São Paulo é um dos fatores que mais determinam a decisão pela realização de eventos ali. A história do gigantismo do Itu, tudo tentamos trazer um pouco para o hotel a fim de atrair mais eventos e visitantes”.

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Carlos Jacobina (Foto: Guilherme Lesnok)

Gabriela Alves afirmou que o perfil do consumidor de eventos sociais mudou: “Trabalhamos essa diversidade, essa mudança de comportamento. Tentamos entender qual é o objetivo e se tratando de eventos sociais é o sonho e sonho não se discute. Talvez a sala não seja a de 300 pessoas e sim a de 100 mas será a que o cliente sonhou. Quem procura o InterContinental hoje quer localização, exclusividade, afinal são nove salas e 195 apartamentos e principalmente, já sabe o que vai encontrar. Vamos trabalhando as demandas e adaptando os eventos. Em caso de empresa é sempre investimento e temos em mente que existem expectativas altas em retorno”, declarou a profissional.

Tendências

Segundo Raffaele Cecere, as novidades e tendências dão o tom no mercado de eventos. “Fomos visitando feiras, adquirindo expertise e adquirindo empresas do nosso segmento. Notamos que o cliente de eventos quer falar com uma pessoa só. Por isso temos empresas para todos os fins dentro de um evento. Eu sou um eterno descontente. Exemplo: falando de tecnologia, compramos uma empresa de cenografia e originalmente percebemos que as empresas usavam lonas. Vim da geração dos anos 1980 e recordo de já ter noções de sustentabilidade desde aquela época. Quando tomamos conhecimento dessa empresa, constatamos que eram derrubadas seis árvores para a realização de um evento, em uma conta simples. Encontramos um denominador comum auxiliando ao mesmo tempo uma ONG, que recebe todos os nossos tecidos para o enchimento de bonecas de pano. A tecnologia pode ser usada de uma forma inteligente com consciência sustentável. A iluminação dos nossos eventos é toda em LED, é uma questão de propósito”, concluiu Raffaele.

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Carlos Jacobina, Gabriela Alves, Edgar Oliveira, Raffaele Cecere e Fernando Bacalá (Foto: Guilherme Lesnok)

O 1º Fórum Revista Hotéis de Tecnologia na Hotelaria tem patrocínio master da Equipotel e patrocínio da R1 Soluções Audiovisuais, Saga Systems, Harus, Faitec Tecnologia, Grupo ITC, Expedia Group, Asksuite, Erbon Software e RCell. O coquetel foi oferecido pela Mistura Clássica Cervejas, o apoio institucional é do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil e da ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis e o evento teve como mídia de apoio os sites Hôtelier News, Diário do Turismo e do GPHR – Guia do Profissional de Hotelaria e de Restaurantes.

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