Tam linhas aéreas cresce 4,4% no primeiro trimestre
A Tam Linhas Aéreas divulgou seu balanço em relação ao primeiro trimestre de 2010. A companhia obteve uma receita bruta de R$ 2,7 bilhões, com crescimento de 4,4% na comparação com o quarto trimestre de 2009 e estável em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho foi influenciado pelo aumento de 13,3% na demanda em RPKs (resultado da multiplicação do total de passageiros pagantes transportados pela quantidade de quilômetros voados), que atingiu 12,2 bilhões, e pela elevação de 5 pontos percentuais nas taxas de ocupação (load factor) dos voos domésticos e internacionais para 72,1%, em relação aos três primeiros meses de 2009, compensando a redução de 11,8% no preço médio pago por passageiro em cada quilômetro voado (yield) para 22,1 centavos de real.
O total de passageiros transportados no trimestre atingiu 8,3 milhões, com crescimento de 13,2%, sendo sete milhões no mercado doméstico (aumento de 13,6%) e 1,3 milhão nos voos para o exterior (elevação de 11,3%). Nas operações internacionais, a receita de passageiros no trimestre cresceu 2,4% em relação a 2009, para R$ 815,8 milhões, e o yield caiu 6,7%, para 16,2 centavos de real. No mercado doméstico, a receita de passageiros recuou 3,2%, para R$ 1,4 bilhão, e o yield doméstico diminuiu de 23,6 para 19,7 centavos de real no mesmo período, com queda de 16,5%. Já a receita total de cargas, que em março registrou recorde mensal histórico devido à forte recuperação global, atingiu R$ 256 milhões, com crescimento de 22,8%, sendo de 18% nas operações domésticas e de 27,1% nas internacionais. “Como resultado da forte recuperação da economia brasileira, registramos em março o maior valor de vendas realizadas no Brasil dos últimos 15 meses, desde o início da crise econômica no final de 2008”, afirmou o presidente da TAM Linhas Aéreas, Líbano Barroso.
O lucro operacional (EBIT) atingiu R$ 96,3 milhões, com redução de 26,8% em relação ao mesmo período de 2009 e margem de 3,7%, influenciado principalmente pelo crescimento dos custos com combustíveis, que subiram 14,3% devido à desvalorização de 2,3% do real frente ao dólar no 1º. trimestre deste ano, associada aos aumentos de 7% no preço médio do querosene de aviação e de 6,9% no volume consumido.
A companhia registrou prejuízo líquido de 58,1 milhões no trimestre, influenciado por perdas contábeis, sem efeito caixa, decorrentes do resultado financeiro negativo, em termos líquidos, de R$ 163 milhões, devido principalmente ao impacto negativo da desvalorização cambial de 2,3% no trimestre sobre o endividamento em dólar. Além disso, com a marcação a mercado nas posições de hedge de combustível, a alta internacional do petróleo também produziu perda contábil no valor de R$ 10 milhões.
Além de comemorar estes bons resultados, a Tam comemora também o recebimento da primeira das duas novas aeronaves A330 (Foto) diretamente da fábrica da Airbus em Toulouse (França). Elas serão destinadas a voos internacionais de longo curso e configuradas com 223 assentos para passageiros – quatro na Primeira Classe, 36 na Executiva e 183 na Econômica. A incorporação dessas duas aeronaves permitirá à TAM aumentar sua oferta no mercado internacional e elevará a frota da companhia para 137 aeronaves, sendo 130 modelos da Airbus (24 A319, 81 A320, 5 A321, 18 A330 e 2 A340) e 7 da Boeing (4 B777-300ER e 3 B767-300).