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Schipper se reinventa e está enfrentando com garra e determinação a pandemia do COVID-19

A pandemia do COVID-19 que levou a suspensão das atividades de muitos meios de hospedagens no Brasil, tem um reflexo direto juntos aos fornecedores do setor. Mesmo empresas sólidas e com um forte posicionamento no mercado estão passando por momentos difíceis. Um bom exemplo é o que está acontecendo com a Schipper, um dos mais tradicionais fornecedores de utensílios de alimentos e bebidas da hotelaria nacional. Confira a seguir nesse comunicado que Sérgio Pimenta, Diretor Comercial da Schipper acaba de fazer.

“Para todos os grandes acontecimentos da humanidade sempre haverá um olhar que avalia o que precede, o que se passa e o que se projeta para o futuro. Do “antes” fica o questionamento a cada um de nós que não tivemos a clareza de enxergar a evolução dos fatos. A então epidemia do final de 2019 tomou proporções importantes no continente asiático, ganhou o Oriente Médio, estremeceu a Europa e obviamente chegaria ao nosso país. A globalização, há muito, derrubou fronteiras para este tipo de disseminação. Contudo, não fomos capazes de prever a tragédia anunciada e, assim, termos algum planejamento de enfrentamento e preparação para os momentos dramáticos do ponto de vista sanitário e econômico que estavam por vir.

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Quando nos demos conta, já estávamos no “durante”, em home office, com as nossas empresas compulsoriamente fechadas, o mundo de cabeça para baixo e um futuro sombrio. A notícia da, agora denominada pandemia, corria diuturnamente pelos nossos olhos e ouvidos em todos os meios de comunicação. Mas, novamente, nos faltou a percepção de que perderíamos a liberdade, o ato de ir e vir e até o nosso trabalho na forma como o concebíamos.

Encarar esta realidade da noite para o dia foi como perder o chão. No início, o espanto era tal que provocou na grande maioria das pessoas um estado de choque. À medida em que as fichas foram caindo, fomos percebendo a dimensão do problema e suas consequências. Do choque, passamos às preocupações mais profundas. A vida parecia um pesadelo que continuava ao despertarmos pela manhã.

A Schipper possui uma grande variedade de produtos para atender a área de alimentos e bebidas

Cada indivíduo, dependendo de sua atividade profissional, idade e condição de saúde, passou a ter o seu próprio desenho da crise e ameaças. Com os primeiros dias de fechamento do comércio, as restrições impostas pelo distanciamento social e as notícias impactantes vindas da Itália e da Espanha, o medo passou a habitar não apenas as possibilidades de, empresarialmente, conseguirmos vencer o pesadelo, mas a nossa própria sorte de estar aqui para vivenciar o depois. Da alma, desce então a percepção da fragilidade humana e da nossa real dimensão diante do infinito. Mas a razão acaba se impondo e nos faz reassumir o chão e voltar ao trabalho.

Ninguém jamais se prepara para um momento como este. Alguns segmentos foram mais afetados que outros, mas a indústria da hospedagem, eventos e alimentação fora do lar foram drasticamente atingidos. A Schipper, que vive do fornecimento de produtos e serviços para a Hotelaria e Gastronomia, foi igualmente afetada.

Linha Bonna comercializado pela Schipper exposta no estande na Equipotel 2019

A sazonalidade deste mercado faz do primeiro trimestre o período mais fraco de vendas do ano. Assim, entramos em março no vale no gráfico das nossas reservas e ávidos para finalmente ver o 2020 “começar” após o carnaval. Porém, quem veio foi o novo coronavírus.

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Impossível não olhar no retrovisor e perceber como a vida se alterna no vulnerável equilíbrio do universo. Em final de janeiro de 2020, festejamos, pelo sétimo ano consecutivo, o Prêmio de melhor Empresa Fornecedora de Utensílios A&B para a Hotelaria. Em pouco mais de um mês o futuro parecia incerto.

Passadas as duas primeiras semanas, mergulhados dia e noite sobre a realidade dos fatos, começamos a colocar as cabeças no lugar, trocamos a tristeza por serenidade e tomamos uma decisão que mudou a nossa postura diante da “missão impossível”. Resolvemos deixar a apatia e o medo para levantar a bandeira da coragem e do enfrentamento.

A partir daí, listamos as dificuldades, demos prioridades a elas e as atacamos, uma a uma, vivendo um dia após o outro. As medidas do governo finalmente saíram para aliviar a gestão da equipe remanescente, que ainda pesava bastante nas projeções de custos. Renegociamos prazos e compromissos com os nossos parceiros fornecedores. Buscamos recursos no mercado financeiro para suprir os meses de fluxos de caixa negativos. E, finalmente, revisamos todas as possibilidades de redução de despesas que se transformaram no “Pacote de Medidas de Contingenciamento” lançado em 30 de março.

Iniciamos neste momento a exploração de outros mercados que mesmo na crise se mantem fortes. Hoje continuamos tendo a visão da gravidade da situação mas também de que iremos superá-la. Temos a convicção de que o “pós” Pandemia será caracterizado por um novo tempo, novas empresas e um novo mercado. Muitos ficarão pelo caminho, mas os sobreviventes encontrarão oportunidades.

Fachada do show room da Schipper que fica no SIA em Brasília

Depois de ouvir dezenas de gestores, percebemos dois cenários de projeções para o futuro. O otimista, onde a recuperação do segmento se dará a partir do final de maio, início de junho. E outro mais realista, onde o retorno das atividades acontecerá entre o final de junho e o final de julho.

Ninguém, porém, consegue precisar quando estará novamente a todo vapor. Há uma boa parcela dos hoteleiros que trabalha com a esperança de que o brasileiro dará prioridade ao turismo interno por receio das viagens internacionais e pelo câmbio que deverá persistir alto por algum tempo. Temos um caminho a percorrer para entendermos as proporções que a pandemia terá nas diferentes regiões, de acordo com a infraestrutura e as medidas locais adotadas.

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Mas não tem ninguém de “férias” estamos todos em uma hibernação ativa, repensando os nossos negócios, as nossas empresas e usando a criatividade para voltarmos renovados.

Tudo o que vivemos ficará para trás e ao retornar ao dia a dia teremos uma outra percepção das pessoas, do calor humano, da falta do abraço, dos encontros pessoais, dos clientes e do olho no olho.

Da China veio o vírus, mas também as máximas “é na crise que evoluímos” e “não há batalha mais amargamente perdida do que aquela em que não se lutou”.

Portanto, deixamos aqui a nossa mensagem de otimismo, de esperança, de coragem e o forte desejo de que possamos nos rever, pessoalmente, o mais breve possível”.

Sérgio Pimenta, Diretor Comercial da Schipper

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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