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Preço e demanda foram temas no Hotel Trends Conference 2023

Dando continuidade a programação do Hotel Trends Conference – Budget 2023, Ricardo Souza,  Team Leader LATAM  OTA Insight, compartilhou “Um olhar sobre preço e demanda: Data Intelligence para balizar sua tomada de decisão”, segundo conteúdo do evento realizado pelo portal Hôtelier News, na manhã desta segunda-feira, 15 de agosto, no Novotel Morumbi, com apoio institucional do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil. Participaram da bancada, Paulo Melega e Verena Bogéa.

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Ricardo Souza iniciou a sua apresentação detalhando o panorama geral de preços e demanda no Brasil. “Trouxemos as principais praças em termos de relevância na hotelaria e que servem como fotografia real e interessante. São Paulo aparece com volume de voos em evolução constante, atualmente a cinco vezes aos níveis de março de 2020. Ele teve um crescimento exponencial, principalmente a partir do segundo semestre do ano passado e no decorrer de 2022. Trata-se de uma curva ascendente. Na busca por hotéis, reservas ou buscas por reservas registram 35% de buscas de zero a sete dias. Uma grande pressão exercida sobre esse destaque, é o aumento de passagens aéreas, um ponto importante a se considerar quando falamos de estratégia. Quando eu falo em termos de demanda corporativa, acho que a economia sempre tem um papel relevante. Hoje as empresas estão muito mais alavancadas, com setores específicos apresentando resultados recordes.

São Paulo derrapou mas agora começa uma nova aceleração. Após queda de preços públicos em 2020, São Paulo teve dificuldade em repassar preçosm 2021 e primeiro trimestre de 2022 com preço começando a se deslocar positivamente dos preços de 2019 a partir de eventos como a Fórmula 1. O que é curioso é que se trata de preços públicos e não corporativos. Agora São Paulo ganha consistência para entrar 2023 com crescimento”, detalhou Souza.

Preço e demanda foram temas no Hotel Trends Conference 2023
Slide apresentado na palestra de Ricardo Souza mostrando que a busca por voos está aumentando
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Próximos 120 dias

Souza explicou que, para São Paulo, a previsão para os próximos 120 dias mostra que o excesso de feiras criou uma demanda elevada para os dias de semana. “Primeiro semestre de 23, tirando a Fórmula 1, mostra três ou quatro feiras acontecendo na mesma semana, com perspectiva positiva para o período. Os finais de semana começam a dar desaceleração tanto em preço quanto em ocupação. Cuidado com os finais de semana porque a tendência é que eles se acomodem em percentuais mais modestos do que os atuais”, recomendou Souza.

Para o executivo, São Paulo mostra boa reação frente a demanda e na capacidade de aumento de preço. Falando do Rio de Janeiro, Souza revelou que: “Houve boa retomada com pico no Carnaval, com buscas em crescimento sólido via GDS, com características diferentes de São Paulo. Vemos um crescimento nas buscas com 90 dias de antecedência, e achamos que isso deve continuar em crescimento. Na nossa análise, vemos uma evolução que mostra que, nunca houve concentração tão grande de demanda na Zona Sul, eixo Leblon-Copacabana-Ipanema-Leme. Na mesma análise, temos um ponto interessante que é a manutenção dos preços como aliado da aceleração da recuperação.

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A recuperação foi mais rápida porque os preços caíram menos no auge da pandemia. Houve crescimento de diárias públicas no destino. Vemos para setembro, com preços públicos médios acima de abril. O Rock in Rio estende a média de permanência, e deve trazer mais demanda que o Carnaval, dando aos hotéis, resultados excelentes”, analisou Souza.

Preço e demanda foram temas no Hotel Trends Conference 2023
Recuperação dos preços públicos na hotelaria apresentadoi na palestra de Rircado Souza
Outras praças

Segundo o executivo, o Rio de Janeiro apresenta um aumento de 14% na média para os próximos 120 dias quando comparado com 90 dias atrás. “No geral para outras praças, o volume de crescimento é consistente, com destaque para Belo Horizonte que vive uma curva ascendente com volume de busca de voos e de busca de hotéis. Curitiba tem evolução menor, trata-se do volume mais baixo em ambos índices. Belo Horizonte está conseguindo repassar preços de maneira consistente, mais nominalmente á inflação. Porto Alegre está com dificuldades em termos de incremento de preços públicos. Estamos falando de quase 10% abaixo dos preços públicos registrados em 2019. Para os próximos 120 dias, em média os preços de BH aumentaram +27%, seguido de Porto Alegre, Campinas e Curitiba, onde os preços andam de lado”, resumiu.

Preço e demanda foram temas no Hotel Trends Conference 2023
Verena Bogéa (Accor) e Paulo Melega (Atrio) também participaram dessa palestra
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Clima ao Vivo
Impacto na construção do Budget

– Ambiente inflacionário global reduz sensibilidade e repasse dos preços;
– Em geral, demanda em todas as preças com vies altista;
– Reposição de preços nominais ainda em andamento;
– Budget devem ser outputs e não imputs

Souza finalizou com a seguinte observação: “O importante para o comercial dos hotéis é a discussão dos preços com os gestores, que na ponta estão passando a porcentagem para o consumidor. O que está acontecendo hoje é um deslocamento muito grande entre preços públicos e preços para o consumidor. A hotelaria brasileira vai acelerando e tem um vazamento de óleo que é a questão da qualidade. Esse vazamento se chama disparidade e precisa ser mais discutido na hotelaria”.

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