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Passaporte sanitário pode estimular a retomada do turismo

Artigo de Alexandre Sampaio*

Desde o ano passado, o turismo brasileiro mostra um prejuízo crescente em seu faturamento por conta da pandemia desencadeada pelo novo coronavírus. Sabe-se que, no início do mês de março, a CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo calculou que o setor chegou a fevereiro deste ano operando apenas com 42% da sua capacidade de geração de receitas. Isso desencadeou um déficit no segmento que, hoje, já chega a R$ 290,6 bilhões.

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É estimado que, apenas em 2023, consigamos voltar às atividades em um nível pré-pandemia, o que gera angústias e incertezas para o trade. No âmbito econômico geral, a situação não é diferente. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), por exemplo, apresentou redução mensal de 1,5% em março, o que indica uma desmotivação provocada, principalmente, pela ausência da vacinação em massa.

No nosso segmento, buscamos driblar a crise que, há mais de um ano, assola os nossos dias. Ao realizar um overview sobre toda a situação, é possível notar que ainda estamos longe de encerrar esse ciclo de perdas. Contudo, há formas criativas de incrementar o mercado, abrindo novas possibilidades e recriando a esperança para o dia de amanhã.

Passaporte sanitário pode estimular a retomada do turismo
Em algumas regiões do mundo, já se estuda o lançamento de um “passaporte” sanitário que permitirá a retomada segura das viagens internacionais (Foto: Pixabay/Stux)
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Lutamos pela retomada das atividades turísticas e, sem dúvidas, acreditamos que o nosso potencial é grande. O Brasil sempre foi considerado um país gigante dentro do turismo mundial, principalmente por conta das suas diversidades.

Recentemente, a Comissão Europeia trouxe a proposta da criação de um “passaporte sanitário”, onde todas as pessoas vacinadas contra a infecção viral podem voltar a viajar para a região, desde que haja a comprovação da imunidade. Sem dúvidas, é uma medida que potencializará a movimentação turística local. Inúmeros países se encontram com o programa de vacinação avançado, o que possibilitou o relaxamento de algumas restrições, como a da circulação de turistas.

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Assim como a Europa, o Brasil também se interessa por essa possibilidade. Semana passada, tivemos o debate desse tema com o Ministério do Turismo. Sem dúvidas, há o interesse em criar o passaporte interligado à saúde. A ideia é que o assunto seja colocado em pauta com o Congresso Nacional para buscar a recuperação econômica do setor.

A medida é positiva e vários países estudam a possibilidade em adotar essa estratégia. Em algumas regiões, o assunto já está em uma avaliação mais ampliada, como no território chinês, onde houve o lançamento do “certificado de saúde” digital para permitir a viagem ao exterior.

Não podemos afirmar quando a pandemia, de fato, se encerrará, mas nossa busca continuará em prol do emprego de milhões de brasileiros, que dependem da movimentação econômica do turismo para obterem suas rendas. Isso, claro, sempre pensando na saúde coletiva, sem impactar negativamente ou potencializar a circulação do vírus no nosso País. Por isso, defendemos a vacina e buscamos a sua aplicação em ampla escala no Brasil.

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Apostar no passaporte sanitário é uma forma de acelerar a prevenção contra a COVID-19. Dessa forma, conseguiremos proteger a população e, também, os empregos, a renda e o desenvolvimento do cidadão brasileiro.

*Alexandre Sampaio é Presidente da FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação.

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