Palestra sobre novas tecnologias encerra Conferência da Interval
“O futuro é agora”. Este foi o tema que regeu a última palestra da International Shared Ownership Investment Conference, evento promovido pela Interval International nesta quarta-feira em São Paulo. Ligia Zotini, Fundadora da Voicers, trouxe uma reflexão sobre os impactos de novas tecnologias no processos de venda e tomada de decisão das novas gerações a partir de uma visão futurista ambientada em 2037.
A palestrante apresentou uma visão sobre quem é o novo viajante. Segundo ela, dos 5 aos 15 anos, o indivíduo usa da tecnologia de formas diferentes, e este é o público que o mercado deve alcançar. “Ele simplesmente desintermedia as coisas tanto quanto possível. Eles não pedem mais para os pais, vão direto para quem querem acessar. Eles também não tem experiência analógica, que transporta hábitos para a transformação digital. Esse público também desmaterializa tempo e espaço”, contextualizou Ligia.
No cenário futurístico, o indivíduo presta serviços para várias empresas, deixando de vez para trás o posto de trabalho fixo, sob as leis da CLT. Outro destaque dado por ela foi a robotização do trabalho, dando lugar à inteligência artificial. “A máquina vai fazer melhor o trabalho que é feito hoje. Isso é uma tendência”, declarou Zotini. Ela destacou que experiências tecnológicas como viagens virtuais, sinestesia e acesso holográfico a pessoas ou lugares serão comuns em 20 anos.
Trazendo o contexto para à realidade das empresas, a palestrante destacou a inteligência artificial. “A interação humano-máquina, lançada este ano pelo Google em congresso mundial, estarão em breve disponíveis, de forma que a máquina não será discernida como tal”, comentou.
São nove as empresas que ela aponta como grandes criadoras do futuro da inteligência artificial: Alibaba.com; Baidu; Amazon; Microsoft; Google; IBM e Facebook. Ligia citou a realidade virtual como grande tendência que entrarão nas relações. Este tipo de tecnologia permite a realização de treinamentos em diferentes ambientes, já usados por equipes de esportes, empresas de entretenimento, etc.
No mercado de viagens, ela destacou a aplicação de quatro D’s: Digitalizar, Desmaterializar, Democratizar, Disromper (hackear, criar). Colocando em ação cada um desses conceitos, o empresário não permite que isso seja feito com o seu negócio, sendo passado para trás. “Com todas essas tecnologias, quantas coisas dá para fazer no mercado de viagens e hospedagem? As viagens continuarão materializadas, mas haverão portas e extensões de experiências”, concluiu Ligia.