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Os desafios para o novo Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio

Artigo de Mario Cezar Nogales*

Em se tratando de turismo, o novo governo Bolsonaro parece que já começou dando um tiro no pé e deixa em duvidas a sua retórica de alocar ministros sem cunho político, mas sim com o conhecimento do setor. O novo Ministro do Turismo, Marcelo Henrique Teixeira Dias nasceu em Belo Horizonte, tem 44 anos, pai de três filhos, o qual buscamos informações em seu site oficial www.marceloalvaroantonio.com.br, não encontramos nenhuma menção a passagens profissional ou conhecimento com o turismo, hotelaria ou afins. Também não encontramos a sua formação acadêmica ou planos relacionados à turismo contudo e conforme está em seu site se trata de alguém que fez a sua carreira desde cedo na política.

Marcelo Álvaro Antônio, Ministro do Turismo – Foto de Gustavo Messina

Sem duvidar de suas capacidades, o óbvio é que este ministro ainda tarde pelo menos um ano para começar a entender do que se trata o turismo e como já coloquei em outros artigos o turismo nacional depende de outras questões do que apenas e tão somente propaganda ou normativas e neste aspecto meu ponto de vista é de que o ministério do turismo nem deveria existir, bastando com que fosse uma pasta do ministério de economia uma vez que o turismo depende muito mais de ações conjuntas dos governos.

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Vejamos agora quais são as cidades mais visitadas do mundo segundo a Global Destinations City Index.

CidadePaisTurismo Estrangeiro/ano
BangkokTailândia20,05 milhões
LondresInglaterra19,83 milhões
ParisFrança17,44 milhões
DubaiEmirados Árabes15,79 milhões
CingapuraCingapura13,91 milhões

 

Bangkok é cidade mais visitada no mundo segundo a Global Destinations City Index – Foto – Divulgação

Já a The Economist avaliou as cidades mais seguras do mundo

CidadePaisPosição
BangkokTailândia49
LondresInglaterra20
ParisFrança24
DubaiEmirados ÁrabesNão listado
CingapuraCingapura2

Com relação a Dubai segundo o site numbeo se trata de uma das cidades mais seguras do mundo.

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Ameris

Já as cidades mais desenvolvidas do mundo segundo a world wealth report.

CidadePaisPosição
BangkokTailândia30
LondresInglaterra2º Lugar
ParisFrança5º Lugar
DubaiEmirados ÁrabesNão listado
CingapuraCingapura10º Lugar

Segundo o mesmo relatório em edição especial Dubai está entre as 5 mais ricas cidades do mundo.

As cidades brasileiras quando citadas nestes três relatórios, os resultados são tão pífios que me dá vergonha de apresenta-los, ou seja, fica claro aqui que um Ministério do Turismo não irá resolver a questão do Turismo, muito menos um ministro do turismo que é profissionalmente capacitado em política, contudo, aproveito estas linhas para dar algumas dicas do que é necessário para colocar pelo menos uma cidade entre as 20 cidades mais visitadas no mundo:

Segurança das cidades

Infelizmente grande parte de nossas cidades vive um caos em segurança devido a falta de investimento e capacitação, além do mais as várias policias e a manutenção das mesmas de acordo com o ditador Getúlio Vargas (que unificou o país em uma ditadura absurda e mal lembrada)

O que falta é foco o que me lembra umas palavras de questões lógicas pois se trata de foco:

“Os militares existem para proteger a nação contra os inimigos do estado”

“A policia existe para proteger e servir os cidadãos”

“Quando os miliares exercem a atividade de polícia, os cidadãos se tornam inimigos do estado”

Parece simples não é mesmo, mas em se tratando em gestão tupiniquim de estado isto não é tão simples assim.

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Falta de infraestrutura

Portos e aeroportos desenvolvem sem dúvida nenhuma qualquer cidade, assim como a livre iniciativa com a existência desta infraestrutura, contudo e como tudo está centralizado em um governo federal, a infraestrutura fica paralisada dependendo de políticas e politicagem. Afinal de contas também há cidades onde sua estrutura política também é mantida pelo governo federal sem que haja a contrapartida da própria cidade.

Cabe aqui a frase de Margaret Tacher “Não existe dinheiro público, o que existe é imposto pago pelos cidadãos”

Se paramos para pensar sobre o custo de manutenção da política no Brasil, basta com que observemos quanto custa cada câmara municipal e quantos vereadores existem em cada uma delas. Eu fiz este levantamento a um tempo atrás já que estas informações estão disponíveis a qualquer um e cheguei a um número que pode assustar qualquer ser humano. A média é de que cada vereador neste pais custa aos impostos que pagamos cerca de R$ 600 mil por mês já que não se trata apenas de salários de vereadores e de seus assessores. Multiplique isto pelo número de vereadores que chega a 56.810 que atuam em 5.568 Câmaras Municipais que chegamos ao montante de R$ 34 trilhões mensais ou R$ 409 trilhões anuais.

Em 2014 o Aeroporto Governador Aluízio Alves, localizado em São Gonçalo do Amarante no Rio Grande do Norte, ficou pronto pela bagatela de R$ 500 milhões. E com os recursos que pagamento para as câmaras municipais só em aeroportos novos seriam 68.000 ou seja seriam pelo menos 12 aeroportos em cada uma das 5.568 cidades neste País.

Solução

Conforme demonstrei acima, nosso País não está no buraco, não faltam recursos o que falta é de fato política séria de desenvolvimento. Imagine que nós cidadãos decretássemos moratória somente às câmaras municipais por um ano e utilizássemos estes recursos para o desenvolvimento de cada uma das cidades, parece utópico, mas com certeza seria possível não só arrumar toda a infraestrutura como sobrariam recursos para aplicação em ações sociais.

*Mario Cezar Nogales é consultor especializado em hotelaria e conta com experiência profissional no ramo desde 1989 sendo autor de sete livros técnicos em hotelaria acesse: www.snhotelaria.com.br

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Harus

Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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