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Opinião: Especialista analisa os desafios do setor no “pós-pandemia”

Por Alan Guizi*

Dia 9 de novembro é o Dia do Hoteleiro. Uma data importante, que homenageia os profissionais que se destacam por servir e tornar a estada dos hóspedes o mais agradável possível. . Uma data importante, que homenageia os profissionais que se destacam por servir e tornar a estada dos hóspedes o mais agradável possível. Este ano de 2021, em especial, não dá para deixar de mencionar a pandemia da COVID-19 e todos os desafios imprevisíveis que surgiram com sua chegada.

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A hotelaria precisou revisitar tanto os seus protocolos de cuidados com a limpeza, quanto de relacionamento com seus hóspedes, visto a necessidade de distanciamento social. Foi preciso, além do uso de máscaras em ambientes sociais, implementar o uso de luvas descartáveis para manuseio de utensílios comuns no café da manhã e, prioritariamente, ofertar o coffee to go (levar o café para o quarto). Entre outros protocolos implementados rapidamente, estão a diminuição da frequência de arrumação dos quartos e a restrição da livre circulação pelas áreas dos hotéis. Houve hotéis que buscaram remodelar seus quartos e espaços para oferecer a possibilidade do room-office, permitindo que seus hóspedes pudessem trabalhar remotamente e em isolamento no hotel, o que é visto como uma das tendências do setor atualmente.

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É de se destacar a força e a resiliência do turismo doméstico brasileiro, que registrou números próximos a 100 milhões de viagens em 2019 e tem sido o motor da recuperação pós-pandêmica, reafirmando as tendências das viagens pelo Brasil, primeiramente rodoviárias e agora aéreas, com o retorno mais consistente também da aviação civil. No entanto, não podemos esquecer que os hotéis foram um dos estabelecimentos que mais sofreram com as restrições. O setor de viagens e turismo estagnou como nunca, dadas as necessidades de proteção da saúde pública e do distanciamento social. Automaticamente, no início da pandemia, os números de ocupação hoteleiras no Brasil registraram queda acentuada na faixa dos 45%, chegando a 56%, se considerados apenas os hotéis urbanos. O ano de 2020 registrou ocupação média de 20 a 30% apenas, de acordo com dados do relatório Retoma São Paulo, da Hotelinvest.

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Com o avanço da vacinação em território nacional, os números registrados pelo Ministério do Turismo até setembro de 2021 indicam uma alta em reservas online de serviços de turismo na casa dos 150%, em comparação com 2020, apoiada em especial pela demanda doméstica. Já em comparação a 2019, ano anterior à pandemia, com o turismo funcionando normalmente, tivemos 74% do número de ocupações, além do crescimento dos índices de diárias média maior em 140%, ultrapassando o momento pré-pandemia. Tais indicadores mostram, apesar de ainda tímida, a recuperação da hotelaria e do turismo no País. Ao passo que a reativação turística e hoteleira seja sentida no mercado, novos projetos e hotéis vão ganhando forma e o próprio reaquecimento do setor trará melhores perspectivas de viagens e serviços hoteleiros para os turistas, bem como de vagas e oportunidades profissionais. Mas ainda é necessário que a pandemia seja vencida para que os índices voltem ao caminho daqueles registrados em 2019 e as pessoas possam desfrutar do turismo sem medo e livremente.

*Alan Guizi é docente dos cursos de Turismo e Hotelaria da Universidade Anhembi Morumbi.

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Denise Bertola

Denise Bertola é Repórter da Revista Hotéis

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