Multipropriedade alavanca R$ 16 bilhões em investimentos no Brasil
Direto de Ipojuca (PE) – Foi apresentado agora a pouco na 6a edição do ADIT Share, o mais importante evento sobre timeshare e multipropriedade do Brasil, que teve início agora a pouco Enotel Convention & Spa, um estudo elaborado pela Calfat Real Estate Consulting. O estudo mercadológico Cenário de Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil 2018 é fruto do cruzamento de informações do Banco de Dados da Caio Calfat Real Estate Consulting e de pesquisa junto aos agentes ligados ao setor de multipropriedades.
O estudo foi elaborado sob a supervisão de Caio Sérgio Calfat Jacob e Alexandre Pereira Mota e teve como responsáveis técnicos Fernanda Nogueira e Fernando Campagna.
Quem fez a apresentação foi o Consultor Alexandre Mota e segundo ele, houve uma boa amostragem do mercado atual, as informações obtidas na integralidade dos questionários aplicados abrangem 62% dos empreendimentos listados. Os demais dados foram obtidos de forma parcial junto aos agentes de mercado e por pesquisas diretas da Equipe Caio Calfat.
Os dados apresentados por ele, impressiona tendo em vista que em 2013 o número de empreendimentos era de apenas dois, em 2017 passou para 54 e nesta edição de 2018 chegou a 80, movimentando R$ 16 bilhões e foram destacados e considerados os empreendimentos que obedecem aos seguintes critérios:
• Em construção: Empreendimentos que possuam site de divulgação, fotos ou informações atualizadas do andamento da obra.
• Pronto: Empreendimentos que adotaram o sistema de fracionamento e que se encontram em operação.
• Em Lançamento: Empreendimentos lançados a mercado via site oficial ou divulgação, porém sem nenhuma informação divulgada sobre obra iniciada.
• Em Projeto: Empreendimentos ainda não lançados. “O levantamento destes dados provém do cruzamento de informações dos agentes entrevistados e da pesquisa da nossa consultoria”, lembrou Mota.
Segundo ele, a partir destes critérios, a pesquisa de 2017, em relação aos empreendimentos em projeto, foi readequada. Todos os dados divulgados são referentes a médias de mercado e podem sofrer alterações a qualquer momento.
Os dados recebidos não foram auditados, as informações estão sujeitas a imperfeições, variações e alterações que poderão modificar os resultados estimados neste estudo. O uso de qualquer informação deve ser utilizado com cautela e sobreaviso quanto aos riscos envolvidos.
Reflexões sobre o Turismo Residencial
A atividade turística envolve extensa cadeia de elementos que buscam atender às expectativas do turista no destino, com a oferta de produtos e serviços para atender suas necessidades. Segundo Mota, neste contexto, vale refletir sobre o papel da 2ª residência como parte integrante destas ofertas:
1) O turismo residencial gera empregos, impostos e renda a todas as atividades econômicas do destino. Os dois produtos – hotel e imobiliário-turístico – se integram e se complementam; na maioria dos casos, o comprador de uma residência de férias conheceu e frequentou o destino como hóspede, inicialmente.
1) É uma atividade indutora de desenvolvimento: enquanto hotéis, bares e restaurantes, lojas, transportes e praticamente todas as mais de 50 atividades da cadeia produtiva do turismo necessitam de fluxo de pessoas para se manterem ativas, a 2ª residência proporciona o desenvolvimento econômico do destino durante o ano inteiro.
3) Há vínculo do proprietário da 2ª residência com o destino: enquanto o turista esporádico possui relativa ligação com o destino além de suas expectativas de viagem, o turista de 2ª residência possui envolvimento pessoal e emocional e, não raramente, profissional com a localidade que escolheu.
4) Novas formas de 2ª residência: os hábitos de usufruto das férias vêm se aprimorando rapidamente nos últimos anos, a multipropriedade apresenta características que encantam e estimulam a compra: a oferta de serviços de manutenção e locação otimizam a utilização da residência; as despesas são reduzidas; há a motivação do intercâmbio com outros destinos do mundo; há a chance de se adquirir um imóvel de padrão mais alto; o uso por tempo limitado atende à agenda e à capacidade econômica do comprador; a necessidade de conservação e manutenção pode tornar o imóvel mais valioso com o passar do tempo e, finalmente, a adoção do conceito de compartilhamento, indicado como nova maneira de se usufruir qualquer bem ou serviço de forma organizada e com custos menores.
A Reportagem da Revista Hotéis está hospedada no Enotel Convention Spa Porto de Galinhas para cobrir esse evento.