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Método Fast foca no segmento de implantação hoteleira

Com mais de 40 anos fornecendo soluções integradas em engenharia, construção e manutenção para projetos de alta complexidade, a Método criou a Método Fast, uma unidade de negócios que visa atender empresas que necessitam de execução rápida de obras. Nos últimos 20 anos, a Método Fast construiu 16 hotéis e aproximadamente 18 hospitais e clínicas.

Com essa expertise na área de hotelaria hospitalar e uma vocação natural para oportunidades no segmento, a Método Fast resolveu focar na implantação hoteleira em novembro do ano passado. Com isso, entrou na sociedade Júlio Gavinho e Felipe Pierre, dois profissionais com visão e experiência no segmento.

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Nessa entrevista exclusiva, o Sócio-diretor da Método, Júlio Gavinho, define os projetos da marca, destaca sua bagagem profissional e comenta as perspectivas em relação ao potencial apresentado pelo segmento de implantação hoteleira no Brasil. A Método Fast já conta com quatro projetos no pipeline e deve crescer muito nos próximos anos, pois, segundo Gavinho, a empresa não tem concorrentes com a estrutura que eles possuem e, um dos diferenciais, é que não cobram a reserva técnica dos fornecedores.

Revista Hotéis – Como e quando surgiu a divisão Fast da Método? Ela foi criada com quais objetivos?

Júlio Gavinho – A Fast surgiu da necessidade de médias empresas em contratar uma gerenciadora que fosse responsável, entre outras coisas, pela revisão e reengenharia do projeto. O foco eram pequenas obras em grande volume (como agências bancárias e redes mundiais de lanchonetes), que precisam do gerenciamento de todo seu processo de construção e reforma, desde as primeiras obras de instalação de antenas para companhias de telecomunicações até a necessidade de algumas empresas de contratar execução de fit-out para seus negócios e imóveis construídos ou não pela Método, incluindo hotéis icônicos.

Nos últimos 20 anos, a Método Fast construiu 16 hotéis e aproximadamente 18 hospitais e clínicas. Com a construção destes empreendimentos, a divisão de hotéis entrava mais na área do fit-out e do FF&E. A divisão Método Fast também realizou o gerenciamento de implantação de lojas de varejo, agências bancárias, lojas de fast-food e de projetos de hospitais, ambulatórios médicos e clínicas. Com isso, percebemos que havia na Método Fast a expertise na área de hotelaria hospitalar. Foi então que notamos uma vocação natural e oportunidades na hotelaria em projetos que não eram de obras construídas por nós.

R.H – Qual o portfólio de obras que a Método Fast possui e qual a experiência no segmento hoteleiro?

J.G – A Método Fast tem ampla experiência no segmento com a construção de 16 hotéis, em obras delicadas e de grande porte como os Grand Hyatt Rio de Janeiro e São Paulo, Hotel Prodigy Santos Dumont, Vila Galé Resort do Cabo, IL Campanário, Hotel Unique, Enotel (Porto de Galinhas), Sheraton Mendoza (na Argentina), Mantra Resort, em Punta del Este (Uruguai), entre outros. Talvez sejamos a empresa de engenharia e construção que mais entende e conhece o segmento hoteleiro no Brasil.

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R.H – Por que a Método resolveu focar no segmento de implantação hoteleira e o que o motivou a se associar com o Felipe Pierre na Método Fast?

J.G – Nossa empresa está em seu melhor momento, vivendo um turn-around que a devolverá à posição de destaque que sempre ocupou. Mais do que uma empresa de engenharia e construção, a Método está se transformando em um grande centro de negócios, operando nas áreas de properties, hotelaria e entretenimento, e nas grandes obras de infraestrutura que estão movimentando a economia nacional. Vale citar que isso tudo é impulsionado por uma imagem ilibada e o seu maior certificado de ética e idoneidade: nossa empresa é a maior do Brasil atualmente, e está fora das maiores investigações do País, seja a Lava-Jato ou qualquer outra operação da Polícia Federal.

A vinda do Felipe Pierre para a sociedade apresenta a sua grande experiência para o grupo, com uma gama enorme de fornecedores desenvolvidos e o comportamento ético que sempre o caracterizou – dentro e fora do teatro nacional de hotéis. Com a experiência de dez anos bem-sucedidos no fornecimento de máquinas, equipamentos e FF&E para grandes redes e hotéis independentes, o Felipe Pierre acelerará o processo de crescimento da empresa neste setor.

R.H – Qual a bagagem profissional que você traz e como enxerga esse novo desafio profissional?

J.G – Sou um profissional com mais de 30 anos de experiência no setor com uma trajetória ascendente de sucesso. Desde meu começo na rede Eldorado de hotéis até a entrega de 20 hotéis em dois anos na doispontozero hotéis, minha reputação é fundamentada na estruturação e entrega de projetos hoteleiros. O momento que nossa empresa navega é tremendamente promissor e este projeto de fit-out hoteleiro é excitante na mesma medida em que já está sendo recompensador.

“A vinda do Felipe Pierre para a sociedade apresenta a sua grande experiência para o grupo, com uma gama enorme de fornecedores desenvolvidos e o comportamento ético que sempre o caracterizou – dentro e fora do teatro nacional de hotéis”

R.H – Para contratar os serviços da Método Fast é necessário contratar os da Método Engenharia? Juntas, quais soluções e benefícios elas podem oferecer aos clientes?

J.G – Para a implantação hoteleira realizada através da Método Fast não há necessidade de contratar a Método Engenharia, até porque muitas das oportunidades de implantação ocorrem em edifícios onde as obras de engenharia já estão em andamento. Nos projetos que estão nascendo do “zero” podemos oferecer grande sinergia de escopo, responsabilidades e valores entre os serviços da Método Engenharia e da Método Fast.

R.H – Quais são os diferenciais que a Método Fast oferece ao mercado de implantação hoteleira? E como está composta sua infraestrutura e serviços?

J.G – A Método Fast, incluindo sua divisão de hotelaria, tem uma equipe de cerca de 300 pessoas. Este grupo, além da valiosa equipe de São Paulo, ainda conta com dez escritórios regionais que prestam apoio in loco a todas as obras e projetos, já nascendo como a maior empresa de implantação hoteleira do Brasil.

O principal diferencial da nossa empresa é, obviamente, a tamanha gama de serviços que oferecemos para todo o processo de desenvolvimento e implantação. Administramos a revisão de projetos de arquitetura, avaliação de imóveis (para fins de financiamento bancários), permissão de licenças e o gerenciamento do projeto como um todo. Além da tecnologia “bim”, oferecemos uma versão do mock-up room em 3d, facilitando a visualização do projeto antes da construção efetiva do quarto modelo. Uma das melhores ferramentas de cost-benefit do mercado.

R.H – Quais os impactos têm a tecnologia de realidade virtual e aumentada na implantação e na redução nos custos que vocês adotam?

J.G – A realidade virtual e a realidade aumentada são tecnologias que usamos na fase do projeto para validar os ambientes e o design de interiores antes da execução dos quartos modelos. Por experiência nossa, muitos projetos executam dois, três ou até quatro protótipos ou quartos modelos para validação da rede ou do design de interiores. Sabemos que muitas vezes esse retrabalho custa entre R$ 20.000,00 e R$ 30.000,00 por protótipo midscale. A função da economia de recursos financeiros através das realidades virtuais e aumentada é esgotar as possibilidades do projeto antes da execução de um único quarto modelo e com isso salvar tempo e dinheiro do projeto. É a gestão empresarial do século XXI.

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R.H – A reserva técnica junto aos fornecedores é uma prática comum no mercado de implantação e decoração. Vocês vão utilizar essa prática? Como analisam essa questão?

J.G – Desde 2010, através do Artigo #18 da Lei 12.378 e do Código de Conduta do CAU/BR – Conselho de Arquitetura e Urbanismo/Brasil, foi proibida a prática de reserva técnica ou R.T. (quando um fornecedor remunera um especificador – arquiteto ou decorador – através de um benefício fiduciário em moeda corrente, ou benefício econômico, em produto ou outra vantagem).

O mercado e as entidades setoriais entenderam que há um grande conflito de interesses quando um projetista escolhe um determinado produto e, em contrapartida, se beneficia de alguma forma do fornecedor. Em todas as vezes a perda é do cliente, que compra um produto menos adequado tecnicamente ao seu projeto. Em linha com o código de conduta ética da Método, essa prática é condenada e proibida, e nosso objetivo é garantir que o cliente da Método Fast adquira produtos melhores com o menor custo e com a melhor qualidade possível.

“O principal diferencial da nossa empresa é, obviamente, a tamanha gama de serviços que oferecemos para todo o processo de desenvolvimento e implantação”

R.H – Vocês já conseguiram fechar contratos de implantação? Como está a prospecção?

J.G – Começamos nossa divisão de implantação hoteleira na Método Fast no final de novembro de 2018 e nos dedicamos em entender o mercado. Hoje, temos quatro projetos no pipeline, nenhum deles construído pela Método, vale frisar.

R.H – Quais as perspectivas que possui em relação ao potencial apresentado pelo segmento de implantação hoteleira no Brasil?

J.G – No Brasil, não temos concorrentes com a estrutura que nós temos, por isso as perspectivas são boas quando olhamos para os projetos do mercado. As mudanças de governo também aparentam favorecer investimentos externos e percebemos a retomada de diversos projetos que estavam parados, e outros que estavam na fase de estudo de viabilidade e que agora tem tudo para decolar. Este momento não deve privilegiar apenas a Método Fast, mas orientar um amplo crescimento de nosso setor.

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R.H – Em sua opinião, quais os gargalos que o mercado hoteleiro apresenta e como enxerga o setor nos próximos anos?

J.G – O mercado está em constante mudança e muitas podem nos favorecer. O setor da hotelaria estava mais vagaroso e agora percebemos uma nova movimentação a favor. O único gargalo que lidamos, ainda é a falta de profissionalização na hora da implantação, nos quais muitos investidores acham que podem fazer tudo sozinhos e o empreendimento acaba entrando em operação mais tarde do que poderia, gastando mais, consequentemente. Mas não estamos olhando principalmente para os gargalos, e sim trabalhando nas oportunidades, que são diversas. Aliados à tecnologia, nossa empresa está pronta para liderar esta retomada e orientar o mercado rumo à ética e profissionalização.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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