Locação de residencial com serviço hoteleiro ganha força no Brasil

A hotelaria tradicional agora tem que se preocupar além do Airbnb com nomes como Xtay, Charlie, Housi e Nomah e o crescimento do modelo short term rental

Muitas vezes por falta de estar preparada para a competitividade, a tradicional hotelaria brasileira trava batalhas homéricas com um suposto “inimigo” que pode estar contrariando seu negócio que na maioria das vezes é herança de avó para pai e para filho. Isso aconteceu no início da década de 2000 quando surgiram os flats que prometiam modernizar e ampliar o parque hoteleiro brasileiro com um modelo de negócio chamado condo hotel. Muitas discussões e embates jurídicos foram travados. A ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, que era a mãe de todas as entidades hoteleiras, acabou perdendo espaço. Houve a criação do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil que era contra a posição conservadora da ABIH e a favor da modernização e ampliação da hotelaria. Surgiu também a Resorts Brasil para defender os interesses de muito capital estrangeiro que era aportado no Brasil na construção de resorts. Hoje em dia não se discute se houve excessos ou abusos no número de lançamentos de novos empreendimentos no modelo condo hotel, o que deflagrou uma grave crise no setor. Já imaginou se não fosse esse o modelo para modernizar o parque hoteleiro brasileiro? Mas em pouco tempo de atividades, a reclamação era dos resorts que apontavam os cruzeiros marítimos como “inimigos” implacáveis que “roubavam” os hóspedes e esse discussão durou muitos anos. Até que chegaram a conclusão que o Caribe era o suposto inimigo, pois era mais barato comprar um pacote de viagem para lá do que ir para o Nordeste do Brasil. E foi eleito o custo Brasil como o vilão.

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E mais recentemente as OTAS – Agência de Viagens On Line, personalizada principalmente no Airbnb, foram eleitas “inimigo” número 1 da tradicional hotelaria conservadora nacional. E as brigas judiciais ainda imperam, mas o setor que muitas vezes reclama da concorrência desleal, não investe e nem se moderniza. Então fica refém dessas OTAs e paga até 30% de comissão sobre uma reserva, mas não investe num motor de reserva no próprio site. E como momentos difíceis exigem soluções criativas, a hotelaria tradicional terá ainda mais motivos para se preocupar e eleger outros “inimigos”. O termo short term rental (aluguel por curto prazo) ainda é desconhecido da grande hotelaria nacional, principalmente a independente. A maneira antiga de vender, com promotores nas ruas batendo nas portas de clientes, morreu. O mundo hoje está nas pontas dos dedos de todos os consumidores, literalmente. E quem está entrando nesse segmento chega com muita tecnologia para a disputa dos hóspedes. Nomes como Xtay, Charlie, Housi e Nomah são algumas das startups que estão crescendo com o conceito de locação de residencial com serviços hoteleiros.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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