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Lideranças debatem a reabertura de hotéis no 20º Encontro da Hotelaria Mineira

Teve início na tarde desta terça-feira, dia 19 de maio, no canal do Estúdio Noticioso, o 20º Encontro da Hotelaria Mineira – Edição Virtual e o primeiro painel trouxe o tema “Receita Incerta e Custo Certo! O maior impasse para a reabertura dos hotéis”, com Acácio Pinto, Diretor de Operações e Qualidade da Aliança Vert Hotéis e Atlantica; e André Bekerman, CEO da Trui Hotels.

Mediando o debate, Marcos Valério Rocha, da FBHA regional de Minas Gerais e Maarten Van Sluys, consultor e especialista em indústria hoteleira. Valério abriu o evento contando a história do encontro, que passou por cidades como Tiradentes, Montes Claros, Ouro Preto, Caxambu, entre outras. “Em novembro tivemos o último evento presencial no Hotel Senac Grogotó que encerrou, infelizmente, as suas atividades neste mês”, relembrou. Van Sluys saudou a audiência, agradeceu o convite de Marcos Valério e a todos os hoteleiros do País.

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Iniciando o debate, Valério perguntou aos dois convidados sobre o dilema de permanecer com os hotéis abertos ou fechá-los ainda antes da determinação da OMS. Ele quis saber dos dois qual o melhor momento para a reabertura. “Ainda vivemos a incerteza de maneira latente, vivemos ainda o momento de perguntas sem respostas. Ainda persiste a dúvida se os hotéis que estão abertos realmente vale a pena estarem. Tínhamos a certeza de que junho seria a hora da retomada e estamos a 21 dias deste mês com perspectivas ainda ruins. Uma outra coisa que me causa medo é essa previsão de que hoje, a cada live, buscam ‘ensinar’ como será o novo normal, inclusive citando números e o que o hóspede pode esperar. Isso me causa medo, ainda estou na fase de muitas perguntas e obviamente, quando falamos disso, precisamos de estudos e análises de fluxo de caixa, de DRE, de forecasts, pois são eles que nos direcionarão na decisão de permanecer fechados ou abertos. Dispensem o achismo. Quais são os custos e despesas que você tem literalmente com o seu hotel aberto e com ele fechado. Existem custos que permanecem com você, independente da situação, IPTU é um deles. A prefeitura vai cobrar de qualquer jeito. Seguro do prédio, idem. A conta de energia então, deve ser analisada nos mínimos detalhes. Uma dica fundamental: veja se o seu contrato com a companhia é sob demanda. Façam estudos com muita competência e embasamento. Contrate um consultor, ou quem possa te auxiliar. Mas muito cuidado com achismos”, disse Acácio Pinto. “Outra dica: CRM é o mesmo caso de namorado e marido – se não der assistência, pode ser traído. Não corte a verba de CRM neste momento, continue comunicando com o seu cliente”, concluiu.

Acácio Pinto compartilhou conhecimento on-line no Encontro

Nas considerações de André Bekerman, ele primeiro agradeceu ao compartilhamento de ideias com Acácio Pinto e pontuou: “Quero pegar um gancho sobre o CRM e dizer que o momento requer muita confiança. Se não conseguirmos criar um cenário de confiança, fica complicado retomar as viagens seja de business ou lazer. Informe ao cliente tudo o que está sendo feito para mostrar o ambiente saudável e confiável para que o cliente se sinta seguro em retornar ao hotel. É essencial manter essa comunicação. Vou mais além e lembro de dois pontos: estamos falando de cliente mas temos que lembrar do colaborador. O que está sendo feito para manter a saúde mental dos colaboradores e o retorno triunfal dos mesmos? É necessário manter também a comunicação com o investidor. Aponte projeções, compartilhe decisões. Ninguém é dono da verdade, mas se você não tem relacionamento, você fica sem saber quando seus hóspedes retornarão as suas atividades. A retomada é bem parecida com a abertura de um hotel. Não se abre um hotel da noite para o dia, fazemos tudo por antecedência”, disse.

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Bekerman também separa o momento atual em dois: um de sobrevivência e outro de reinvenção. “A palavra que está junto com o novo normal é reinvenção. Temos muitas tecnologias para essa renovação. Devemos pensar e nos surpreender com reflexões. De acordo com pesquisa da STR, no dia 13 de março, tínhamos um cenário comum para na semana seguinte, amargar 45% de queda, e no dia 22 de março, fechamento. No dia 29 nem se falava mais em ocupação. Isso em meio a uma recuperação de demanda quase no Brasil inteiro. Essa queda aconteceu de forma similar em todas as categorias hoteleiras. Uma média de 45%. Lembrando que em março ainda tivemos 15 dias de atuação normal”, pontuou o gestor.

A China é exemplo

André mostrou que no dia 15 de janeiro, a China amargou o pico do novo coronavírus, para depois de 55 dias, alcançar uma média de 30% de desempenho da hotelaria no dia 25 de março. Também em março, 90% dos hotéis da China estavam em operação e a categoria econômica liderou essa recuperação. De 1º de março a 11 de abril, alguns destinos de lazer apresentaram cerca de 50% de desempenho no segmento. A Diária Média, no entanto, apontou queda de 25% nos indicadores. Das intenções de viagem, 55% afirmaram que voltarão a viajar. “A retomada gradativa da demanda e o prazo de cerca de sessenta dias para a reabertura foram lições que a China deixou na retomada das atividades”, finalizou.

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