Inteligência artificial na hotelaria abre o 2º dia de palestras do Conotel 2019
Direto de Goiânia (GO) – Rogério Gonçalves, da DB1, empresa especializada em tecnologia e robótica, foi o primeiro palestrante da programação de conteúdo do 61º Conotel – Congresso Nacional de Hotéis, evento iniciado nesta quarta-feira (8) e que segue até a sexta-feira (10) no Centro de Convenções de Goiânia. Na palestra “Hotéis e Robôs”, Gonçalves mostrou o Tinbot, robô desenvolvido para atuar no atendimento de hóspedes em hotéis.
Como parte da demonstração, Gonçalves fez brincadeiras, perguntas e até lançou enigmas para o robô, que respondeu a tudo de forma imediata e assertiva. O robô, que tem menos de um metro de altura, foi desenvolvido para solucionar questões levantadas pelos hóspedes e também fornecer dicas de serviços oferecidos pelo empreendimento e do que fazer no entorno de onde o hotel esteja inserido. O Tinbot também tira fotos, reproduz músicas e reconhece hóspedes habituais.
O Tinbot é uma start-up dentro da indústria de inteligência artificial, segmento que, segundo o empresário, “já é tendência em todo o mundo. As empresas estão investindo muito em inteligência artificial, mas ainda pairam dúvidas em relação do que realmente seja”.
Experiência diferenciada
Para o especialista, “tecnologia só entrega valor quando se cria uma experiência que resolva ou facilite a vida das pessoas”. Nesse momento, de acordo com Gonçalves, a tecnologia faz sentido. Os robôs, na sua definição, são máquinas criadas para automatizar tarefas repetitivas geralmente realizadas por humanos. A diferença desta tecnologia em relação à outras, é de que “os robôs são autônomos e requerem atualizações e manutenção em menor escala do que outras máquinas e dispositivos”, explicou Gonçalves.
O que é inteligência artificial?
Gonçalves explicou a IA – Inteligência Artificial – como sendo “código, técnica ou algoritmo que habilita uma máquina a imitar ou demonstrar cognição ou comportamento humano”. No entanto, na inteligência artificial não existem máquinas de super-inteligência, porque a programação é feita por um ser humano, ou seja, as máquinas dependem de programação”.
Debaixo do guarda-chuva da Inteligência Artificial, está a análise preditiva, que permite ao robô tomar decisões baseadas em critérios de histórico anterior. O reconhecimento de imagem também está atrelado ao guarda-chuva da IA. “As imagens são consideradas por diversos padrões pelo sistema”, explicou Gonçalves. Outros itens que integram a IA são as ferramentas de tradução (não literais) e os chatbots, que permitem ao dispositivo responder ou atender a solicitações do usuário. Os filtros de conteúdo também fazem parte da IA.
O Tinbot na hotelaria
De acordo com artigo do The Economist, citado por Gonçalves na sua apresentação, “o novo artigo de valor nos dias atuais, ao invés do petróleo, são os dados”. Com essa premissa, o especialista em tecnologia passou a enumerar os benefícios da robótica – ou da presença do Tinbot – na hotelaria. “Robôs que levam algo para os hóspedes em apartamentos já existem mas não oferecem interação. O Tinbot traz experiência diferenciada para os hóspedes, a começar pela diversão de interagir com um dispositivo”, destacou Gonçalves.
Além da experiência diferenciada, o Tinbot consegue responder, se movimentar, e atender a diferentes demandas trazidas pelo hóspede. Outro benefício para os empreendimentos que o utilizam é a renovação da imagem de inovação, que traz modernidade e credibilidade ao empreendimento. Em suma, o Tinbot é um robô com um portal de programação, que permite ao usuário programá-lo da forma como preferir e necessitar dentro do seu negócio. “Várias empresas o utilizam de formas diferentes. Ele faz recepção de pais em escolas, explica produtos em eventos e até gerencia equipes. O Tinbot entrega valor”, finalizou.
A reportagem da Revista Hotéis viajou a Goiânia a convite da ABIH Nacional e Equipotel Regional para a cobertura dos dois eventos.
