Instrumentos de funding são debatidos na 15ª edição do ADIT Invest
Novos instrumentos de funding para o mercado imobiliário foi o tema discutido entre os painelistas Felipe Cavalcante, Founder – Matx Academy e Presidente de honra ADIT Brasil, Mayra Padua, Partner – RB Capital, Juliana Aguiar, Sócia-Diretora da Certificadora de Créditos Imobiliários e Luiz Felipe Venturelli Gerab, Sócio e Head de Real Estate – Captalys, na 15ª edição do ADIT Invest, evento hibrido que vem sendo realizado no Hotel Pullman São Paulo Vila Olímpia e tem a Revista Hotéis como Media Partner.
Felipe Cavalcante, Founder – Matx Academy e Presidente de honra ADIT Brasil, moderador do evento, questionou Juliana Aguiar sobre estes novos instrumentos e variedades de mercado de capitais. “Temos visto que ficou cada vez mais criativo, os financiamento e modelos que fazem este investimento. É uma nova visão”.
Mayra Padua, Partner – RB Capital, opinou que: “Em relação a este ponto, nós vemos lá na RB que os instrumentos não são exatamente novos, eles já existiam, o que a gente vê é uma diversificação de instrumentos que já existiam. Nós vemos os fundos imobiliários investindo em etapas de projetos que até então não eram investidos, quando tipos de projetos. Fechando, eu acredito que os instrumentos são os mesmos, mas o momento econômico e os investidores permitem novas estruturas”, comenta no painel que tem como tema novos instrumentos de funding.
Aprendizagem de ambos os lados
Luiz Felipe Venturelli Gerab, Sócio e Head de Real Estate – Captalys, argumentou neste painel sobre funding que: “Teve uma aprendizagem dos dois lados. Falamos um pouco de fundo imobiliário, mas ai vai depender do momento do o projeto, as vezes é muito inicial, alguém que corra mais o risco do início. E vale a pena falar com quem inicia através de carteira. Tudo vai depender do momento, e o mercado entendeu isso muito bem, até pensando nas pessoas físicas. Um financiamento atrelado a poupança, por exemplo, tem toda uma montagem estratégica”, diz.
Fundos imobiliários
Mayra Padua respondeu o questionamento de Felipe Cavalcante sobre o momento dos fundos imobiliário. “Eu sou uma entusiasta dos fundos imobiliários. Primeiro falando de captação, é um marco muito grande, pessoas físicas basicamente. É uma inclinação relevante, estamos num patamar elevado. Com isso, os fundos sendo maiores, eles têm uma captação de insistir em projetos com riscos um pouco superiores com renda. O brasileiro em geral tem o costume de adquirir um apartamento, ele quer ficar seguro, tendo um investimento e retorno. Quando pensamos em negócios, nada melhor que você colocar esse dinheiro que você investiria num imóvel, colocar num fundo”.
Luiz Felipe Venturelli Gerab também opinou sobre o assunto. “A minha missão é equilibrar os lados. Quanto tem dinheiro, precisa ter projeto. Quando tem projeto, precisa ter dinheiro. Nós equilibramos. Falando de crédito, desenvolvemos um produto de crédito com garantia em estoque. É uma forma de oferecer para todas as praças um produto acessível. Por outro lado, nos investidores, estamos trabalhando nos fundos. E assim, teve um momento de mercado, teve o medo, mas agora está interessante em várias praças e com apetite para comprar terrenos. Os dois lados funcionando”, aponta no painel sobre funding.
Mercado de capitais tem recurso
Juliana Aguiar, Sócia-Diretora da Certificadora de Créditos Imobiliários, mostrou a visão do seu setor de trabalho. “Na minha visão certificadora, com déficit habitacional que temos, projeto bom é que tem boa governança, boas vendas e todas as partes jurídicas bem feitas e regulares. Respondendo, tem dinheiro e tem projeto bom, o que precisamos é manter esse ritmo educacional, sistemas bons, governança, bons projetos… É um pouco de ter um mix de todas as necessidades que na minha visão está voltada para governança. O mercado de capitais tem recurso”, aponta.
Ainda com a palavra, Juliana Aguiar comentou sobre a retomada e como o setor se preparou para voltar. “Sobre os negócios, vivemos um momento difícil em relação a insegurança. Quando voltamos todos para casa em março, deu um frio na barriga, nesses aspectos até que conseguimos andar bem. Em 2020 temos um crescimento expressivo em relação 2019. Dizer se essa euforia sem pandemia seria melhor, não sei dizer, mas 2020 não foi ruim para nosso setor. Por outro lado tem um fluxo de caixa que teve inadimplência, maior em junho e julho. Tem alguns exemplos de obras que atrasaram, mas não por conta da pandemia. Nada foi prejudicial a sua atividade”, conta.
Fundo para renda residencial
Mayra Padua deu seu ponto de vista sobre o tópico. “Primeiro acho que em relação a este ponto o mercado americano é forte. Não é uma grande inovação, o embrião dessa situação começou lá atrás com as próprias cooperadoras. O mercado dentro do ciclo não está num bom momento para venda, o que eu faço com essa minha carteira de estoque? Então, o caminho lá atrás mais viável eram as operações de crédito, bancário ou outras plataformas, e naquele momento começou a pensar com essas unidades. O mercado residencial está nas mãos das pessoas físicas, dificuldade com mais de uma unidade. A pessoa física não vê isso como um investimento financeiro, o que gera renda, ele não tem essa mentalidade de investimento”, explica neste painel sobre funding.
