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Impacto de grandes eventos no Turismo Nacional é tema de painel no Conotel 2017

Com a mediação de Manoel Lisboa Barbosa, Diretor ABIH Nacional, o tema foi debatido em painel no Conotel 2017 por Érica Campos Drumond, Membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo nacional e Presidente da ABIH MG; Ana Cláudia Bitencourt, Presidente da ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos; Claudio Tinoco, Diretor de Relações Institucionais da ANSEDITUR – Associação Nacional dos Secretários e Dirigentes Municipais de Turismo; Luiz Del Vigna, Diretor Executivo da ABETA – Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e turismo de Aventura e Gustavo Arrais, Secretário de Estado Adjunto de Turismo de Minas Gerais.

Érica Drumond mencionou o processo de captação da Copa do Mundo, que falhou em alguns processos como a aceitação de condições impostas pelas entidades esportivas, provocando a construção de empreendimentos que não eram necessários e o investimento superestimado em estádios, e nos hotéis, causando superoferta. ”Ainda tem muitos eventos que podemos captar e não estamos fazendo. Sem eles não mantemos nossa alta ocupação. Em Minas Gerais, foram construídos 40 hotéis, e precisamos mantê-los abertos”, disse.

Em seguida, Ana Cláudia Bitencourt, Presidente da ABEOC falou sobre a necessidade de planejamento para receber grandes eventos. “Acredito que podemos fazer um trabalho diferenciado, e fazer um grande trabalho. Precisamos deixar o pessimismo de lado, e acredito que é na união do povo que conseguiremos colocar pessoas nos hotéis e restaurantes. Temos muito potencial e devemos trabalhar na comunicação. Recebemos quase 600 mil eventos por ano no Brasil, então somos protagonistas neste setor e podemos fazer a diferença na nossa cidade, estado e na economia do País”, destacou.

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O Diretor de Relações Institucionais da ANSEDITUR, Claudio Tinoco falou sobre uma plataforma de eventos que levanta uma estratégia de captação e planejamento que traz benefícios e legados, como qualificação e investimentos em infraestrutura. “Na cidade de Natal, por exemplo, foram construídos 25 mil km de ciclovias durante a preparação para a Copa do Mundo. Os grandes eventos atraem investimentos em obras de requalificação urbanística e revitalização de áreas turísticas, maior integração entre meios de transporte, ampliação das ferramentas de promoção e geram a mobilização de entes públicos e privados em torno do evento”, apontou.

Outro exemplo utilizado por ele foi a cidade de Salvador, que até hoje utiliza recursos para a Copa do Mundo para sinalizações turísticas, dentre outros investimentos. “Tivemos muitos benefícios físicos, mas não aproveitamos a divulgação. O que faltou foi uma estratégia pós-Copa de promoção no cenário internacional em todas as cidades-sede e nos demais municípios visitados durante o evento. Pelo contrário, tivemos a falta de sorte de ter a crise para manchar a imagem do País no exterior”, disse, destacando um dado da Salvador Destination que aponta que a cidade deixará de arrecadar R$ 1 bilhão em eventos até 2018.

Gustavo Arrais, Secretário de Estado Adjunto de Turismo de Minas Gerais deu prosseguimento ao painel criticando a falta de posicionamento e identidade do País, o que prejudica o desenvolvimento do turismo interno. “A imagem do Brasil no exterior ainda é do índio dando flechada no meio da rua. Qualquer empreendimento, por menor que seja, precisa ter uma marca. Ou o turismo toma posição como cultura, ou não vamos ter solução. Não temos norte para ser seguido. Como receber turistas, se nem os empreendimentos têm o registro no Cadastur?”, apontou Arrais.

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Para ele, tudo é uma questão de posicionamento de marca. “O turista quer ir para Veneza porque é romântico, para África do Sul pela exologia, por exemplo. Quando se fala no Brasil, não se pensa em nada. Mesmo com muita gente trabalhando sério, deveríamos ter um produto consolidado. Sentar e conversar a respeito”, disse.

Para finalizar, Luiz del Vigna, Diretor Executivo da ABETA abordou a questão do ecoturismo no País, um segmento que pode e precisa ser explorado. Para ele, a imagem do Brasil é: um país sensual e rico em recursos naturais. “A imagem que os estrangeiros do país é bem definida. Não sejamos presunçosos em achar que eles são desinformados sobre nós. Só acredito que não exploramos esta imagem como deveríamos. Nós mesmos não conhecemos o Brasil, e precisamos refletir sobre a nossa natureza”, opinou. Del Vigna complementou o debate destacando que o Brasil tem mais de 8 mil quilômetros de costa, e muitas outras belezas que podem ser consideradas o legado do País.

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