Imobtur 2024 traz discussão sobre Branded Residences

Painel trouxe profissionais para falar sobre como marcas hoteleiras tem agregado valor a projetos residenciais

Continuando a grade de conteúdo do Imobtur 2024, evento que reúne os meios de hospedagem, plataformas e operadores de aluguel por temporada e empreendimentos imobiliários-turísticos para discutir o futuro da hospitalidade, que acontece nesta quinta-feira, 28 de novembro, no hotel Pullman Vila Olímpia, em São Paulo (SP), foi realizado o painel “Branded Residences: Como marcas hoteleiras tem agregado valor a projetos residenciais por todo o mundo”.

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Os convidados foram Ilan Elkaim, CEO da Cidade Matarazzo/Rosewood São Paulo; Romulo Silva, Diretor de Desenvolvimento Brasil da Accor hotels (moderador); Renato Carvalho, Gerente Sênior de Desenvolvimento da Marriot Hotels & Resorts; e Leonardo Lido, Senior Director of Development da Hilton.

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Romulo Silva, Diretor de Desenvolvimento Brasil da Accor hotels, foi o moderador do painel.
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O moderador iniciou dizendo que os Branded Residences vêm crescendo bastante, com muitas marcas ligadas ao mercado hoteleiro. Romulo Silva abordou a questão de como desenvolver esse tipo de negócio e quais os desafios que ele traz. Para Ilan, é um tipo de produto com uma taxa anual de crescimento de dois dígitos. “O principal é criar um produto diferenciado, com uma marca forte no mercado, além de aumentar o Valor Geral de Vendas e proporcionar um serviço adicional aos compradores, e uma forma de estruturar um projeto que não seria viável sem uma marca forte. Já os desafios são que esse tipo de projeto será mais oneroso”, disse. Ele ainda contou que o comprador é convencido do negócio pelo design, mas o serviço é o mais importante. “O design vai conquistar o cliente, já o serviço vai fidelizá-lo”, completou.

De acordo com Renato, os produtos Branded Residences tem um premium price de 30%. “Entendemos que quando temos o design, o cliente sente falta do serviço. Esse é um nicho muito importante”, afirmou. “Temos uma orientação de ter um período de locação de seis meses, o Short Term Rental não entra nessa questão. Além disso, cobramos uma taxa de manutenção anual que é relativamente baixa”, pontuou Leonardo Lido.

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Ilan Elkaim: “O principal é criar um produto diferenciado, com uma marca forte no mercado”.
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Silva também quis saber, do ponto de vista do comprador, quais as vantagens de um Branded Residence. “A sensação de pertencimento a uma marca é um dos principais benefícios. Desde o começo tem que haver um entendimento entre marca, comprador e incorporador”, disse Elkaim. Já Renato respondeu a um questionamento sobre a necessidade de adaptação dos Branded Residences com as normas técnicas das marcas. “Todas as nossas marcas têm padrões sólidos e específicos. O cliente está ciente de que ele vai comprar um produto com padrão alto de qualidade e normas técnicas, isso aumenta um pouco o custo, mas comparado ao prêmio que se tem na venda, é irrisório”, contou Carvalho.

Quais são os grandes desafios de manutenção dos atributos de marca quando a incorporadora sai de cena, e os condomínios começam a comandar a operação? Lido respondeu a essa pergunta no painel: “Esse é um desafio que vamos entrar agora no Brasil. Teremos que lidar com alguns detalhes e teremos que esperar para ver como será essa dinâmica”, ressaltou.

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Renato Carvalho: “Todas as nossas marcas têm padrões sólidos e específicos”.
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Outro assunto importante abordado foi como saber se o comprador está feliz ou frustrado com um Branded Residence? “Depende muito da expectativa e do que foi prometido pela marca e incorporadora. Em uma regra geral, nós vemos os compradores muito satisfeitos. Geralmente procuramos superar as expetativas de quem compra”, disse Ilan Elkaim. Para Renato, “há 20 anos atrás só existia hotel cinco estrelas em São Paulo e no Rio de Janeiro, hoje conseguimos ver os Branded Residences crescendo”, comentou. Leonardo contou que “atuamos com produtos de long stay e não faz sentido para nós termos uma marca não sendo premium, nossa leitura é que a categoria medium não faria sentido nos Branded Residences”, disse.

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Leonardo Lido: “Há ainda pouquíssimos projetos desse tipo em solo nacional, mas não vejo que nesse curto prazo o mercado retraia”.
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O CEO da Cidade Matarazzo/Rosewood São Paulo ressaltou que os serviços mais usados nos Branded Residences são aqueles que o hotel traz uma experiência diferente para o hóspede, desde visitas a galerias de arte, até jantares privados com os Chefs de cozinha.

Já sobre sustentabilidade, Renato apontou que sempre busca esse conceito junto com os desenvolvedores do projeto. “Um time multidisciplinar é a melhor ferramenta nesse sentido de tornar o produto mais sustentável”, concluiu.

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Leonardo Lido também comentou que o mercado de Branded Residences na Flórida, nos Estados Unidos, é muito maior, se comparado ao mercado brasileiro. “Há ainda pouquíssimos projetos desse tipo em solo nacional, mas não vejo que nesse curto prazo o mercado retraia”, finalizou.

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João Bernardes

João Bernardes é Repórter da Revista Hotéis

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