Hotelaria paulista revela estabilidade em fevereiro
A comparação foi feita em relação ao mês de janeiro; ABIH-SP realizou a 56ª edição da sondagem mensal, iniciada em julho de 2020

A ABIH-SP – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo realizou a 56ª edição da sondagem mensal, iniciada em julho de 2020. O objetivo principal da entidade é produzir seus próprios dados e compará-los com outras fontes, de modo a monitorar com autonomia e precisão a produtividade do setor. O mês de fevereiro de 2025 exibiu retração de 2,14% no indicador Diária Média, se comparado com janeiro, após uma sequência de aumentos. Já a Taxa de Ocupação e RevPar apresentaram alta de 9,80% e 6,74%, respectivamente. Como os meses possuem características semelhantes em termos de demanda, notou-se uma tendência de estabilidade nos números de fevereiro.
Houve resposta de 12 MRTs – Macrorregiões Turísticas – três delas não forneceram informações: Planalto Paulista, Noroeste Paulista e Vale do Rio Grande. Em fevereiro, quatro MRTs apresentaram queda no indicador de Taxa de Ocupação, outras seis na Diária Média e três no RevPar. Os destaques positivos ficaram por conta das MRTs com apelo corporativo – Capital Paulista, Capital Expandida, Polo Corporativo e Coração Paulista. Com o Carnaval transcorrido no início de março, a retomada prematura do corporativo pode ser uma justificativa para este comportamento.
Os resultados da pesquisa sobre a oferta de Uhs – Unidades habitacionais adaptadas para portadores de mobilidade reduzida foram retirados da pesquisa neste mês. A partir de março, nova consulta será realizada e tabulada para comparação ao resultado inicial.
Nesta edição, a ABIH-SP apresenta também os indicadores de categoria (Econômico, Midscale e Upscale) e de posicionamento principal do hotel (Corporativo, Lazer ou Ambas Opções). Ambos mostraram altos e baixas, de acordo com as respostas tabuladas. Estas informações são relevantes para análise do desempenho dos hotéis por categoria e atividade principal.
Quanto aos indicadores de relação despesas X receitas, houve piora em relação a janeiro, quando os dados já eram preocupantes. Novamente, a faixa de >90% apresentou uma alta variação, chegando a 15,71%. A média das despesas de novembro/24, início do comparativo, foi de 61,17%. Porém, em fevereiro/25, esta média atingiu 69,59% (+13,77%), em se comparado com o início.
Despesas de começo de ano, reflexos de 13%, IPTU e impostos em geral, aliados à retração do corporativo, podem ter motivado a subida deste indiciador. Este monitoramento terá continuidade, para conclusões mais precisas ao longo das próximas edições.
Já os desempenhos aquém do esperado recaíram sobre as MRTs Circuito das Águas e Litoral Norte. Apesar de uma boa Taxa de Ocupação, apresentaram retração em relação a janeiro. No caso das Diárias Médias, nenhuma apresentou queda substancial. Porém, as seis MRTs com queda acabaram por impactar negativamente na média final.
Apesar do recuo da Diária Média e a avanço da Taxa de Ocupação em mais da metade das MRTs, o RevPar acompanhou o movimento da Taxa de Ocupação, elevando-se em nove MRTs. Destaques negativos: MRTs Circuito das Águas, Vale do Ribeira e Litoral Norte. Positivos: MRTs Litoral Paulista, Sudoeste e Alta Mogiana.
Historicamente, a tendência de fevereiro é o lazer aquecido. Porém, por conta do Carnaval cair no início de março, os indicadores do Corporativo demonstraram uma recuperação antecipada, mesmo no período de lazer.
Na análise da relação funcionários X Uhs, fevereiro apresentou índice 0,53, crescendo 3,67% em relação a janeiro. E na comparação com julho/20 (início da série), a queda acumulada passou para 0,07 pontos (-11,67%), depois de atingir o mesmo índice do início do estudo no 33º mês. A da expectativa da contratação de mão-de-obra extra no lazer demonstrou uma ligeira recuperação em fevereiro.
No caso das Diárias Médias, nenhuma apresentou queda substancial, porém as seis MRTs com recuo acabaram por impactar negativamente na média final. Apesar de a Diária Média ter retraído, como a Taxa de Ocupação subiu em mais de metade das MRTs, o RevPar acompanhou o movimento da Taxa de Ocupação, subindo em nove MRTs. Destaques negativos: MRTs Circuito das Águas, Vale do Ribeira e Litoral Norte. E os positivos: MRTs Litoral Paulista, Sudoeste e Alta Mogiana.
A rentabilidade apresentada foi de 30,41%. Neste fechamento, também se repete o gráfico da média anual das despesas para uma melhor referência e comparação.
Portal do Hoteleiro
Pelo quarto mês consecutivo, a pesquisa faz menção ao Portal do Hoteleiro. A ABIH-SP perguntou aos associados sobre o acesso e quais editorias são mais relevantes para o negócio. No início do levantamento, 41,27% declararam já ter acessado o Portal, passando para 68,20% neste mês. Os que não acessaram, no início eram 38,10%. E em fevereiro, apenas 18,30%.
Quanto à relevância das editorias, repetiu-se o levantamento feito; Marketing & Vendas e Tecnologia lideram com mais de 80% do interesse dos hoteleiros, seguidos de Eventos e Reservas, com quase 60% e Recepção, Governança, Manutenção e RH, na casa de 40 a 50% de interesse. O editorial de menor interesse é o de A&B, com apenas 8,16%.
A ABIH-SP perguntou sobre as dificuldades com fornecedores dos mesmos temas das editorias. Marketing & vendas, Recursos Humanos, Reservas, Manutenção, Recepção e Reservas foram os mais citados.
Quando perguntados sobre outros temas, foi citado o tema ESG – Environmental Social and Governance – conjunto de boas práticas adotadas pela empresa para garantir que suas operações sejam sustentáveis, socialmente responsáveis e conduzidas de forma ética.