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Hotelaria do futuro e suas vertentes é tema de palestra na 3ª HFN

Direto de Olinda (PE) – A 3ª edição da HFN – Hotel & Food Nordeste, começou nesta quarta-feira, dia 3 de novembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, com expectativa de receber, até a sexta-feira (5), 11 mil visitantes. Juntamente com a feira de expositores, que trouxe as últimas tendências em produtos e soluções para ambos segmentos, o evento apresenta mais uma vez, o Fórum de Hospedagem e Alimentação do Nordeste, repetindo o sucesso da última edição em 2019. O espaço, que é uma parceria entre o portal Hotelier News e a Escola para Resultados com apoio estratégico da HFN, Sebrae, ABIH/PE, FBHA e destino Recife, reúne nomes de peso do mercado em painéis e palestras de temas relevantes para a retomada dos dois setores.

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Ronaldo Albertino, da HotelCare, foi o primeiro palestrante com o tema “Hotelaria do futuro e suas vertentes”. O executivo iniciou a apresentação relembrando a sua atuação na rede Mar Hotel, uma das mais populares de Pernambuco, e resumindo a sua trajetória na indústria da hospitalidade. “Para falar do amanhã temos que falar do ontem e do hoje. Temos de preservar as culturas de onde estamos, não apenas na hotelaria, mas em toda a nossa vida, seja no quesito profissional ou não. Passamos por muitas modalidades, do hotel, hotel de lazer, resort, condo-hotel, multipropriedade e hoje chegando ao co-living. Segundo a JLL, a hotelaria brasileira evoluiu em 17 anos, chegando a 10.417 hotéis em 2020, ou hotéis classificáveis. Este é um salto enorme para a indústria. Segundo dados do IBGE, esse número já alcança mais de 15 mil empreendimentos. Os números são um, mas a realidade é outra”, explica Albertino.

Hotelaria do futuro e suas vertentes é tema de palestra na 3ª HFN
Ronaldo Albertino abriu os trabalhos do Fórum de Hospedagem e Alimentação do Nordeste (Foto: Hugo Okada)

Segundo o executivo, hoje o Brasil possui cerca de um milhão de apartamentos classificáveis. “O Brasil está atrasado em relação ao mundo? Esta é a primeira pergunta que devemos fazer. A proporcionalidade em relação a outros destinos, como a Espanha é grande. Nos Estados Unidos são 45 mil hotéis; Argentina, três mil. Há mercados que recebem mais turistas, o que fazem com que tenham ocupação maior e demanda maior, mas, no entanto, sem possuir mercado maior que o nosso”, revela.

Impacto da tecnologia

De acordo com Albertino, para saber para onde a tecnologia está caminhando é preciso olhar para o mercado de uma forma mais abrangente. “Primeira coisa que vai acontecer é o sumiço das posições presenciais. Tal como ascensoristas e telefonistas, esta é uma realidade que ninguém quer admitir, mas já está se desenhando”, observa.

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Este efeito da tecnologia não pode ser desprezado. “Não podemos falar de hotelaria do futuro sem falar das transformações que estamos vivenciando. Hoje um agricultor usa um drone para jogar o inseticida nas áreas onde se necessita que o trabalhador que fazia esse serviço se tornou talvez, um operador de caixa de supermercado, que diga-se de passagem, também vai sumir, pois o auto-atendimento também é uma realidade, ou seja, esse mesmo profissional vai se encontrar desempregado daqui a um tempo”.

Enfrentamento

Albertino afirma que o enfrentamento desse efeito na hotelaria ainda é uma pergunta sem resposta. “O que podemos fazer é modernizar cada vez mais as operações. Discute-se a renda mínima por conta do medo de uma demissão em massa. Se não olharmos para isso, pensarmos em treinamento e mão de obra com qualidade, não poderemos chegar a uma conclusão.

Promessa e entrega

Para o profissional, a pandemia evidenciou o quanto os hotéis ainda tinham a aprender. “A pandemia só expôs o que já viviamos. A qualidade do serviço e a percepção por parte do cliente requer o enfrentamento por parte do empreendimento que resulta na fidelização do cliente e na resolução de crises dentro da operação. Não dá para termos o discurso dissociado da prática. Nossa mão de obra vai sofrer um impacto enorme em questão de qualidade e isso é fundamental nesse processo”.

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Desbravador

Albertino explicou que a máxima da hotelaria é e continuará sendo tratar o próximo como gostaríamos de sermos tratados. “A gente precisa olhar o que está acontecendo e a partir disso, organizar, buscar a excelência. Se você tem qualidade e consegue se posicionar, você será percebido”.

Hotel não tem chave

Albertino encerrou compartilhando com o público uma brincadeira que lhe fizeram ainda nos anos 1980 no Hilton. “Me mandaram buscar a chave do hotel e eu passei por todos os departamentos em busca da chave do hotel. Sabem o que aprendi? Que hotel não tem chave, assim como a vida não tem ensaio. Precisamos sempre ensinar quem não sabe e buscar a excelência para a melhor impressão por parte do nosso hóspede”.

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