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Hostels começam a conquistar turistas brasileiros

Meio de hospedagem muito explorado no exterior, os Hostels proporcionam ao viajante uma opção de estadia de baixo custo e com uma experiência completamente diferente, onde o hóspede tem a possibilidade de trocar experiências com viajantes de diferentes países. No Brasil, este mercado tem registrado um crescimento exponencial, onde o destino está entre os 15 países com o maior número de hostels no Mundo, de acordo com dados da HI – Hostelling International Brasil.

Fatores como proximidade a pontos turísticos interessantes, possibilidade de interação social com turistas de outras nacionalidades, qualidade dos apartamentos e instalações, fácil acesso aos meios de transporte e o mais importante, o preço, conquistam cada vez mais os turistas, que buscam novas experiências a um bom custo benefício. Se a diária média em um hotel simples gira em torno de R$ 200, em um hostel o turista pode pagar a partir de R$ 40, o que acaba atraindo-o muito mais, pois além de poder dormir em um quarto compartilhado confortável, ele tem a possibilidade de utilizar a cozinha do hostel, economizando ainda mais com custos de restaurante e tornando a viagem muito mais rentável e autêntica.

De acordo com dados do Ministério do Turismo, durante a Copa do Mundo de Futebol, cerca de 10,6% dos visitantes internacionais optaram pelos hostels ou campings para se hospedar no País. Atualmente existem 164 empreendimentos inscritos no Sistema Cadastur, e mais de 30 mil turistas credenciados à rede Hosteling International no Brasil.

Experiência Multicultural
Na opinião da consultora e sócia-diretora da Mapie, Trícia Neves, atualmente o cliente busca por experiências únicas, e essas ele consegue ter ao se hospedar em um hostel. Fatores como boa localização, facilidade de acesso ao transporte público, qualidade do atendimento, segurança e autenticidade contribuem para o crescimento da demanda dos hostels no Brasil. “Hostels são originais, costumam ter personalidade na decoração, no atendimento e, ainda, proporcionam maior interação entre os hóspedes. Além disso, a geração Millennial, até mesmo pela idade, demonstra menor apetite em investir o dinheiro em hospedagens mais caras durante as suas férias, o que sinaliza que há mercado para o modelo dos Hostels”.

Para quem pensa que os hostels são amplamente frequentados pelo público mais jovem, saiba que isso não é verdade. De acordo com Ramis Bedran, vice-presidente da HI Hostel Brasil, o público da faixa etária de 60 a 75 anos representa 3% dos hóspedes de hostels no País. O perfil que mais se hospeda nesses empreendimentos são de 25 a 39 anos, representando 52% do público.

Trícia Neves – Hostels são originais, costumam ter personalidade na decoração, no atendimento e, ainda, proporcionam maior interação entre os hóspedes”
Trícia Neves – Hostels são originais, costumam ter personalidade na decoração, no atendimento e, ainda, proporcionam maior interação entre os hóspedes”

Segundo ele, os hostels começaram a se disseminar no Brasil por conta do acesso às informações que os turistas começaram a receber, seja aqui ou em viagens ao exterior. “Os hostels começaram a ficar mais conhecidos por conta da informação, da globalização e estilo de viagem. Foi uma questão de saber que este é um meio muito utilizado lá fora. Os brasileiros têm uma cultura muito de viagem para o exterior, de ficar em grandes hotéis, e os estrangeiros, com toda essa globalização, começaram a ver que é legal se hospedar em hostel, é interessante, é mais econômico, tem acesso ao multiculturalismo, contato com gente do mundo inteiro. E hoje, sinceramente, a pessoa que não sabe o que é hostel e o conceito hoje em dia, ela está desplugada”, avalia.

 

Estilo de Vida
Muito mais do que um meio de hospedagem alternativo, os hostels propiciam ao viajante um estilo de vida. É o que afirma Ramis Bedran, pois além do multiculturalismo, o hostel oferece outras vantagens para o hóspede como a disponibilização de uma cozinha e lavanderia, que acaba reduzindo os custos na viagem da pessoa, assim como o internet wi-fi grátis, entre outras coisas. “Os hostels proporcionam ao indivíduo diversas vantagens. No âmbito econômico é nítido que esses meios de hospedagem são mais acessíveis. Mas além disso tem outras questões: os hostels são um estilo de vida. Tem a questão de estar sozinho, viajar sozinho, e não ficar sozinho, pois o turista consegue trocar experiências com outras pessoas nos espaços coletivos. Esse segmento tem recebido bastante investimento. Alberguistas que eram alberguistas há dez, quinze, vinte anos, não abandonaram o movimento e o estilo de viajar; e aí casaram, constituíram família. A maioria dos hotels hoje tem quarto para casal, para poder atender toda essa demanda do mercado. Os hostels têm acompanhado o crescimento e desenvolvimento do cliente. O foco sempre foi na juventude, e como é um estilo de vida viajar ‘de hostel’ – porque hostel é um estilo de vida – então as pessoas não abandonam este estilo de vida. Mas a HI procurou se modernizar em cima disto, a gente tem hostels mais para baladas, para ambiente mais familiar, entre outros”, afirmou.

Ramis Bedran – “Os hostels são um estilo de vida”
Ramis Bedran – “Os hostels são um estilo de vida”

Na visão de Ramis, a luta pelo reconhecimento desses meios de hospedagem está muito mais atualizada nos dias de hoje. Segundo ele, esses meios de hospedagem são reconhecidos como cama-café, e não como hostels, pois a HI é detentora da marca e criadora do segmento. “Hoje a HI certifica os estabelecimentos dela, que certifica a qualidade, então o intuito é que quem queira ser certificado como hostel, tenha um padrão mínimo, como tem um hotel tradicional”.

 

 

Albergue ou Hostel?
Antigamente no Brasil, era muito comum as pessoas confundirem os hostels como um meio de hospedagem de baixa qualidade. De acordo com Ramis, a nomenclatura “hostel” passou a ser adotada há pouco tempo no País, pois o nome Albergue da Juventude era compreendido de maneira pejorativa pelo público.

Segundo ele, a palavra albergue era associada a um meio de hospedagem para desabrigados e o termo da juventude fazia com que as pessoas se sentissem excluídas. “Por conta disso, começamos a mudar a nomenclatura desses meios de hospedagem. Nossos estabelecimentos são empreendimentos turísticos frequentados por jovens de todas as idades. A palavra hostel vem de hospedaria, onde qualquer um pode usar. Quando a HI surgiu era Hi Hostel. Na época da troca de nomes tinha uma novela da TV Globo chamada “Paraíso Tropical”, e conseguimos uma parceria, onde a personagem tinha um hostel da HI. Foi bem nessa época que estávamos promovendo a troca de nomes.

Começamos a explicar o que era hostel e ficou o nome, já que somos americanizados. Foi uma mudança de termo para tirar um pouco o preconceito. Quem ainda tem, é porque não conhece um hostel. Toda novela e seriado tem hostel. A pessoa não tem conceito de viagem, e surpreendentemente temos tido uma demanda de pessoas mais velhas que tem descoberto essa opção. Nosso maior público é de 25 a 35 anos mas em seguida, de 35 a 50 anos. Muitos hostels já são adaptados para portadores de necessidades especiais e com acessibilidade para idosos”.

Segurança
Um dos principais pontos que os hostels devem se atentar é com relação a segurança dos hóspedes e seus pertences, afinal, muitos viajantes optam pelos conhecidos quartos compartilhados que esses empreendimentos oferecem. O Ministério do Turismo divulgou recentemente algumas dicas para os viajantes que se hospedarão em hostels pela primeira vez, como levar cadeados para os armários do quarto, malas e mochilas. O ministério também deu outras dicas aos futuros viajantes como a opção de escolher entre quartos compartilhados femininos, masculinos e mistos. De acordo com o MTur, se a ideia é ter mais privacidade, prefira os que oferecem quartos individuais e para casais.

Na visão de Trícia Neves, com relação a segurança, os hostels possuem os mesmos gargalos que qualquer outro meio de hospedagem. “É preciso ter um ambiente seguro para que os hóspedes guardem seus pertences. Os outros desafios de segurança são os que todos os meios de hospedagem têm. Os novos consumidores buscam por autenticidade, personalidade no conceito e na forma de receber e valorizam a conexão com outras pessoas e interação que esses locais proporcionam . O hostel é ambiente pronto para isto”, pontuou.

De acordo com Ramis, a Hostelling International possui seis premissas, sendo receptivo, segurança, limpeza, conforto, privacidade e preservação do meio ambiente. “A segurança é um dos nossos Standards e ela vai muito além das questões dos roubos. O hostel tem que ter um alvará de funcionamento, apresentar projetos de abertura, elétrico, projeto de bombeiro, questão de evacuação, extintor de incêndio, questão de segurança interna dos hóspedes, escadas; instalações elétricas, chuveiros. Todos os hóspedes possuem normas internas de convivência, então ficamos atentos a isso. Não só na questão de roubos, mas na segurança do hóspede dentro do nosso estabelecimento enquanto ele estiver viajando”.

A HI Hostel Brasil deverá lançar em janeiro de 2016 em parceria com a Porto Seguro, uma carteira do alberguista mundial assegurada, que contará com seguro viajante básico.

Certificação HI
Para os meios de hospedagem que pretendem fazer parte da Hotelling International, existem algumas premissas que devem ser cumpridas, como as seis já mencionadas: receptivo, segurança, limpeza, conforto, privacidade e preservação do meio ambiente. De acordo com Ramis, existe também um manual de abertura, o qual norteia os proprietários com todos os procedimentos para a construção de um hostel da HI, desde o tamanho ideal dos quartos, necessidade de colchões, tamanho da beliche, tamanho do armário, número de banheiros por leito, entre outros.

O processo de cadastramento do hostel se dá pela assinatura de um termo de intenção, onde o proprietário recebe este manual e constrói ou adapta o seu estabelecimento em cima das normas prevista no mesmo. Após todo esse procedimento, o empreendimento é vistoriado pelo controle de qualidade da HI e se estiver tudo correto, o empreendimento é contemplado com um aval para seu funcionamento dentro da rede HI. “Dando positivo, ele passa a fazer parte dos 4.500 estabelecimentos da HI, espalhados pelos 5 continentes no mundo e os mais de 90 hostels aqui no Brasil”.

A entidade também possui um certificado de excelência conhecido como HI-Q, que é como se fosse um ISO de qualidade. “Nesse manual existe alguns procedimentos para a recepção: como é feito um check in, como é dado um atendimento, como é feito o check out, como é o recebimento de um hóspede, como é explicado as normas; o manual de procedimento de A&B: como são cortadas as frutas, como é colocada a mesa, a disposição da mesa do café, como são preparados os sucos, quais são os integrantes do café; além de você padronizar, se você tem uma troca de staff, as pessoas que entram têm um norteador, contendo todos estes procedimentos. Então é um manual de procedimentos básicos, e check list diário. E em cima disto você consegue tabular se seu hostel melhorou, pesquisas diárias com os hóspedes, que dão feedback, dicas, sugestões, elogios; tudo isso é importante. No Brasil são apenas 12 os empreendimentos certificados e 13 em processo de certificação. Cama todo mundo vende; com um bom colchão, uma boa roupa de cama, um bom café da manhã, um ambiente limpo, é o que a gente busca nos hostels da HI. Os proprietários devem abrir a cabeça e saber que eles têm que ter qualidade, tem que trabalhar com qualidade porque isso gera clientes, isso mantém o local no topo”.

Além de toda a preocupação que os hostels possuem em manter a qualidade dos serviços prestados aos clientes, ainda existe a concorrência com a plataforma de aluguel de apartamentos Airbnb. Na visão de Ramis, tanto os hostels como as unidades ofertadas pelo site acabam sendo co-irmãs, pois acabam oferecendo uma experiência diferenciada. Porém, na questão financeira não é bem assim. “Eu tenho um hostel em Jericoacoara (CE), pago muitos impostos, meus funcionários são todos aqui da região, eu só compro frutas aqui da região, eu tenho política de redução do uso de água, então eu tenho várias coisas para poder funcionar como meio de hospedagem. Se tiver um tipo de certificação, pagamento, de algo assim para os quartos e imóveis ofertados pelo Airbnb, legal! Mais um meio de hospedagem. Mas se for pra ficar algo assim, da forma em que está, eu vejo como algo negativo, mas sempre vendo esses dois lados. Mas a gente sempre vê com bons olhos os concorrentes, o estilo do viajante, um estilo mais despojado, que se entrega a novas experiências. Mas que não prejudique ninguém no mercado; se a pessoa está arrecadando com esse tipo de serviço, que ela contribua para o turismo em geral, já que ela está nesta fatia do mercado”.

Os dez melhores do Brasil
Recentemente, a rede HI Hostel Brasil elegeu os dez melhores hostels do Brasil em 2015. Os estabelecimentos foram escolhidos com base nas avaliações realizadas pelos turistas brasileiros e estrangeiros que se hospedaram nos estabelecimentos da rede entre os meses de setembro de 2014 e setembro de 2015. Dentre os principais quesitos avaliados estiveram: serviço, limpeza do estabelecimento e localização.

Confira como ficou o ranking: 1° lugar Barra da Lagoa Hostel, localizado em Florianópolis (SC); 2º Paudimar Hostel, em Foz do Iguaçu (PR); 3º Arrecifes Hostel, Recife (PE); 4º Laranjeiras Hostel, Salvador (BA); 5º Porto Alegre Hostel Boutique, Porto Alegre (RS); 6º Reggae Hostel, Morro de São Paulo (BA); 7º Rio Rockers Hostel; Rio de Janeiro (RJ); 8º Jeri Brasil Hostel, Jericoacoara (CE); 9º Belo Horizonte Hostel, Belo Horizonte (MG); e 10º Okupe Hostel, São Paulo (SP).

Edificação histórica
Concebido em uma edificação histórica estilo art déco dos anos 30, no bairro Santo Agostinho, na capital mineira, o BH Boutique Hostel oferece aos hóspedes um serviço diferenciado e com o conceito boutique. Para receber essa construção, o prédio passou por uma reforma que durou quatro anos e agora disponibiliza aos hóspedes um ambiente espaçoso com elevador, espaço de convivência com TV LED 50´, bilhar, bar, computadores à disposição dos hóspedes, cozinha de hóspedes e terraço, 39 quartos, sendo 14 suítes, tudo isso em uma área de 2.500 m².

De acordo com a proprietária do empreendimento e também presidente da ABIH/MG – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais, Patrícia Coutinho, dentre os diferenciais do hostel estão as beliches, que são de madeira de demolição, assim como os colchões que são os mesmos usados em um hotel e wi-fi e café da manhã inclusos na diária. Segundo ela, apesar da superoferta hoteleira em Belo Horizonte e da crise macroeconômica a qual o Brasil tem enfrentado, a média de ocupação do empreendimento, que inaugurou durante a Copa do Mundo de 2014, ainda está aquém do desejado na idealização do projeto. “Acreditamos muito no sucesso do mesmo pelo feed back que temos dos que aqui se hospedam. Além disso temos duas coisas que todos gostam: qualidade, preço e localização. Estamos em uma região central próxima ao Mercado Central, Minascentro, shopping, hospitais, igrejas… até o bairro de Lourdes é passível de ir a pé. Apesar de BH ser uma cidade de turismo de negócios, o nosso maior movimento ocorre aos fins de semana, o turismo de lazer vem nos surpreendendo positivamente e vem se firmando como perfil do nosso hóspede”, afirmou.

Dentre os diferenciais do empreendimento estão a acessibilidade com quartos adaptados para cadeirantes, quartos para família, quartos com varanda e os quartos compartilhados com até três beliches cada e banheiro, assim como televisão a cabo. “No geral, hostel recebe um público composto por 40% de estrangeiros e 60% de brasileiros. Os brasileiros estão “aprendendo” a utilizar este novo tipo de hospedagem, é realmente uma questão cultural que está sendo vencida e desmitificada no Brasil. Até em razão da nova safra de hostels, que contam com uma qualidade muito melhor em todos os aspectos, e que entraram no Brasil mirando os grandes eventos esportivos. De forma geral, quando um brasileiro viaja ele prioriza essencialmente o bem estar e conforto do local onde ele vai se hospedar. Muitas vezes o foco é o local onde ele vai se hospedar e não o destino. Já o estrangeiro não. O estrangeiro busca a experiência que o destino pode proporcionar. Ele busca gastar seu dinheiro conhecendo as atrações turísticas do local, em passeios, sua bebida favorita ou programas noturnos. Em um hotel talvez o hóspede se sinta sozinho, deslocado, essa é a grande diferença. É uma nova forma de pensar em hospedagem, pra mim é um conceito novo no Brasil”, afirmou.

Com relação à segurança dos hóspedes, Patrícia afirma que o empreendimento nunca registrou nenhum episódio. “Quem se hospeda nos quartos compartilhados tem uma chave e um “locker” para guardar suas coisas. Inclusive, se o hóspede precisa deixar carregando seu celular ou computador há espaço no locker para o cabeamento chegar até as tomadas”.

O hostel conta com uma equipe de nove pessoas nos dias normais, mas quando realizam algum evento gastronômico ou festas internas, eles contratam empresas terceirizadas. Atualmente eles tem realizado muitos eventos no roof top (terraço), o que, de acordo com Patricia Coutinho, tem sido uma nova tendência que está funcionando muito bem.

O BH Boutique Hostel, localizado em Belo Horizonte (MG), foi instalado em um edifício histórico dos anos 30
O BH Boutique Hostel, localizado em Belo Horizonte (MG), foi instalado em um edifício histórico dos anos 30

Decoração despojada
Com arquitetura moderna e contemporânea, o Hello Hostel está em operação a pouco mais de um ano e é considerado o primeiro da cidade de Pelotas (RS). O empreendimento foi caracterizado como hostel design, onde suas dependências contam com decoração diferenciada e iluminação indireta, e foi desenvolvido visando atender a uma demanda de público que não vinha sendo atendida na cidade gaúcha.

Ao todo são seis quartos, sendo três de uso compartilhado e os outros três de uso privado, todos com beliches feitos sob medida, bom espaçamento entre camas, lockers (armários) individuais embaixo de cada beliche, persianas black-out, ar-condicionado Split quente/frio e colchões em espuma densidade 33. Os quartos privados possuem o diferencial de poderem ser configurados de acordo com a necessidade do hóspede, com camas box com colchões densidade 45. As roupas de cama do hostel são todas em 180 fios, padrão hotelaria, além de coberdrons da Serra Gaúcha (um tipo especial de coberta que mixa cobertor com edredom), que se mostra bastante eficiente no inverno e bastante elogiado pelos clientes.

De acordo com o proprietário do empreendimento Saviani Nunes, pelo empreendimento estar em operação há pouco mais de um ano a taxa de ocupação do Hello Hostel vem crescido gradativamente, onde atualmente a ocupação média varia entre 30% e 40%. “Em Pelotas por ser uma cidade universitária, tem uma busca bem uniforme, mas no verão somado ao fluxo de turistas entre Brasil e Uruguay nosso volume de clientes aumenta. Em nosso tempo de funcionamento já hospedamos pessoas de 40 países, com clientes de países bem atípicos como República Tcheca, Ucrânia e Coréia do Norte. Podemos afirmar que temos como público principal brasileiros que formam 85% dos nossos clientes”, afirmou.

O empreendimento oferece aos viajantes recepção 24 horas, armários individuais para todas as camas dos quartos coletivos. De acordo com Nunes, o empreendimento pretende instalar câmeras de segurança em todos os ambientes compartilhados como medida preventiva. “Durante a construção realizada em 2014 buscamos utilizar o que há de mais moderno em tecnologia de construção e acabamento, para que tivéssemos ambientes eficientes e de baixa manutenção. Mantemos também um trabalho constante de evolução da nossa decoração, sempre buscando manter nossa proposta de gerar uma experiência única aos nossos clientes. Atualmente contamos com uma equipe de seis recepcionistas e mais dois parceiros terceirizados”.

O Hello Hostel já recebeu viajantes de  40 países diferentes
O Hello Hostel já recebeu viajantes de 40 países diferentes

Na rota dos mochileiros
Com o objetivo de colocar Brasília na rota dos mochileiros e viajantes em geral, foi inaugurado o Hostel7 Brasília, empreendimento localizado na Asa Norte. Possui decoração que remete aos anos 60, época em que a capital federal foi inaugurada e quartos que homenageiam grandes personalidades que contribuíram na construção da cidade como o arquiteto Oscar Niemeyer, o artista plástico Athos Bulcão, o urbanista Lúcio Costa e o paisagista Burle Marx.

O empreendimento possui um total de 38 leitos, em uma estrutura composta por áreas compartilhadas, cozinha com geladeira de uso coletivo, biblioteca, computadores de livre acesso à internet wi-fi, lockers individuais nos quartos, bicicletas para aluguel, sistema de segurança com câmeras de vigilância e fechaduras eletrônicas nas portas dos quartos, recepção 24 horas, tv a cabo, entre outros.

De acordo com um dos diretores do empreendimento, “queríamos colocar Brasília na rota dos mochileiros, viajantes em geral, além de propiciar uma hospedagem com custos menores, foi daí que surgiu o Hostel7 Brasília. Quando tivemos a oportunidade levamos criamos o Hostel7 Goiânia, mesmo porque dois sócios são goianienses”, afirmou.

Recepção irreverente do Hostel7 Brasília, na capital federal
Recepção irreverente do Hostel7 Brasília, na capital federal
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