Hipocrisia política para legalizar os jogos de azar no Brasil

Uma vez aprovado o PL 442/1991, haverá licença para operação de ao menos 292 bicheiros, 33 cassinos e 1.420 bingos, investimentos de até R$ 70 bilhões, centenas de milhares de empregos e arrecadação de bilhões em impostos. E a hotelaria será um dos grandes setores beneficiados

No último dia 19 de abril um grupo de senadores deram um péssimo exemplo de hipocrisia ao aprovarem uma Frente Parlamentar contra a legalização dos cassinos, bingos e jogo do bicho no Brasil. E as argumentações dos senadores que criaram essa frente são no mínimo equivocadas, radicais ou pura falta de conhecimento. O Senador Eduardo Girão (Podemos-CE) alega que: “Por trás dessa legalização existe um lobby poderoso que destrói vidas e famílias inteiras e prevê que se o PL for aprovado e o Presidente Jair Bolsonaro cumprir sua disposição de vetar o texto, não haverá votos suficientes no Congresso para derrubar o veto”. Segundo informações colhidas pela Agência Senado, ele associou os jogos de azar a práticas como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de receitas, corrupção de agentes públicos e geração de ambiente favorável ao vício em jogo. Já o Senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), relator da matéria, alega que: “a prática de jogos de azar é uma atividade nociva tanto aos jogadores quanto à sociedade em geral, levando a prejuízos que vão muito além da esfera financeira, afetando também a saúde das pessoas, ampliando a criminalidade e destruindo famílias”.

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Com tantos órgãos de controle financeiro no Brasil, como o COAF – Conselho de Controle de Operações Financeiras, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda e responsável pela fiscalização sobre lavagem de capitais no País, lavar dinheiro nos jogos de azar é uma insanidade, assim como alegar que é um vício e destrói famílias.  Pelo projeto será criada uma agência reguladora e necessário a exigência da identificação do jogador por meio de CPF. O texto prevê um sistema ‘cashless’, que impede a introdução de moedas ou cédulas de dinheiro nas máquinas eletrônicas e mesas de jogos, o que dificulta a lavagem de dinheiro. Além disso, o jogo será operado por empresas que se sujeitam à fiscalização, o que afasta o crime organizado. “O texto indica com clareza que a exploração de jogos e apostas configura atividade econômica privada sujeita, nos termos do art. 170, parágrafo único, da Constituição Federal, ao controle e à supervisão do Poder Público e à observância do disposto nesta Lei e na regulamentação em vigor, tendo em vista o interesse público pertinente a esse mercado. Como se vê, a exploração de jogos e apostas se dará sob o controle direto do Poder Concedente (União Federal), através do Ministério da Economia, a quem caberá a normatização, credenciamento de operadores e a fiscalização da atividade, bem como expedir regulamento sobre a exploração e/ou organização de jogos, no prazo de até 90 dias após da Lei derivada do Projeto n° 442/91”, destaca Alexandre Sampaio, Presidente da FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

Um Comentário

  1. por que seria ruim isso? PRa economia seria bom de certo modo. Jogo é ruim? É, mas joga quem quiser oras. Se não tiver isso quem é jogador vai jogar do mesmo jeito, então melhor liberar pq ate favorece o crescimento dos hoteis em lugares como no nordeste, mais empregos, etc…..

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