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Greve de caminhoneiros provocou grandes perdas a hotelaria nacional

A greve dos caminhoneiros que paralisou essa semana o Brasil com a reivindicação da diminuição do preço do óleo diesel, a não cobrança do eixo suspenso, entre outras questões, ocasionou transtornos em todos os segmentos econômicos e na hotelaria não foi diferente. A falta de distribuição de combustíveis entre os dias 25 a 27 de maio, provocou o cancelamento de reservas de hospedagens nos destinos de lazer, eventos e negócios em todo Estado de São Paulo. Segundo dados da ABIH/SP – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo, o período de alta ocupação para destinos de inverno, tiveram mais de 50% de cancelamentos das diárias motivado pela falta de combustíveis para os turistas chegarem aos destinos, gerando um prejuízo financeiro de mais de R$ 1,8 milhão somente em diárias, impactando também em mais de 52 segmentos da economia.

Curitiba também teve queda de 30% na ocupação na semana de greve dos caminhoneiros. / Foto – Divulgação.
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E essa crise atingiu em cheio o feriado de Corpus Christi em que a hotelaria poderia ter uma boa taxa de ocupação. Segundo dados da ABIH Nacional — Associação Brasileira da Indústria de Hotéis a paralisação dos caminhoneiros gerou muitas quedas na ocupação hoteleira. No Nordeste, o Ceará teve uma média de 15% de cancelamentos nas reservas para o feriado de Corpus Christi. O estado da Bahia e Alagoas registraram uma queda de 5% e Pernambuco de 7%. Em Minas Gerais, Belo Horizonte registrou uma queda de 30% na sua ocupação média da semana. O mesmo se deu com Brasília, Curitiba e Rio Grande do Sul, que também registraram uma queda de 30% de ocupação nesse período.

No litoral paulista, 90% das reservas para o feriado foram canceladas – Foto: Guarujá Convention Bureau
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A capital paulista registrou durante a semana cancelamento de reservas na ordem de 50% e para o feriado a expectativa é uma queda de 20%. No litoral paulista, 90% das reservas para o feriado foram canceladas, mas a expectativa é que esse número diminua consideravelmente com a normalização do abastecimento. Já na cidade do Rio de Janeiro, a expectativa de ocupação para o feriado de Corpus Christi permaneceu igual a do ano passado, em torno de 47%, quando a expectativa era uma recuperação na ocupação dos hotéis para o período de cerca de 3%. Já os destinos como a Região dos Lagos tiveram uma queda de cerca de 40% nas reservas, mas com a normalização do abastecimento, essa queda pode diminuir e alcançar 18%.

Brasilia teve também uma forte queda na ocupação hoteleira nessa semana – Foto – Divulgação Brasília Convention Visitors Bureau

Queda acentuada

Uma queda acentuada de cancelamento de reservas foi registrada em Brasília. Que chegou a cinco mil somente até essa última segunda feira, dia 28 de maio. O número representa 30% do total de hospedagens previstas para o período. E o efeito cascata também afetou bares e restaurantes que amargaram prejuízo de R$ 80 milhões, com queda de 40% no movimento desde a última quinta-feira, dia 24 de maio. De acordo com a ABIH/DF — Associação Brasileira da Indústria de Hotéis e da ABRASEL/DF — Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Distrito Federal, estima que houve um prejuízo total de R$220 milhões no ramo de entretenimento e turismo da capital federal.

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Manoel Cardoso Linhares: “É possível que muitos decidam viajar para destinos próximos na última hora” – Foto – Divulgação

Em Foz do Iguaçu (PR), pesquisa feita pelo Sindhotéis — Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, uma pesquisa feita entre os associados mostra que 20% das reservas devem ser canceladas caso a paralisação prossiga pelos próximos dias. Já na Baixada Santista, a média da taxa de ocupação para o feriado prolongado de Corpus Christi, que começa nesta quinta-feira (31) está em 23%, sendo que ano passado, a ocupação foi cerca de 46%.

De acordo com Manoel Cardoso Linhares, Presidente da ABIH Nacional, os destinos de negócios e o turismo rodoviário foram os mais afetados. “Para o feriado, a expectativa é que o quadro de queda seja minimizado, já que com a normalização do abastecimento, é possível que muitos decidam viajar para destinos próximos na última hora”, acredita Linhares.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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