Governança: é possível reduzir custos garantindo limpeza efetiva?
Quando o assunto é limpeza e higiene na hotelaria, prestar um serviço de qualidade ao hóspede – cada vez mais atento e exigente – sem causar impacto nas finanças, é uma meta que consta na agenda de todo gestor. O asseio de quartos e banheiros do hotel funciona como um cartão de visita do negócio: detalhes fazem a diferença e podem impactar positivamente o visitante, estimulando sua fidelização e um possível retorno ao empreendimento.
Entretanto, no Brasil ainda existe uma cultura artesanal – pode-se até dizer “doméstica” – no setor de governança de hotéis de menor porte e de gestão independente, envolvendo o uso de produtos de supermercado, como limpadores multiuso, detergentes, desinfetantes e água sanitária, que fazem bastante espuma e demandam a utilização de muita água, afetando diretamente a produtividade da arrumadeira e gerando gastos desnecessários.
Em outros casos, ocorre o oposto: empreendimentos de médio e grande porte, de redes nacionais e internacionais, estão munidos dos melhores produtos do mercado, no entanto a equipe de governança não os manipula de forma correta, causando falhas no resultado final.
Para ser eficiente, o processo de higienização das acomodações de um hotel deve ser realizado dentro de um conceito de limpeza úmida, utilizando produtos químicos profissionais e específicos e o mínimo possível de água.
A Presidente Nacional da ABG – Associação Brasileira de Governantas e Profissionais da Hotelaria, Maria José Dantas, defende a tese de que a governança deve ter poucos produtos, de preferência apenas uma opção que englobe todos os tipos de sujidade. “Além dos produtos específicos para cada tipo de superfície e sujeira, existem algumas indústrias que já estão fabricando um único produto com alta eficiência que atende a três principais quesitos: função bactericida, detergente e multiuso, variando apenas sua diluição”, comenta.
O Diretor de Conteúdo Técnico da Abralimp – Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional, Carlos Eduardo Panzarin de Castro Mello, complementa que a limpeza profissional engloba produtos e processos voltados para o rendimento das atividades, e que equipamentos profissionais possuem resistência e ergonomia para serem utilizados em grandes frequências de limpeza e com alto grau de produtividade. “Os processos buscam capacitar o profissional de limpeza para realizar as atividades de forma correta e segura, ajudando-o a diagnosticar diferentes tipos de sujeira e quais técnicas devem ser utilizadas para limpá-las”, diz.
Se o hotel deixar de manusear produtos domésticos e começar a usar versões profissionais, o resultado será uma redução de custos em torno de 70%, segundo Maria José. “Sem contar que a unidade ganhará sensivelmente em qualidade e reduzirá também o esforço da arrumadeira na execução do processo de limpeza”, enfatiza.
Tipos de limpeza
No setor de governança, a limpeza é classificada em três tipos: limpeza seca, molhada e úmida. Maria José explica que a limpeza seca, em geral, se aplica e carpetes, tapetes e revestimentos de tecido. A molhada é comumente utilizada em lixeiras, garagens ou outras áreas abertas. Já a úmida é recomendada para as habitações. “Nos três casos, os agentes químicos dos produtos é que vão determinar a perfeita execução do processo de higienização e limpeza”, define a especialista completando que, hoje em dia, o rodo de PVA está sendo amplamente usado no setor hoteleiro, em substituição aos mops, devido a segurança que ele traz para o processo.
Aparentemente, o produto profissional pode parecer mais caro, mas sua diluição é sempre muito satisfatória. O que define a excelência no processo é a aplicação correta e o tipo de limpeza para cada superfície ou área. Lavar carpetes com água, por exemplo, não é um processo recomendado, de acordo com Maria José. Caso isso seja feito na área de eventos do hotel, poderá causar atrasos e transtornos no uso do espaço, por conta do material que ainda não terá secado completamente. “Isso sem falar no mau cheiro que permanecerá por alguns dias. No caso de carpetes e tapetes, é sempre indicada a limpeza seca, de preferência com micro esponjas, que garante liberação imediata do local”, esclarece.
Saúde em foco
Do ponto de vista infeccioso, ao permanecer em um hotel que não foi higienizado corretamente, o hóspede acaba suscetível a uma série de doenças. Segundo o infectologista Cláudio Gonsalez, do Hospital Santa Paula, de São Paulo (SP), dormir em lençóis e fronhas mal lavadas, por exemplo, expõe o indivíduo a ectoparasitas, como piolhos, percevejos, escabiose (sarna), pulgas, carrapatos e fungos.
Na hora do banho, ao pisar descalço na área do box, existe ainda o risco de contrair micose. “Muito embora não seja comum, o HPV, a Conjuntivite Bacteriana e os ectoparasitas podem ser transmitidos também pelo uso de toalhas higienizadas incorretamente”, explica o médico, ressaltando que, de certa forma, as crianças estão mais predispostas a contrair essas doenças, uma vez que contam com um sistema imunológico menos fortalecido do que o de um adulto.
Otimização de processos
A área de governança vai muito além da organização de quartos. A gestão deste setor faz parte da estrutura do hotel e a sistematização da equipe e tarefas deve ser redobrada, afinal, a meta é evitar erros, gastos desnecessários e proporcionar a melhor experiência ao hóspede.
Controles de ordem de serviço, mapas personalizados de escala de limpeza das áreas comuns e relatórios para acompanhamentos das ações são de suma importância para manter os gerentes do setor atentos a tudo que acontece. Ter conectividade com dispositivos móveis facilita demandas e solicitações dos clientes (grupo ou individual) de última hora, além de evitar problemas e retrabalho.
Ciente disso, a empresa OCL, sediada em Belo Horizonte (MG), desenvolve soluções modulares que atendem variados perfis de propriedades. Com um atendimento personalizado, reúne inteligência para melhorar e otimizar a gestão de hotéis. O ERP OCL-VOLUX traz uma gestão integrada, confiável e de ponta a ponta. “Visualizar a área de governança como uma importante estrutura do seu negócio e colocar em prática ações para otimizar as coordenações, envolve um planejamento cuidadoso. Com diversas funcionalidades específicas para a gestão desse departamento, o VOLUX pode tornar o dia a dia do empreendimento mais eficaz e ágil”, afirma Luiz Henrique Vecchio, Founder e CEO da OCL.
Por Luiza Domingues
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