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Gestora ou Gestor, o que importa?

O que fazemos com a experiência vivida por nós ou por outros é o que determina nosso futuro, e isso é refletido na sociedade, na família e na empresa

Artigo de Rhaxwell Santos*

O mundo em constante evolução traz consigo a necessidade de adaptação e isso difere os iguais. Mas a linha do tempo evolutiva não é uma reta: podemos entendê-la como uma grande espiral que, à circular, revisita o passado e nos faz confrontar paradigmas que viveram nossos pais e avós.

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A diferença entre o ontem e o amanhã é exatamente o hoje. O que fazemos com a experiência vivida por nós ou por outros é o que determina nosso futuro, e isso é refletido na sociedade, na família e na empresa.

Em tempos de polarizações, extremismos, textões e reafirmações posturais, trago uma reflexão que, ao tempo que deve incomodar alguns, talvez alente outros. Mas, sem dúvida, povoa o imaginário de tantos líderes e empresários.

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O gênero do gestor interfere na sua capacidade ou competência? E aqui abro parênteses para me permitir, sem criar polêmicas, restringir esse texto apenas aos sexos biológicos, tratando simploriamente o feminino como mulher e o masculino como homem.

Desde muito cedo, recebi uma sólida, formadora e emocional imersão no mundo fascinante da gestão, sendo minha mãe empreendedora e meu pai militar que coordenava equipes e as instruía. Sem contar as referências no mundo corporativo e profissional, outras tantas influências de membros próximos e de outros que sequer conheci em vida, como meu avô comerciante e empresário de sucesso, marcaram a minha história. Contudo foram as atitudes de minha avó materna, juntamente com minha mãe, empreendedoras natas, que me instigaram a ser um “resolvedor” nos negócios. As necessidades fizeram-nas ousar e buscar soluções “fora da caixa”, literalmente transformando o limão em uma linda, confeitada e deliciosa “Lemon cake”.

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Fui moldado por exemplos de homens e mulheres com personalidades fortes. Afirmar que tal influência foi mais importante que outra seria menosprezar o todo e me fazer refém de uma comparação pobre e cruel. Posso dizer que fui conduzido por várias mãos, duras e suaves, de forma equilibrada, assim me sinto muito à vontade para tratar desse tema.

Entendo perfeitamente as diferenças peculiares dos universos masculino e feminino e me agrada o melhor que cada um deles tem a oferecer. No entanto, diferenciar mulheres e homens, no tocante à força ou ao jeito, ao quê, em que quantidade ou com que qualidade podem produzir ou dar resultados, não faz sentido.

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Nessa trajetória profissional que me leva mais de 30 anos, pude vivenciar experiências boas e más com todo tipo de “gente”, de todos os gêneros. Deparei-me com pessoas inescrupulosas, arrogantes, incompetentes, medíocres, maldosas e pequenas. Já outras, formadoras e fantásticas, gentis, éticas, grandes e até algumas gigantes. De forma que “todas” elas, “pela dor ou pelo amor”, ensinaram-me alguma lição de que me valho até hoje.

Poderia descrever em laudas nomes e mais nomes de mulheres e homens surpreendentes, gestores e gestoras exemplares, líderes e membros de equipes ímpares, pessoas extraordinárias a quem eu tiro o chapéu.

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Acredito nos direitos iguais, no respeito e na justiça, mas pauto as minhas avaliações com base no mérito. Os diferentes devem ser tratados com diferenças e isso tanto para os bons como para os maus. Percebam que a “coisa” que os difere não é o gênero, e sim suas atitudes, seus valores pessoais e profissionais.

Sempre fiz valer nas minhas equipes a pluralidade de pensamentos e estilos, isso enriquece o grupo, mas, nunca abri mão dos valores sólidos. Só me acompanha no “front” quem eu posso confiar a minha retaguarda e isso, meus caros, em quem confiar e com quem contar, não se define pelo gênero.

Os resultados, os modelos de negócio são determinados por grandes gestores e suas equipes vencedoras, coesas e de alta performance. Assim, não podemos simploriamente definir qualificação pelo gênero. Nesse barco todos homens e mulheres terão que remar, pois, acreditem: se o barco afundar, os tubarões não farão tal distinção. E os devorados terão um lugar frio e escuro na história, que é o esquecimento.

*Rhaxwell Santos é CEO da Estrela do Sucesso, Developer em fundos de investimentos no Brasil e Portugal, Hoteleiro, Professor universitário e formador de equipes vencedoras.  Contato – rhaxwell@estreladosucesso.com

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

Um Comentário

  1. “Nesse barco, todos os homens e mulheres terão que remar, pois, acreditem : Se o barco afundar, os tubarões não farão tal distinção . E os devorados terão um lugar frio e escuro na história que é o esquecimento”

    Parabéns pelo belíssimo artigo, prima pela simplicidade, objectividade, a que de resto já nos habituou

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