Gestão responsável de enxovais aprimora experiência do hóspede
O enxoval faz parte da identidade e personalidade do hotel. É a partir dele que o hóspede vai trazer à memória o conforto que tem em sua própria casa, ou caracterizar toda sua experiência negativamente caso as peças não estejam bem asseadas e não mostrem os valores e estilo do hotel.
Isso não é tarefa fácil, por isso, alguns hotéis têm optado por terceirizar este setor e deixar nas mãos de empresas a manutenção e troca das peças de cama, mesa e banho. Outros já preferem investir em peças próprias, garantindo que sempre terão estoque para todo tipo de situação emergencial. Afinal, o que é o mais vantajoso?
A gestão atenta e responsável do enxoval do hotel se faz necessária por uma série de razões. A principal delas é o tratamento de um produto que terá contato íntimo com o hóspede, influenciando diretamente em sua experiência final. Planejamento e logística, responsabilidade ambiental, tratamento das peças são outros aspectos que precisam estar na agenda do hoteleiro e de seu setor de governança. Ter o próprio enxoval pode envolver mais processos para sua administração, já que sua higienização pode ser feita no próprio empreendimento ou em uma lavanderia terceirizada. Neste caso, também é imprescindível que o gestor conheça as instalações, equipamentos e produtos que a lavanderia vai utilizar.
Estima-se que mensalmente a mesma peça seja higienizada seis vezes com um intervalo de cinco dias entre cada processo. Um lençol de algodão, por exemplo, será submetido a 108 processos ao longo de 18 meses. Teoricamente, em um ano e meio, toda vida útil estaria consumida. Mas muitas peças estarão em boas condições, passado esse período de uso, por isso, essa referência é para o gestor da área fazer o seu provisionamento para reposição do inventário. No entanto, se a quantidade do enxoval em uso não for suficiente para esse intervalo, o desgaste será gradativamente maior, antecipando a sua reposição em até um ano ou pouco mais.
De acordo com Maria José Dantas, Presidente da ABG – Associação Brasileira de Governantas e Profissionais da Hotelaria – o departamento precisa estar preparado minimamente para ter uma ocupação de 100% por três ou quatro dias consecutivos considerando o tempo de descanso da fibra entre um processo de lavagem e outro. Se a operação é realizada com três mudas de enxovais, teoricamente o hotel tem 72 horas de descanso das peças até a próxima lavagem, tempo ideal para a recomposição total da fibra após o processo químico e mecânico. Esse tempo influencia diretamente no desgaste das fibras, que pode ser maior ou menor de acordo com o intervalo de lavagem.
“Só a título de referência, segundo os fabricantes, um lençol de algodão suporta aproximadamente 110 processos. E cerca de 30% a mais para tecidos mistos, algodão e poliéster, em boas condições de uso. Fabricantes de equipamentos, têm outra referência – estimam 80 processos para fibras de algodão e a mesma proporção nos tecidos mistos”, menciona Maria José.
Escrito por Raiza O. Santos
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