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Gestão estratégica de pessoas na hotelaria precisa ser vista como prioridade

Por Willians Glauber

A programação de palestras da Equipotel 2018 está focada no desenvolvimento de diferentes expertises para os profissionais do setor hoteleiro. E no segundo dia, uma delas foi a de gestão estratégica de pessoas especificamente na hotelaria, ministrada pela Gerente de Treinamento e Desenvolvimento na rede de hotéis Deville, Michele Zarur Varella.

Há 8 anos, ela vem desenvolvendo um modelo novo e estruturado de gestão de pessoas. Ela salienta que um dos pilares estruturais precisa ser o trabalho forte com carreira e sucessão. Além disso, faz-se necessário usar a comunicação interna para transmitir a estratégia dos diretores até a ponta final dos colaboradores, de uma maneira direta e transparente. Michele especificou cada um dos pilares da gestão de pessoas na hotelaria. O primeiro deles foi recrutamento e seleção, algo que ela frisou ser estratégica e cujo acompanhamento do gestor desde o início do processo é essencial. O argumento decisivo para tal participação trazido à tona pela gerente foi o fato de que o novo colaborador vai trabalhar com o gestor e não com os recrutadores do RH.

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Com isso, comentou a importância de os gestores conhecerem suas equipes, para que a decisão de contratar esse ou aquele seja feita a fim de complementar as habilidades e ajudar a fortalecer os pontos fracos. O segundo ponto foi o desenvolvimento das pessoas, algo que Michele reforçou ser possível de se empregar até mesmo nos hotéis menores, mais independentes. Pois o foco precisa ser colocar a pessoa por trás do serviço oferecido como a prioridade, uma vez que dependerá do desempenho dela a boa reputação ou não do estabelecimento.

Quando se trata de treinamento e desenvolvimento, o terceiro ponto grifado pela gerente, é preciso sempre lembrar que os profissionais contratados nunca vêm 100% prontos para a função. É preciso que a empresa, nesse caso o hotel, tenha plena noção de que existe a forte necessidade de se investir na formação desses colaboradores. No que diz respeito à preparação dos profissionais para ocupar cargos de gestão, Michele ratificou que o importante não é o domínio técnico e sim as habilidades de gerir uma equipe e as pessoas que fazem parte dela.

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A carreira precisa ser pensada antes da promoção e não depois, como se costuma fazer. É necessário que o hotel prepare essa promoção com antecedência, capacitando os funcionários para que desenvolvam perfis de gestão. Michele garante que o engajamento com a empresa está ligado a essa formação e melhora quando se investe nela. No quesito carreira e sucessão, quarto ponto levantado pela gerente, a grande arma para uma maior retenção de talentos é a preocupação com o futuro do profissional.

Além disso, um forte aliado é o preenchimento de novas vagas com a mão de obra já acostumada  e alinhada com a cultura do hotel, dando oportunidade para os talentos internos. A partir disso, o funcionário começa a ver a empresa como um porto seguro e passa  ter uma visão de futuro na e da empresa. A marca do hotel enquanto empresa se torna mais competitiva no mercado. Michele ainda enfatiza que a hotelaria infelizmente não consegue competir com remuneração e benefícios no mercado, mas é possível oferecer diferenciais que sejam sim competitivos e não gerem custos. Pelo menos não altos. Um dos exemplos dados pela gerente do hotel Daville foi o de hospedar os funcionários nos próprios hotéis da rede ou levá-los para eventos, de modo que tenham nova experiências.

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O quinto aspecto essencial da gestão estratégica de pessoas na hotelaria trazido por Michele foi o da comunicação interna. A transparência quanto aos número e resultados da empresa precisa ser sempre transparente, só assim o colaborador se sentirá parte importante do todo. Outra vertente disso é a de ouvir os colaboradores e dar espaço para que eles somem com informações que só eles têm acesso por meio do contato pessoal com os hóspedes.

Para resumir os componentes responsáveis pelo sucesso da boa gestão de pessoas, a gerente pontuou que um gerir participativo e uma preocupação verdadeira com pessoas sinalizam o futuro ou fracasso dessa gestão estratégica na hotelaria. Outro ponto foi a necessidade de os líderes inspirarem suas equipes e de os gestores terem realmente apreço por gente, que eles valorizem as pessoas sempre em primeiro lugar.

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