Geraldo Castelli palestrou no 3º Encontro Nacional de Gestão e Hospitalidade
Direto do Rio de Janeiro – O Professor Geraldo Castelli, fundador da primeira faculdade de Hotelaria do País e Diretor da Castelli— Escola Superior de Hotelaria terminou agora há pouco uma palestra na terceira edição do Encontro Nacional de Gestão e Hospitalidade. O evento que teve início hoje no hotel Belmond Copacabana Palace, no Rio de Janeiro é promovido pela ABG Nacional – Associação Brasileira de Governantas e Profissionais de Hotelaria. Castelli é autor de obras consagradas relacionadas à Hotelaria ao Turismo e sua palestra abordou o futuro da hotelaria no Brasil e no mundo com o tema hospitalidade olhares e conexões.
Ele começou sua palestra destacando que hospitalidade é o oxigênio que alimenta o dia a dia e as relações das pessoas, independente se elas trabalham ou não no segmento. Hospitalidade em seu ponto de vista é uma metamorfose que transforma as pessoas, os profissionais e as empresas e que o século XXI registra a maior era da comercialização da hospitalidade. “Cerca de 1.200 bilhão de turistas estão usufruindo anualmente de hospitalidade no mundo e isto gera grandes interfaces e oportunidades para o setor”, revelou Castelli.
Ele destacou que a gestão das empresas prestadoras de serviços não tem vida longa se não acompanharem o sistema tecnológico que evoluiu rapidamente, mas muitas pessoas ficaram para trás. “As tecnologias são complementos, pois nada vai substituir a cultura da hospitalidade e a atitude hospitaleira. Devemos servir os hóspedes com o brilho nos olhos de maneira consistente, pois isto faz a diferença, fideliza e atrai novos clientes. Esta é minha convicção”, disse Castelli.
Ele lembrou alguns dos legados dos primórdios da humanidade que se aplicam até hoje na hotelaria, como a mutualidade, reciprocidade, trocas, partilhas, dar, receber e contribuir, assim como os legados míticos, bíblicos e homérico. “A hospitalidade implica num ritual e o receber é o primeiro deles e isto está apresentado em vários relatos bíblicos. Alimentar, entreter, hospedar e partir são os demais”, lembrou.
Segundo ele, praticar o ritual da hospitalidade envolve todos estes itens. “Bem receber os viajantes ou visitantes com atitude hospitaleira, incluindo um sorriso, faz toda a diferença, assim como o bem alojar a pessoa trazendo para dentro do empreendimento para algumas horas ou alguns dias e disponibilizar alimentos e bebidas”.
Para Castelli as ambientações dos empreendimentos hoteleiros devem estar em sintonia para proporcionar momentos agradáveis e experiências inovadoras aos hóspedes. E entre os fatores intervenientes na melhoria da competitividade, via qualidade citados por ele estão a atitude hospitaleira, os conhecimentos e as habilidades. “Com isto, o lucro é uma conseqüência, pois toda empresa tem de proporcionar experiências singulares aos seus clientes utilizando a dinâmica da oferta-demanda. A inovação na gestão passa obrigatoriamente por garantias de serviços surpreendentes para fidelizar ainda mais os clientes. Estou convencido mais do que nunca que a hospitalidade está pedindo passagem. Precisamos cada vez de pessoas que incorporam este conceito e pratique no seu dia-a-dia. A hospitalidade toca profundamente o modo de agir das pessoas, independente se ela trabalha ou não no segmento. Afinal de contas, somos seres humanos e precisamos de toques de bondades e hospitalidades”, concluiu Castelli.
A reportagem da Revista Hotéis viaja ao Rio de Janeiro a convite da ABG Nacional para cobrir este evento.