Futuro da mão de obra foi debatido no Hospitality Trends
Espaço de conteúdo trouxe especialistas do setor para debater o tema durante a 61ª Equipotel
O espaço Hospitality Trends, que faz parte da programação de conteúdo promovido pela 61ª Equipotel, que acontece no Expo Center Norte, até dia 20 de setembro, apresentou o painel: E a mão de obra em 2025, como é que fica? Com mediação de Vinícius Medeiros, editor-chefe do Hotelier News, o debate foi dividido em duas partes. No primeiro momento Lucila Quintino, Diretora geral da HotelConsult e Márcio Moraes, CEO do QI Profissional, passaram o ponto de vista dos recrutadores. Na segunda parte Cláudia Marino, Diretora de Operações do Grupo Fasano e Johannes Bayer, Gerente geral do InterContinetal SP.
Para os convidados as maiores dificuldades do mercado é atrair e reter os candidatos, que era um problema que já existia e se acentuou no pós-pandemia. Para Márcio a retenção é um problema crucial, o funcionário precisa ter um propósito ao trabalhar na hotelaria, e a empresa precisa pensar nesse contexto o que ela está entregando para o seu funcionário. Vinicius, pontua que os problemas de atração e retenção são problemas são globais.
Márcio comenta que falta comunicação entre o mercado corporativo e o mercado educacional. “Os hotéis devem investir mais em formação, principalmente os regionais e desenvolver uma trilha de carreira dentro do empreendimento”.
Outro ponto debatido são os motivos que fazem esse mercado de trabalho pouco atrativo, entre eles a jornada de trabalho e o salário são pontos que chamam atenção. Porém Lucila apresenta um ponto importante, que pesquisas têm mostrado que o primeiro motivo que leva um funcionário a pedir demissão, é o relacionamento com seu líder e que o salário vem em quinto lugar. Lucila ainda destaca que vale a pena investir em pessoas que tem boas qualificações pessoais, porque a parte técnica pode ser treinada. Visão que é corroborada por Cláudia Marino. “Excluir um candidato por ter pouca experiência é um equívoco”. E complementa: “O funcionário fica quando ele se sente pertencente”.
A cultura organizacional da empresa também é um ponto importante nesse debate. Pois além de ser recrutado pelas empresas, os candidatos também fazem uma avaliação e escolhem os lugares onde querem trabalhar. Johannes destaca que comunicar a cultura organizacional da empresa é fundamental e que pesquisas internas são importantes para entender o engajamento do funcionário. “Precisamos engajar o funcionário na cultural organizacional da empresa e muitas vezes essa conexão começa na entrevista”, argumenta Johannes.
Johannes e Cláudia chamam a atenção para os pequenos detalhes que fazem diferença. É preciso olhar com atenção para seu o seu funcionário, ver quais são suas necessidades, que podem ser em relação a alimentação, transporte. Cuidar de quem cuida é fundamental e é o funcionário que vai cuidar do cliente. Integrar e engajar a equipe é muito importante. Os líderes devem estar atentos a sua equipe, quando a liderança não funciona bem, a base também não funciona. É preciso ouvir seus funcionários, saber suas demandas, para poder melhorar. “O líder nem sempre está disponível, mas ele deve ser acessível”, conclui Johannes.