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Fórum Nacional de Hotelaria do FOHB tem início com clima de otimismo

O III Fórum Nacional de Hotelaria do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, com o tema “O ano em que nada aconteceu e tudo mudou”, teve início na manhã desta quinta-feira, dia 18 de novembro, no Transamerica Expo Center, em São Paulo.

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O Presidente da entidade, Orlando de Souza, abriu os trabalhos, deu as boas-vindas aos presentes e teceu agradecimentos aos palestrantes e as entidades parceiras do FOHB na realização do evento. “Juntos conseguimos ressuscitar após esse período tão inédito para o mercado. Agradecimento especial a equipe do FOHB que não mediu esforços e colaborou para que continuássemos tocando os trabalhos com toda a dedicação e empenho, possibilitando a realização desse encontro”.

André Sacconato, da Gouvea Analytics e Consultor da Fecomércio São Paulo, foi o primeiro palestrante. O executivo sugeriu em sua palestra, um panorama sobre o mercado e seus rumos na atualidade. “A China está passando por uma grande revolução que pode determinar a sua renovação. Os Estados Unidos, entre concorrente que usa o estado fortemente para impulsionar a economia, pode mostrar algumas desvantagens. A China na OMC muda o padrão do mundo. O ventilador, o celular que quebrava em três meses, tudo isso mudou com a China. Vemos marcas top de tecnologia no mundo, como a Volvo, que foi comprada por uma empresa chinesa. A China avançou nas possibilidades de produção, gerando um mundo no qual o ocidente aproveitou, comprando produto e vendendo capital. Nos últimos vinte anos, todos se deram bem com esse processo”, explicou.

Fórum Nacional de Hotelaria do FOHB tem início com clima de otimismo
André Sacconato, da Gouvea Analytics, foi o primeiro palestrante (Foto: Hugo Okada)
O ocidente recua

Segundo Sacconato, os rumos do mercado se transformaram depois que o ocidente declarou uma “guerra tecnológica” a China. “Hoje se você pede um semicondutor, ou placa, o prazo de entrega é de 54 semanas. Visitei uma empresa de automóveis e eles estão tirando funcionalidades do carro, por ser semicondutor. Eles preferem tirar do que depender da China. Se quisermos entender o que está acontecendo na China, temos que entender a mente do estrategista Wang Huning, um dos maiores especialistas em economia chinesa no mundo. Huning, quando estava na China, era um defensor do liberalismo, adorava os Estados Unidos e foi estudar lá. Chegando em Nova York, teve a maior decepção ao se deparar com crimes e degradações e mudou o seu discurso, passando a culpar a elite rentista, as grandes empresas tecnológicas, desigualdade e desemprego, criminalidade e corrupção, entre outras, pela degradação daquele país, abandonando a ideia do liberalismo”.

Impacto para 2022

O palestrante encerrou a sua participação no Fórum Nacional de Hotelaria, apontando algumas projeções econômicas para o ano de 2022. “O Brasil teve a retomada do consumo, uma poupança forçada, melhoria dos números da pandemia e os auxílios como aspectos positivos da pandemia. Mesmo assim, o crescimento deve ficar em 4,5% para voltar ao que estavámos no período pré-pandemia. Temos um cenário econômico muito complicado. Primeiro, o mercado gosta de estabilidade. O mercado somos nós, as pessoas que produzem e que consomem. Estamos vendo várias tentativas de flexibilização na lei do teto dos gastos. Nossa inflação está quase a 11% em doze meses. Sobra para o Banco Central um exercício de ‘enxugamento de gelo’. Finalmente, um ponto preocupante em qualquer país que é a queda de popularidade do governo, que gera uma tendência a fazer de tudo para reverter essa queda, o que pode gerar ainda mais incerteza por parte do mercado”.

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