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FOHI encerra a programação com debate sobre o ponto de equilíbrio na reabertura de hotéis

Para encerrar o Fórum Online de Hotéis Independentes (FOHI), evento no Canal MarkWeb, o debate “Oportunidades: Ponto de Equilíbrio na Reabertura e Novos Modelos” abordou questões relevantes sobre “o novo normal” dentro da hotelaria e como os empreendimentos devem encarar os desafios que se apresentarão com a operação retomada em meio a um clima de medo e incertezas. Outros assuntos foram abordados neste evento como dicas para reduzir custos e aumentar vendas, novos protocolos de funcionamento e redução de custos operacionais e consumo pós-crise.

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Participaram do painel Diogo Canteras, Diretor da HotelInveste, Peter Kutuchian, Fouder e CEO da Hotelier News, Edson Cândido, Diretor de Experiência Vacation Ownership na Aviva, Leonardo Carolino, do Sebrae-PE e Abel Castro, Vice-Presidente Sênior de Desenvolvimento na Accor para América do Sul, além do moderador Maycon Gabry e acompanhando os comentários do público, Camilla Veras.

Os convidados da live (Foto: Divulgação)

Retomada

Iniciando o painel, Maycon Gabry questionou os convidados sobre os convidados sobre essa retomada e os pontos de equilíbrio no setor hoteleiro. Diogo Canteras, Diretor da HotelInveste, comentou que: Quando começou esse cenário de pandemia, a gente já se preocupou com a retomada. E a gente achou que seria fácil, fazendo alguns ensaios, apenas replicando algumas crises, como do 11 de Setembro. Fizemos alguns ensaios e não surgiam efeito, a coisa era muito mais complicada. Então tivemos que entrar fundo”, disse. Diogo ainda apresentou um gráfico mostrando que a média de 2020, a ocupação dos hotéis econômicos e midscale da cidade de São Paulo deve ficar entre 27% e 35.

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Canteras também comentou sobre a expectativa de retomada financeira do mercado. “A conclusão desse estudo e a previsão deste mercado chegar nos mesmos valores de 2019, e a estimativa moderado, que é o mais provável, é do início da pandemia, até mais ou menos agora (junho), até a gente conseguir o mesmo nível de 2019, devemos ter mais ou menos três anos. Então a hotelaria que vinha num processo de recuperação de 2017, já estava bem encaminhada, ele deve atrasar três anos”, esclareceu.

Fachada da Sala Conceito, da Aviva, na Av. Brasil, em São Paulo (Foto: Divulgação)

Edson Cândido, Diretor de Experiência Vacation Ownership na Aviva, destacou que:”Existem dois modelos de férias compartilhadas. O Timeshare, que a Aviva atua, você tem um ativo já existente utilizado para hotelaria convencioanal, de experiência, em que se concede o direito de uso. Além dele, o Multipropriedade é a modalidade de venda de ativo com escritura e fracionado também com foco para lazer e férias, porém o ativo pode ser existente ou não. No modelo Aviva, o ganho para o cliente está na participação de um clube exclusivo, com vantagens e benefícios de produto e ganho de preço ao longo do tempo nos investimentos de férias. Clientes conectados com o destino, com a marca e extremamente leais. Para a empresa o ganho é de caixa, antecipação e geração de carteira de recebíveis. Durante a pandemia quando nos vimos fechados, nossa base de 35 mil clientes pagando seus programas de férias que utilizarão no futuro é que tem subsidiado as receitas, pois temos um bom volume de recebíveis e uma grande base de clientes fidelizados e conectados com nossos destinos”.

Alternativas para retomada

Abel Castro, Vice-Presidente Sênior de Desenvolvimento na Accor para América do Sul, mostrou algumas criações da Accor para se recuperar e ter uma crescente já no próximo ano. “Falando sobre esse assunto, surgiu buscando alternativas para os hotéis. A gente lançou o primeiro produto, o Room-Office, que transformamos o quarto num escritório. Então colocamos uma cadeira, uma máquina de café… então você trabalha individual. Então é um dos grandes diferencias do produto. Temos várias outras, como vender uma ideia de, por exemplo 30 dias com preços menores. Estamos buscando alternativas, ano que vamos recuperar mês a mês, e a nossa expectativa é em 2022 ter um ano igual 2019”, disse.

Abel Castro, da Accor: “Estamos buscando alternativas, ano que vamos recuperar mês a mês, e a nossa expectativa é em 2022 ter um ano igual 2019”

Peter Kutuchian, Fouder e CEO da Hotelier News, opinou sobre o assunto: “Eu acredito que os hotéis que estavam trabalhando com uma gestão primorosa e completa, na qual se sabe os custos, faz capacitação dos colaborares, faz um bom marketing, a gente sabe que a maior parte da hotelaria do Brasil é independente, e precisam de capacitação, eu acredito que eu vou na sequência do Diogo, da confiança. Os hotéis que aproveitaram a pandemia para conversar, criar relacionamento, que foi uma oportunidade na pandemia de criar laços. Esses hotéis que tem contato com cliente estão um passo a frente, por saber o que o cliente quer”, alertou.

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Crédito para o setor

Segundo Leonardo Carolino, o Sebrae trabalhou na orientação desses empreendedores (Foto: Flávio Costa)

Leonardo Carolino, do Sebrae-PE, comentou sobre créditos para ajudarem enfrentar a crise. “Nessa questão é interessante porque foi o que a gente mais ouviu do pequeno empreender. Todos os Sebrea’s, com todos seus canais de comunicação, era o que mais questionaram. E paralelo a isso, do ponto de vista das informações, das liberações e programas dos bancos públicos e privados, vimos campanhas de que os bancos estavam ao lado do empreendedor e não foi muito o que a gente viu. Agora antes do crédito, o Sebrae trabalhou na orientação desses empreendedores. Muitos deles nem conta física e jurídica tinham, eles trabalhavam muito na carteira pessoa física, ou mesmo sem ser conhecer de serviços financeiros que tinham”, informou.

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Novos protocolos de lazer

Na Aviva, segundo Edson Cândido, os pais vão precisar acompanhar os filhos. Em outros momentos, os pais podiam, por exemplo, aproveitar a piscina enquanto seus filhos estavam fazendo outra atividade. Neste novo cenário não será possível. “A gente disponibilizou diversas atividades ao ar livre e seguindo as tendências de conexão da natureza, da comunidade local, da empresa no lugar onde está inserida. As atividades com crianças vão acontecer seguindo protocolos de segurança e presenças de pais. A gente sabe que papai e mamãe estão em casa com as crianças deixando eles malucos, querendo viajar, mas no primeiro momento os pais vão ter que acompanhar as crianças no destino. Precisamos seguir protocolos”, explicou.

Cliente do serviço Room-Office, da Accor, no hotel Mercure Brasília (Foto: Divulgação)

A Accor estuda a volta de forma gradual, focando primeiro no turista regional, como explica Abel Castro: “A gente continua atuando no mercado, tem seguimentos que voltarão mais cedo, outros um pouco mais. Neste primeiro momento, a ação vai ser voltada nesse turista de lazer regional, então todo foco e tudo que vamos vender no próximo mês é para esse público, aqueles que viajam de carro, investimos em Guarujá, Rio de Janeiro, esse é nosso foco no momento. Depois eu quero o corporativo, com as empresas. Depois, lá para o final do ano ou ano que vem, o corporativo com mais força, e depois vem os outros mercados. Todos foram estudados e cada um vai voltar num momento diferente”, sinalizou.

 

Encerramento

O FOHI 2020 foi um evento 100% online durante os três dias. Foi o que explicou o moderador Maycon Gabry, que também agradeceu a presença de todos: “Agradecemos a todos que participaram, que se conectaram, a imprensa, o apoio de todos. Agradecer os patrocinadores, os colegas da organização, ao Sebrae, foi um trabalho feito em muitas mãos. O evento é 100% online, estamos em estados diferentes. Quero agradecer quem esteve no painel de encerramento. Esse ano crescemos até mais do que imaginávamos”, agradeceu. “Gostaria de agradecer a todos que comentaram e participaram, muito obrigada’, completou Camilla Veras, que acompanhou o chat do evento.

Confira os outros painéis do evento: 

FOHI discute guerra de preços e captação de hóspedes por meio de mídias sociais

FOHI aborda novos protocolos de funcionamento e redução de custos operacionais

Segundo dia do FOHI traz dicas para reduzir custos e aumentar vendas

Fórum Online de Hotéis Independentes aborda o consumo pós-crise em seu primeiro painel

Último dia do FOHI aborda a importância das boas impressões deixadas pelos hotéis

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